Capítulo 4

Na manhã seguinte, Aisha despertou com os raios do sol atingindo diretamente seu rosto, interrompendo seu sono.

— Que merda! Alguém pode fechar essa janela? Quero dormir! — ela reclamou, cobrindo-se novamente com o cobertor.

— Sua Alteza, olha o palavreado! — exclamou Lucy, já de pé ao lado da cama.

— Tá bom, tá bom. Me desculpa. Mas me deixem dormir só mais um pouco, por favor.

— Não! — retrucou Lucy, decidida, puxando o cobertor de Aisha. — Hoje a senhorita tem que se arrumar para o banquete de aniversário da Rainha Rúbia.

— Certo, mas só mais cinco minutos! — Aisha resmungou, puxando novamente o cobertor.

— Não mesmo. — Lucy arrancou o cobertor com firmeza.

Aisha bufou, levantando-se com evidente irritação.

— Pronto! Já estou de pé. Está satisfeita?

— Claro, agora vamos escolher o vestido que sua Alteza usará.

Lucy puxou Aisha pela mão até o closet. As duas analisaram várias opções, mas nenhuma parecia agradar. Foi então que Aisha avistou um vestido escondido no fundo do armário. Era uma peça deslumbrante: rosa bebê com detalhes de flores bordadas, mangas de cetim que transmitem delicadeza e um ar de inocência.

— Esse é perfeito!

Com a ajuda de Lucy, Aisha vestiu a peça e combinou com um salto preto elegante. Logo, Mel apareceu para arrumá-la. Na penteadeira, Mel fez um penteado delicado, enquanto Lucy aplicava uma maquiagem suave.

— Pronta, sua Alteza. A senhorita está linda! — elogiou Lucy, afastando-se para que Aisha pudesse ver o resultado.

Aisha levantou-se, admirando-se no espelho.

— Estou realmente muito linda! — comentou, mexendo em uma mecha de cabelo com um sorriso satisfeito.

Pronta, dirigiu-se à porta enquanto Lucy e Mel se reverenciavam.

— Tenha um bom dia, sua Alteza! — disseram em uníssono.

Aisha acenou e seguiu para a sala de jantar. Lá, encontrou sua mãe sentada sozinha.

— Mamãe, por que papai não está aqui?

— Ele está no escritório, em uma reunião com o Imperador e representantes das outras tribos — explicou a Rainha Galante.

— Que pena. Não poderei me despedir dele antes do banquete.

— Não se preocupe. Nós o encontraremos lá mais tarde, e você poderá falar com ele.

— Certo, mas ontem vocês disseram que não iriam.

— Mudamos de ideia. Iremos no final da tarde.

Aisha levantou-se rapidamente, pronta para sair.

— Tchau, mamãe.

— Nem um beijo na sua mãe?

Aisha riu, voltando para dar um beijo na mãe.

— Diga ao papai que mandei um beijo para ele também.

Deixou a sala e, em poucos minutos, chegou à saída do palácio. Cumprimentou os guardas com um "bom dia" e entrou em sua carruagem branca com detalhes dourados. No interior acolhedor, com almofadas brancas e douradas, acomodou-se e partiu.

Chegando à cidade, Aisha observou o movimento. Pessoas bem-vestidas caminhavam pelas ruas; algumas entravam e saíam de lojas elegantes. Notou um homem entediado acompanhando sua esposa, duas jovens de sua idade entrando em uma loja, um homem tomando café tranquilamente e outro pintando a paisagem.

Seguiu as jovens para dentro da loja e começou a admirar os vestidos.

— Que lindos! Mas sinto falta de usar calças e camisas.

Uma atendente aproximou-se com um sorriso educado.

— Senhorita, gostaria de provar este vestido?

— Não, só estava olhando. — Aisha respondeu, saindo da loja pouco depois.

Ao caminhar pelas vitrines, algo chamou sua atenção: uma corrente delicada com um pingente de flor azul. Parou em frente à loja, Os Mistérios do Luar, e entrou.

Uma mulher de cabelos ondulados e vestido florido azul aproximou-se, sorridente.

— Senhorita, em que posso ajudá-la?

— Gostaria daquela corrente azul da vitrine.

A mulher pegou a peça e entregou-a a Aisha.

— Ótima escolha. Essa joia representa a paciência. É para você?

— Não, para minha tia.

— Ah, sua tia ganhará mais paciência para lidar com as mudanças que estão por vir em sua família.

Aisha arregalou os olhos, intrigada.

— Espera... Como você sabe disso? E que mudanças são essas?

— Fique calma, Aisha. Se quiser saber mais, volte na próxima semana.

A mulher entregou-lhe um cartão de visitas. Aisha, desconfiada, perguntou:

— Quem é você? Como sabe meu nome?

A mulher sorriu serenamente.

— Sou uma vidente.

Aisha pensou consigo: "Será que ela sabe que não sou a verdadeira Aisha?"

— Certo... Já estou indo.

— Clementina. — A mulher disse seu nome enquanto Aisha saía da loja.

Do lado de fora, Aisha caminhou pensativa. Dentro da loja, Clementina observava a porta por onde ela havia saído.

— Alana, seu futuro é tenebroso... — murmurou a vidente, olhando para a corrente que agora estava nas mãos de Aisha.

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Comments

Edna César

Edna César

as vezes eu fico me perguntando se essas servas dormem mesmo.

2025-03-01

0

Cristiane de Oliveira

Cristiane de Oliveira

Nossa eu tou amando kkkk

2025-02-21

0

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