Na manhã seguinte, Aisha despertou com os raios do sol atingindo diretamente seu rosto, interrompendo seu sono.
— Que merda! Alguém pode fechar essa janela? Quero dormir! — ela reclamou, cobrindo-se novamente com o cobertor.
— Sua Alteza, olha o palavreado! — exclamou Lucy, já de pé ao lado da cama.
— Tá bom, tá bom. Me desculpa. Mas me deixem dormir só mais um pouco, por favor.
— Não! — retrucou Lucy, decidida, puxando o cobertor de Aisha. — Hoje a senhorita tem que se arrumar para o banquete de aniversário da Rainha Rúbia.
— Certo, mas só mais cinco minutos! — Aisha resmungou, puxando novamente o cobertor.
— Não mesmo. — Lucy arrancou o cobertor com firmeza.
Aisha bufou, levantando-se com evidente irritação.
— Pronto! Já estou de pé. Está satisfeita?
— Claro, agora vamos escolher o vestido que sua Alteza usará.
Lucy puxou Aisha pela mão até o closet. As duas analisaram várias opções, mas nenhuma parecia agradar. Foi então que Aisha avistou um vestido escondido no fundo do armário. Era uma peça deslumbrante: rosa bebê com detalhes de flores bordadas, mangas de cetim que transmitem delicadeza e um ar de inocência.
— Esse é perfeito!
Com a ajuda de Lucy, Aisha vestiu a peça e combinou com um salto preto elegante. Logo, Mel apareceu para arrumá-la. Na penteadeira, Mel fez um penteado delicado, enquanto Lucy aplicava uma maquiagem suave.
— Pronta, sua Alteza. A senhorita está linda! — elogiou Lucy, afastando-se para que Aisha pudesse ver o resultado.
Aisha levantou-se, admirando-se no espelho.
— Estou realmente muito linda! — comentou, mexendo em uma mecha de cabelo com um sorriso satisfeito.
Pronta, dirigiu-se à porta enquanto Lucy e Mel se reverenciavam.
— Tenha um bom dia, sua Alteza! — disseram em uníssono.
Aisha acenou e seguiu para a sala de jantar. Lá, encontrou sua mãe sentada sozinha.
— Mamãe, por que papai não está aqui?
— Ele está no escritório, em uma reunião com o Imperador e representantes das outras tribos — explicou a Rainha Galante.
— Que pena. Não poderei me despedir dele antes do banquete.
— Não se preocupe. Nós o encontraremos lá mais tarde, e você poderá falar com ele.
— Certo, mas ontem vocês disseram que não iriam.
— Mudamos de ideia. Iremos no final da tarde.
Aisha levantou-se rapidamente, pronta para sair.
— Tchau, mamãe.
— Nem um beijo na sua mãe?
Aisha riu, voltando para dar um beijo na mãe.
— Diga ao papai que mandei um beijo para ele também.
Deixou a sala e, em poucos minutos, chegou à saída do palácio. Cumprimentou os guardas com um "bom dia" e entrou em sua carruagem branca com detalhes dourados. No interior acolhedor, com almofadas brancas e douradas, acomodou-se e partiu.
Chegando à cidade, Aisha observou o movimento. Pessoas bem-vestidas caminhavam pelas ruas; algumas entravam e saíam de lojas elegantes. Notou um homem entediado acompanhando sua esposa, duas jovens de sua idade entrando em uma loja, um homem tomando café tranquilamente e outro pintando a paisagem.
Seguiu as jovens para dentro da loja e começou a admirar os vestidos.
— Que lindos! Mas sinto falta de usar calças e camisas.
Uma atendente aproximou-se com um sorriso educado.
— Senhorita, gostaria de provar este vestido?
— Não, só estava olhando. — Aisha respondeu, saindo da loja pouco depois.
Ao caminhar pelas vitrines, algo chamou sua atenção: uma corrente delicada com um pingente de flor azul. Parou em frente à loja, Os Mistérios do Luar, e entrou.
Uma mulher de cabelos ondulados e vestido florido azul aproximou-se, sorridente.
— Senhorita, em que posso ajudá-la?
— Gostaria daquela corrente azul da vitrine.
A mulher pegou a peça e entregou-a a Aisha.
— Ótima escolha. Essa joia representa a paciência. É para você?
— Não, para minha tia.
— Ah, sua tia ganhará mais paciência para lidar com as mudanças que estão por vir em sua família.
Aisha arregalou os olhos, intrigada.
— Espera... Como você sabe disso? E que mudanças são essas?
— Fique calma, Aisha. Se quiser saber mais, volte na próxima semana.
A mulher entregou-lhe um cartão de visitas. Aisha, desconfiada, perguntou:
— Quem é você? Como sabe meu nome?
A mulher sorriu serenamente.
— Sou uma vidente.
Aisha pensou consigo: "Será que ela sabe que não sou a verdadeira Aisha?"
— Certo... Já estou indo.
— Clementina. — A mulher disse seu nome enquanto Aisha saía da loja.
Do lado de fora, Aisha caminhou pensativa. Dentro da loja, Clementina observava a porta por onde ela havia saído.
— Alana, seu futuro é tenebroso... — murmurou a vidente, olhando para a corrente que agora estava nas mãos de Aisha.
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Atualizado até capítulo 49
Comments
Edna César
as vezes eu fico me perguntando se essas servas dormem mesmo.
2025-03-01
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Cristiane de Oliveira
Nossa eu tou amando kkkk
2025-02-21
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