Capítulo 1: Entre Fronteiras

A cidade de São Paulo pulsava com a agitação de um dia comum, mas no interior da sala de reuniões da empresa TransLatina, a atmosfera estava eletricamente carregada. Érica, uma analista de mercado dedicada e ambiciosa, organizava os últimos detalhes para a apresentação que aconteceria em breve. Era uma oportunidade de ouro: o CEO mexicano, Alejandro Ruiz, estava a caminho.

A porta se abriu e ele entrou, trazendo consigo a energia do México. Alto, com cabelos escuros e um sorriso carismático, Alejandro fez um gesto de saudação enquanto se aproximava da mesa.

— Bom dia, Érica! — disse ele em um português com um leve sotaque. — Estou ansioso para ouvir suas ideias sobre a expansão no Brasil.

Érica se endireitou na cadeira, um pouco nervosa, mas tentando manter a compostura.

— Bom dia, Alejandro! — respondeu, sentindo a adrenalina subir. — Com certeza, acredito que há um grande potencial para crescermos juntos.

Alejandro se sentou, analisando o gráfico que ela havia preparado. Era uma apresentação sobre as tendências de consumo no Brasil e como a TransLatina poderia capitalizar sobre elas. Ele prestou atenção, mas não pôde evitar de observar Érica. Sua paixão e dedicação brilhavam em cada palavra.

— Você realmente conhece o mercado brasileiro, não é? — comentou ele, com uma expressão de admiração.

— Eu tento! — disse Érica, um sorriso tímido cruzando seu rosto. — Estudei bastante as particularidades culturais e econômicas. O Brasil é um país diversificado e estamos sempre em transformação.

— Isso é excelente. Precisamos de alguém que entenda as nuances locais. É fundamental para nosso crescimento aqui. — Alejandro inclinou a cabeça, um gesto que demonstrava interesse.

— E você? — perguntou Érica, buscando retribuir a curiosidade. — O que trouxe você a São Paulo?

— Estamos buscando oportunidades de parceria com empresas brasileiras, especialmente em tecnologia e inovação. Precisamos adaptar nossas estratégias e integrar nossos serviços — respondeu Alejandro, claramente entusiasmado com o desafio.

O que começou como uma simples reunião começou a se transformar em uma conversa mais profunda. Érica sentiu que havia uma conexão, algo que ia além do profissional.

— E o que você pensa sobre a cultura empresarial no Brasil? — ela indagou, interessada.

— Ah, é diferente, mas cheia de vida. Gosto da forma como as pessoas são calorosas e abertas! — Alejandro disse, sorrindo. — Às vezes, parece que estamos todos dançando juntos em um salão de festas.

Ela riu. — Concordo! Os brasileiros são apaixonados e gostam de celebrar, mesmo no ambiente de trabalho.

A conversa continuou fluindo. Ambos compartilharam histórias e experiências, trocando risadas e reflexões sobre suas culturas. Com cada discussão, Érica sentia que os limites das fronteiras começaram a desaparecer, dando espaço a um intercâmbio genuíno.

— Sabe, Érica — Alejandro começou, com um tom mais sério —, estou impressionado com sua visão. Gostaria de contar com você não apenas como funcionária, mas como uma parceira nesse projeto.

A proposta deixou Érica sem palavras por um momento. Ela olhou nos olhos dele, percebendo a sinceridade em suas palavras.

— Eu adoraria essa oportunidade. Podemos fazer grandes coisas juntos.

A tensão no ar se transformava, e Érica sabia que esse era o início de uma jornada que poderia redefinir suas vidas e suas carreiras. O relógio na parede marcava o tempo, mas, para eles, as horas pareciam ter perdido o significado, imersos em um mundo de possibilidades entre fronteiras que agora pareciam invisíveis.

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