capítulo 3

A esfera profissional. A conexão que surgia entre eles era tórrida, uma combinação de respeito mútuo e uma atração palpável. O calor do ambiente de trabalho foi se transformando em algo mais profundo, algo que desafiava a lógica e as convenções.

Com o passar dos dias, o relacionamento deles se tornava cada vez mais evidente. As trocas de e-mails, as reuniões noturnas e os momentos de descontração se tornaram mais frequentes, e Érica não podia evitar perceber que, além de colegas, eles estavam se tornando amigos íntimos.

Certa noite, enquanto revisavam detalhes de uma apresentação em um café próximo ao escritório, Alejandro, com um sorriso intrigante, fez uma pergunta casual. — E se você pudesse viajar para qualquer lugar da América Latina agora, onde iria?

Érica pensou por um momento. — Acho que escolheria o Peru. Sempre quis ver Machu Picchu e entender mais sobre a cultura inca.

Alejandro a observou atentamente, seus olhos brilhando com um misto de curiosidade e desejo de compartilhamento. — Esse é um ótimo destino! Eu adoraria ir também. Quem sabe poderíamos planejar um projeto de expansão lá? Seria uma excelente forma de conexão cultural e comercial.

À medida que a conversa fluiu, Érica percebeu que aquele momento era mais do que apenas sobre trabalho; era uma janela para suas aspirações e desejos. Com uma risada leve, ela respondeu. — Acredito que ainda temos um longo caminho pela frente somente no Brasil. Vamos fazer isso primeiro.

Alejandro concordou, mas a tensão no ar era inegável. Ele inclinou-se à frente da mesa, o olhar fixo nos olhos dela. — Estou realmente empolgado com o que estamos construindo juntos, Érica. Sinto que chegamos a um ponto onde as nossas ideias são apenas a ponta do iceberg.

Érica sentiu seu coração acelerar. As palavras de Alejandro ressoavam em sua mente, como um convite para explorar não apenas o potencial da TransLatina, mas também o que poderia florescer entre eles. “É hora de ser ousada”, pensou.

— Eu também estou animada. E, sabe, além do trabalho, sempre pensei que a vida nos oferece oportunidades que não devemos deixar passar — ela respondeu, com um brilho nos olhos.

Alejandro sorriu, um sorriso que misturava esperança e uma pitada de desafio. — Então, que tal deixarmos essas barreiras de lado e explorarmos um pouco mais?

A expressão de Érica mudou sutilmente, um misto de surpresa e expectativa. Era um convite para algo que poderia ir além do profissional, uma linha tênue entre amizade e um possível romance. Mas ela não tinha certeza se estava pronta para dar esse passo.

No entanto, havia uma inevitabilidade em seus olhares. O tempo parecia parar, e naquele instante, os problemas do dia a dia dissiparam. A música suave do café e as luzes quentes criaram um ambiente acolhedor que convidava a um momento dividido.

A conversa mais tarde se direcionou a sonhos pessoais e visões futuras. À medida que compartilhavam experiências de vida, Érica percebeu como ambos vinham de mundos distintas, mas com uma jornada paralela que os unia de uma forma única.

Naquele dia, algo mudou. Com a mente cheia de pensamentos e imagens do que poderia ser, Érica saiu do café com um novo senso de determinação. Ela sabia que os desafios pela frente eram grandes, mas agora, com Alejandro ao seu lado, ela sentia uma força renovada — não apenas para impulsionar a TransLatina, mas para se permitir explorar o que poderia florescer entre os dois.

Assim, uma nova fase de sua vida profissional e pessoal estava começando, misturando o potencial de sucesso da carreira com o turbilhão de emoções que uma nova conexão poderia trazer. À medida que os dias avançavam, a linha entre trabalho e sentimentos começou a se apagar lentamente. E Érica estava decidida a descobrir onde isso a levaria.

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