A FLOR QUE ESPERA O AMANHECER

..."햇빛을 기다리는 꽃"...

O sinal tocou, e o burburinho nas salas de aula começou a diminuir à medida que os alunos se acomodavam. Yoo-jin colocou seu estojo sobre a mesa com uma precisão que só ela possuía, seu olhar involuntariamente se voltando para So-Yeon. Ele estava ali, como sempre, com seus amigos ao redor, conversando despreocupado. Ela observava o jeito como eles riam e interagiam com ele, como se sua presença fosse algo natural, enquanto ela... parecia invisível aos olhos dele.

Um peso no peito apertava seu coração. A inveja que sentia por não conseguir alcançar aquele mesmo tipo de atenção a incomodava. Por que ele nunca a olhava? Por que ela sempre se sentia à margem do mundo dele?

Enquanto esses pensamentos tomavam conta de sua mente, sentiu a mão de Min-Jae sobre seu ombro. Sua amiga a olhou com um sorriso acolhedor, tentando distraí-la. Min-Jae sempre sabia como acalmá-la, como fazê-la esquecer por um momento de suas frustrações.

—Vamos, Yoo-jin, você sabe que ele não vale a pena.– Min-Jae disse baixinho, tentando animá-la.

Mas o som da porta se abrindo interrompeu a conversa. O professor entrou na sala, e todos se acomodaram, mas o olhar de Yoo-jin ainda estava fixo em So-Yeon. Algo dentro dela começava a mudar, uma sensação estranha de que as coisas estavam prestes a se alterar de alguma forma. Mas ela ainda não sabia que o destino tinha algo inesperado preparado para ela.

O professor Kang Jung-ho, conhecido por suas aulas de Educação Moral, iniciou a aula com o tom sério de sempre, mas com uma leve pitada de humor que fazia os alunos prestarem atenção – ou pelo menos fingirem que sim. Yoo-jin, no entanto, estava alheia ao que acontecia ao redor. Seu olhar estava perdido, fixo no vazio, enquanto pensamentos sobre So-Yeon rondavam sua mente.

—Por que ele nunca me nota? O que há de errado comigo?– Ela suspirou baixinho, mordendo a ponta da borracha de seu lápis sem perceber.

De repente, a voz firme do professor interrompeu sua linha de pensamento.

—Choi Yoo-jin, poderia responder à pergunta?

Os olhares se voltaram para ela, e Yoo-jin arregalou os olhos, voltando à realidade. Seu coração acelerou por um instante, e ela rapidamente se endireitou na cadeira.

—Hm... poderia repetir a pergunta, professor?– Ela pediu, tentando soar calma, enquanto o rosto começava a corar.

O professor sorriu pacientemente e repetiu.

—Por que é importante praticar empatia nas nossas interações diárias?

Yoo-jin piscou algumas vezes, reunindo suas ideias. Depois de um breve silêncio, ela respondeu com a confiança que todos esperavam dela.

—Porque a empatia nos permite entender os outros e criar conexões mais significativas...Ela reduz conflitos e nos ajuda a viver em harmonia.

—Excelente resposta, Yoo-jin! Muito bem colocado.– O professor assentiu, satisfeito.

Um burburinho leve percorreu a sala. Alguns alunos sussurraram entre si.

—Yoo-jin parece um anjo de tão certa– Uma aluna comentou.

—Como alguém pode ser tão gentil e inteligente ao mesmo tempo?– Um dos alunos comentou novamente

Yoo-jin sorriu educadamente, mas por dentro, sentia-se estranha. Não era a atenção dos colegas que ela queria... Era a dele. Enquanto a aula continuava, ela lançou um olhar de relance para So-Yeon, mas, como de costume, ele parecia imperturbável, como se as palavras dela fossem apenas mais um som ao fundo.

•••

O tempo parecia passar lentamente até o som do sinal preencher o corredor. As aulas da manhã finalmente haviam terminado, e Yoo-jin, junto de Min-Jae e Dae-ho, fez seu caminho para o refeitório. A fila para o almoço já estava se formando, mas, como sempre, o sistema do colégio coreano era eficiente. No menu de hoje , bibimbap com uma porção de sopa de missô, kimchi e frutas frescas como sobremesa.

—Hoje está melhor que ontem!– comentou Dae-ho, analisando sua bandeja enquanto se moviam para encontrar um lugar. —A sopa de ontem estava meio sem sal...

—Você sempre reclama da comida, aposto que ainda vai pedir mais.– Min-Jae riu, ajustando os óculos.

Eles encontraram uma mesa próxima à janela, longe do burburinho central do refeitório, e começaram a comer. Yoo-jin ouvia as conversas de Min-Jae e Dae-ho, mas estava estranhamente calada.

—Você está bem, Yoo-jin?– Perguntou Min-Jae, colocando os hashis de lado por um momento.

—Hm? Ah, sim, estou bem...–respondeu ela, um sorriso forçado nos lábios.

—Mentira!– Dae-ho provocou, mordendo um pedaço de kimchi. —Você está pensando no So-Yeon de novo, não está? Vi como você ficou encarando ele na aula.

O rosto de Yoo-jin corou imediatamente.

— Eu não estava encarando! – Ela retrucou, mas Min-Jae e Dae-ho riram.

—Relaxa, só estamos brincando – Disse Min-Jae, piscando para ela. —Mas talvez seja hora de deixar isso pra lá, sabe? Tem outros peixes no mar, olha o Hyeon-Woo...lindo, forte...

—É, sério..– concordou Dae-ho. —Você merece alguém que realmente te note, sabe? Alguém que... sei lá, pelo menos olhe na sua direção.

— Eu sei que vocês estão certos. Mas... é difícil. Eu não consigo simplesmente desligar o que sinto.– Yoo-jin suspirou, mexendo no bibimbap com os hashis.

A expressão de Min-Jae suavizou, e ela colocou a mão sobre a de Yoo-jin.

—Eu entendo. Mas você tem que se lembrar de que o amor não deve ser algo que te faça sentir pequena ou invisível. Se ele não te nota, talvez seja hora de seguir em frente...

Yoo-jin tentou sorrir, Min-Jae suspirou dramaticamente.

—Ai, ai, sempre esse drama romântico. Quando é que a vida vai ficar interessante por aqui, hein? Precisamos de algo para sacudir essa monotonia!

—Você é o único que acha que nossa vida é monótona,Min-Jae , disse Dae-ho, rindo.

Antes que Yoo-jin pudesse responder, o sinal tocou novamente, indicando o fim do intervalo. Eles pegaram suas bandejas e as devolveram no local adequado antes de voltarem para a sala.

Agora era hora da aula de inglês com a professora Cho Eun-jung, conhecida por seu entusiasmo em ensinar e seu inglês impecável. Assim que a professora entrou, cumprimentou a sala com energia:

—Good afternoon, everyone! Let's start the lesson, shall we?

Os alunos responderam em coro, e Yoo-jin tentou se concentrar, embora sua mente ainda estivesse dispersa.

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