Depois de toda a confusão com a queda, Han Se Jun levou Sn até um dos quartos da mansão e, para surpresa dela, disse que ela precisava trocar de roupa. Chan Ho, sempre atento aos detalhes, trouxe um conjunto de roupas mais confortáveis para ela – uma blusa simples e uma saia, que combinavam perfeitamente. Ela se sentiu um pouco mais à vontade, mas o nervosismo ainda estava presente. Ela não sabia o que esperar da noite, e o fato de Han Se Jun ser tão direto e autoritário apenas aumentava sua ansiedade.
Após a troca, Han Se Jun, com uma expressão séria, a conduziu até a cozinha da mansão. As paredes da cozinha eram imponentes, com eletrodomésticos de última geração e armários cheios de utensílios de alta qualidade. Era evidente que a cozinha estava equipada para um chef de renome, mas Sn logo percebeu que o que ele estava prestes a dizer não tinha nada a ver com isso.
– Senhorita Sn – disse Han Se Jun, com um olhar fixo nela – eu vou te explicar o que você tem que fazer. Você vai cozinhar para mim. Já contratei vários chefs profissionais, mas todos cometeram o mesmo erro: colocaram alho e cebola nas minhas comidas. Eu sou alérgico a esses ingredientes. Você vai vir aqui todos os dias para cozinhar para mim. Nada de alho e cebola, entendeu?
Sn ficou surpresa com a ordem. Ela não sabia como reagir, mas o tom firme de Han Se Jun não deixava espaço para dúvidas. Ela não sabia muito bem o que ele esperava dela, mas sabia que não tinha escolha a não ser aceitar.
– Claro... senhor – ela respondeu, ainda tentando entender a gravidade da situação.
Han Se Jun olhou para ela com um olhar impassível e continuou.
– Vai preparar algo para mim agora. Comida coreana. Faça o prato que você achar mais apropriado. Quero ver o que você sabe fazer. – Ele então se afastou um pouco, se acomodando em uma das cadeiras da cozinha, observando-a com atenção.
Sn sentiu uma pressão imediata. Ela não era uma chef de cozinha profissional, mas sabia o básico, graças à sua avó, que sempre a ensinava a cozinhar quando era criança. Um dos pratos que ela mais gostava de fazer era um prato simples e saboroso que sua avó a ensinara: "Bulgogi", carne marinada, grelhada, com um toque suave de molho de soja e açúcar, acompanhada de arroz e alguns vegetais. Era algo que ela sabia que poderia preparar bem e que, pelo menos, não teria alho ou cebola. Ela decidiu que seria esse o prato.
– Vou preparar bulgogi, senhor. Minha avó sempre me ensinou a fazer esse prato. – Sn disse, mais para si mesma do que para Han Se Jun. Ela começou a separar os ingredientes rapidamente, tentando se concentrar na tarefa à sua frente.
Ela começou a preparar a carne, marinando-a com molho de soja, açúcar, um pouco de óleo de gergelim e pimenta. Enquanto mexia os ingredientes, ela sentia os olhos de Han Se Jun sobre ela. A pressão estava aumentando, mas ela tentou bloquear a sensação, focando apenas na comida. Ela estava acostumada a cozinhar, mas a situação era completamente diferente.
Após um tempo, Sn finalmente colocou o prato pronto à frente de Han Se Jun. Era simples, mas estava bem feito, com uma porção generosa de bulgogi acompanhado de arroz e alguns legumes grelhados.
Ela observou Han Se Jun enquanto ele começava a comer. O silêncio tomou conta da sala, e Sn, nervosa, não sabia o que pensar. Ela esperava algum comentário, algum sinal de aprovação ou desaprovação, mas Han Se Jun continuava em silêncio, focado apenas na comida.
Enquanto ele comia, Sn percebeu que seu rosto, geralmente impassível, estava mais relaxado, como se a comida estivesse trazendo-lhe alguma forma de conforto. Ele parecia imerso em seus próprios pensamentos, e Sn não queria interromper, mas a curiosidade a consumia.
Finalmente, depois de alguns minutos de silêncio, Han Se Jun colocou os talheres sobre a mesa e olhou para ela.
– Sn – disse ele, quebrando o silêncio, mas com um tom suave, quase contemplativo. – O resto da comida, você pode colocar no pote. Eu vou levar para o trabalho amanhã. Não quero desperdício.
Sn, um pouco surpresa, olhou para ele. O pedido parecia simples, mas havia algo de diferente na forma como ele falava. Não era só a comida, parecia que ele estava de alguma forma... mais relaxado, mais humano.
– Claro, senhor – respondeu ela, ainda sem saber o que pensar da situação.
Ela pegou o restante da comida e cuidadosamente a colocou em um recipiente, como ele pediu. A cada gesto, ela sentia que havia algo mais em jogo do que uma simples refeição. Han Se Jun não era apenas o homem poderoso que ela conhecia; havia algo mais por trás da sua personalidade, algo que ela ainda não entendia completamente.
Com o pote de comida pronto, ela olhou para ele, esperando alguma palavra final, mas ele apenas acenou com a cabeça, sinalizando que a noite estava terminada. Ela não sabia o que o futuro reservava, mas uma coisa era certa: aquela noite havia sido apenas o começo de algo muito mais complexo.
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Atualizado até capítulo 100
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