Reliana encarou o cartão de visita de Edward Lafayette por longos minutos. O nome, impresso em letras elegantes, parecia queimar em suas mãos, um lembrete da presença dominante e misteriosa que invadiu sua vida. Ela sabia que deveria se livrar do cartão, jogá-lo no lixo, esquecer o encontro e seguir com a sua vida simples e tranquila.
Mas algo a impedia. Uma força invisível a atraía para o mundo sombrio de Edward Lafayette, um mundo que ela não conhecia, mas que parecia a chamar com uma intensidade irresistível.
A imagem de seus olhos escuros, o sorriso enigmático, a voz grave e a rosa negra a assombraram durante toda a noite. Ela tentou dormir, mas os pensamentos insistiam em invadir sua mente. A floricultura, seu refúgio, parecia ter perdido o seu brilho. As flores, que antes a encantavam, agora pareciam desbotadas, sem vida.
Ela se forçou a levantar cedo, na esperança de que o trabalho a ajudasse a esquecer o encontro inesquecível. Mas, ao chegar na floricultura, a primeira coisa que viu foi o cartão de Edward Lafayette, jogado sobre a mesa de trabalho.
Ela o pegou com tremor nas mãos, encarando o nome impresso em letras negras. O medo e o fascínio se misturavam em seu interior, criando uma sensação de confusão e inquietação.
Ela respirou fundo, tentando controlar seus pensamentos. Era uma loucura ligar para ele. Ela não deveria se arriscar a entrar em seu mundo, um mundo de mistérios e perigos.
Mas algo dentro dela a impulsionava. Ela se pegou ligando para o número impresso no cartão.
— Alô? — Uma voz grave e rouca atendeu do outro lado.
Reliana ficou sem ar. Era a voz de Edward Lafayette.
— Olá. — Ela disse, com um tom de voz inseguro. — É a Reliana. A florista.
— Eu sei. — Ele respondeu, com um sorriso perceptível em sua voz. -— Você ligou para me dizer que não tem rosas negras? — Perguntou, com a sua voz calma.
Reliana sentiu um calor subir pelo seu pescoço. Ele parecia estar se divertindo com a sua insegurança.
— Sim. — Ela respondeu, tentando controlar sua voz. — Mas eu gostaria de saber onde eu posso encontrar uma? — Pergunta, controlando a ansiedade.
— Não precisa procurar. — Ele disse, com um tom de voz que a deixou intrigada. — Eu trarei uma para você.
Reliana ficou sem palavras. Ele ia trazer uma rosa negra para ela? Mas por quê?
— Quando você vai trazer? - Ela perguntou, sentindo um frio na espinha.
— Amanhã. -— Ele respondeu, com um tom de voz que não deixava dúvidas sobre sua intenção. — Às cinco da tarde. Na floricultura.
Reliana ficou sem ar. Ela não sabia o que dizer. Ela não tinha pedido para ele trazer uma rosa negra, mas a sua presença dominante a havia conquistado. Reliana não sabia dizer ao certo, o que a atrai tanto em Edward.
— Até amanhã. — Ele disse, com um sorriso que parecia a hipnotizar.
E desligou o telefone, deixando Reliana sozinha, envolta em um turbilhão de emoções. Ela não sabia o que esperar de Edward Lafayette, mas sentia que algo iria mudar.
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Atualizado até capítulo 51
Comments
Gloria Katia Baffa
Ela está gostando dele e nem percebeu ainda
2025-04-22
0
Jucelia Oliveira
colocar fotos deles autora por favorzinho
2025-01-18
0