O contato

- Pêssego.

Ela parou de falar de repente quando ouviu ele dizer.

- Oque?! -perguntou ela virando a cabeça para olha-lo.

Estava tão perto que suas mãos começaram a tremer, aquele homem era tão intimidador.

Mas ela tomou coragem e perguntou mais uma vez.

- Oque disse?

- Seu cabelo, cheira a pêssego.

Como a conversa mudou de seus projetos profissionais para o cabelo. Ana ficou chocada com o rumo da conversa, estava desconfortável.

- É o shampoo. -disse ela, virando o rosto e olhando novamente para frente.

Lucca tentou ao máximo prestar atenção no que ela dizia sobre a profissão, mas assim que se aproximaou dela sentiu cheiro embriagante, que entrava por suas narinas, era como um êxtase.

Depois de um breve pensamento voltou ao normal.

- Muito bem. - disse ele.

Lucca se afastou rapidamente, colocando distância entre os dois, era a melhor defesa neste momento, pigarreou e disse;

- Srta Fox oque li do seu currículo não retrata em nada a pessoa que vi hoje mais cedo, terá que se esforçar mais para me impressionar. Todos que trabalham para mim tem um comportamento profissional a altura.

- Eu não pretendia fazer nada além do meu trabalho Sr Valqueiz mas isso não significa que não possa me sentir descontraída em meu trabalho.

Ele voltou para o assento atrás da mesa.

- Oque eu espero de meu funcionários e total lealdade e profissionalismo. E não que fiquem brincando em horário de trabalho.

Ana sentiu sua face queimar de raiva, mas tinha que se controlar, botou riso sarcástico nos lábios e disse;

- E terá isso de mim senhor.

- Assim espero, sei que Luiz pode ser um pouco distraído e gosta de uma bagunça mas isso não significa que possa lhe influênciar.

Ana parou a analisou a situação, então o problema era amizade dela com Luiz.

- Serei a mais profissional possível e nas horas vagas eu me deixo ser influenciada por Luiz.

Ana sentiu que atingiu o ponto certo pois viu um brilho de fúria nos olhos de Lucca.

- Pode ir Srta Fox, fazer seu trabalho.

Ela saiu...

Lucca ficou pensativo no escritório, essa mulher iria lhe trazer problemas. Tinha que arrumar uma maneira de tira-la dali, iria olha-la de perto e a qualquer deslize seria uma oportunidade.

Em segundo ouviu uma batida na porta.

-Entre.

-Esta ocupado irmão.

- Não.

- Lucca oque achou de Ana.

- Normal não me impressionou em nada, vamos ver como ela se desenvolve no trabalho.

- Até agora todos nós estamos satisfeitos, só você que tem implicância com a menina.

- Somos os Valqueiz, oque acharia se me achasse brincando com uma de nossas empregadas.

- Iria dizer que você é feliz.

- Para de graça Luiz. Não quero ter dores de cabeça com você.

- Comigo e Ana? Não há nada!

- Ah! diga isso para as mulheres que você já seduziu ao longo de sua vida.