Olhos na Tempestade

Continuação de "Tempestade Sob o Luar"

A noite avançava no salão de chá, e a energia no ar parecia densa, quase palpável. Isadora, agora sozinha no centro do salão vazio, apagava as velas uma a uma, deixando apenas a luz suave da lua cheia entrando pelas janelas altas. O ritual havia terminado, mas algo persistia. Um peso invisível. Uma presença.

Seus sentidos aguçados captaram algo além do comum. Ela parou, sua mão no ar, prestes a extinguir mais uma chama. O silêncio parecia vivo, como se respirasse com ela.

Isadora (sussurrando para si mesma, os olhos fixos na escuridão):

– "Há alguém aqui... ou será apenas a sombra da minha mente?"

Seus olhos âmbar percorreram o ambiente com precisão felina, cada movimento marcado por uma mistura de curiosidade e alerta. Então, ela sentiu. Aquele arrepio na base da nuca, a sensação inconfundível de estar sendo observada.

Isadora (com um sorriso enigmático, mas os olhos penetrantes como lâminas):

– "Seja lá quem for, devo dizer que a cortesia manda anunciar sua presença. Ou tem medo de enfrentar a tempestade?"

Nenhuma resposta. O salão permanecia em silêncio absoluto. Ainda assim, a sensação não desaparecia. Ela caminhou com passos firmes até uma janela, olhando para a rua deserta, onde a luz da lua tocava as pedras úmidas da calçada. Lá fora, não havia movimento.

Mas Isadora sabia. Alguém estava ali.

Ela voltou para o centro do salão, seus pés quase não fazendo som contra o chão de madeira antiga. Seus dedos deslizaram para um anel em sua mão direita — um artefato antigo que sua mãe lhe deixara, capaz de detectar intenções ocultas. Ela o girou discretamente enquanto murmurava palavras em um idioma esquecido.

O anel começou a vibrar levemente, confirmando o que ela já sentia: alguém realmente estava ali, mas conseguia se esconder de formas que até mesmo Isadora achava impressionantes.

Isadora (com um sorriso sombrio, sua voz carregada de ironia):

– "Interessante... não é qualquer um que consegue brincar de esconde-esconde comigo. Você deve ser muito ousado. Ou muito tolo."

Do outro lado do salão, algo mudou. Uma sombra se moveu rapidamente, tão veloz que poderia ter sido confundida com um jogo de luz. Mas Isadora viu. Seus olhos se estreitaram.

Ela deu dois passos à frente, sua silhueta impecável destacando-se contra a luz prateada da lua.

Isadora (desafiadora):

– "A coragem de se esconder não combina com quem escolhe me observar. Apareça ou deixe que o destino faça o trabalho por você."

De repente, a porta principal do salão rangeu suavemente, como se um vento tivesse passado por ela. Quando Isadora olhou, nada. Apenas o vazio. Mas o ar parecia mais frio, mais carregado.

Victor retornou à sua mente. Era ele? Seria o mesmo olhar que a havia despido de segredos horas antes? Ou alguém ainda mais perigoso, talvez uma ameaça invisível deixada por Lorenzo?

Ela pegou uma rosa vermelha de um vaso sobre a mesa, girando-a entre os dedos enquanto pensava.

Isadora (pensando em voz alta, com um sorriso frio):

– "O poder atrai predadores, mas nem todos eles sabem o que estão caçando."

Após alguns minutos, a sensação de ser observada finalmente desapareceu. Mas o alerta de Isadora não se dissipou. Ela sabia que aquele não era o fim, apenas o início de algo maior.

Caminhou até a poltrona vermelha próxima à lareira e sentou-se com a postura de uma rainha. A rosa ainda em sua mão, ela falou, quase como se soubesse que alguém ainda podia ouvi-la.

Isadora (com um tom provocador, mas letal):

– "Espero que você tenha se divertido, seja quem for. Da próxima vez, não esqueça... quem brinca com a tempestade nunca sai ileso."

Do lado de fora, entre as sombras da rua, Victor observava. Suas intenções não estavam claras nem para ele. Apenas sabia que algo naquela mulher o fascinava. Um misto de atração e perigo o prendia, e ele não conseguia evitar.

Victor (em um sussurro para si mesmo, os olhos fixos em Isadora pela janela):

– "Você é um mistério, Isadora Luz-Tempestade. E eu estou aqui para desvendá-lo... ou me perder tentando."

Antes que a luz da lua pudesse revelar sua presença, ele desapareceu na noite, deixando Isadora com perguntas sem respostas — e o gosto do perigo ainda fresco no ar.

---

A noite continuaria calma, mas Isadora sabia que as forças ao seu redor estavam se movimentando. A tensão entre os mundos, as pessoas e os segredos que ela guardava tornava tudo mais intenso. Algo grande estava por vir, e ela estava pronta para enfrentá-lo.

Frase final de Isadora (encerrando o capítulo):

– "O destino é como o vento... às vezes, sopra contra nós. Mas comigo, ele dança."

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Comments

Carrie Candy 𝄞☹︎ᵕ̈

Carrie Candy 𝄞☹︎ᵕ̈

vote Isadora para poesia de capítulo 🙏

2024-12-26

1

Carrie Candy 𝄞☹︎ᵕ̈

Carrie Candy 𝄞☹︎ᵕ̈

realmente provocador né Isadora 😏

2024-12-26

1

Carrie Candy 𝄞☹︎ᵕ̈

Carrie Candy 𝄞☹︎ᵕ̈

Penso que realmente era ele.

2024-12-26

1

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