Sou Augusto Villar, tenho 30 anos, pele negra, cabelos e olhos negros. Gosto de praticar esportes e fazer exercício físico, também cuido bem da minha alimentação. Sou exigente, gosto de tudo organizado e do meu jeito, não perdoou mentiras e quem me trate como idiota.
Tenho uma empresa de calçados femininos, sou desenhista e o CEO, hoje sou reconhecido até fora do país tenho um sócio e amigo confidente Bernardo, ele é totalmente diferente de mim, sempre está de bom humor, brincalhão e comunicativo, meu braço direito, ele cuida do financeiro da empresa.
Vou contar um pouco do meu passado, o porque hoje trabalho com calçados femininos. Faço desenhos masculinos, mas o nosso foco é o feminino.
Tudo começou quando ainda era adolescente, morávamos na mansão do vovô, meus pais e eu.
Um dia quando cheguei do colégio escutei um choro no jardim, era a mamãe e meu avó gritando com ela, por isso sempre a via triste, o motivo era o vovô que a tratava mal.
Aquela cena nunca saiu da minha cabeça, e depois desse acontecimento descobrir que ela estava doente e ele não acreditava, nunca aceitou ela porque não tinha o mesmo nível social do papai. E o que mais me doeu é que ele se recusou a pagar o tratamento, nesse tempo o papai trabalhava para ele e mamãe era médica, mas não tinham recursos porque o tratamento era muito caro, papai se humilhou e ele não ajudou, porque não fez a sua vontade de casar com a filha de seu amigo e fez ele perder muito dinheiro na época.
Papai resolveu sair da mansão e fomos morar em outra casa. Aí piorou tudo, para ele a causa do filho ter abandonado a empresa e afastado dele foi a mamãe.
A mamãe quando namorava o papai estudava medicina, exerceu a profissão por anos, mas adoeceu e ficou debilitada muito rápido, hoje culpo o vovô por não ter a ajudado a tempo.
Papai conseguiu um trabalho na empresa de um amigo e precisou viajar, então ele pediu para meu tio Bruno e a esposa dele Soraia cuidar da gente.
Em um certo dia estava na escola senti uma agonia e resolvi ir pra casa cedo. Nessa época tinha 17 anos, nesse dia combinei de jogar basquete após a aula com meu amigo Bernardo e a minha amiga Liz, mas resolvo não ir, não estava me sentindo bem.
Quando chego em casa meus tios estavam tristes, fiquei logo preocupado.
- O que aconteceu tio\, porque essa cara.
- Meu filho vá no quarto da Sofia ela quer falar com você.
Nem precisou ele falar mais nada, fui correndo para o quarto da mamãe. Joguei a mochila de lado e me deitei junto dela.
- Mamãe por favor fale comigo\, diga o que a senhora quer que eu faço.
- Meu filho\, fique aqui comigo\, quero que você e seu pai fiquem sempre juntos\, não guarde mágoa de ninguém\, sempre perdoe\, porque estamos sempre sujeito a erros. A mamãe já senti que chegou a hora de partir.
- Não diga isso mamãe\, não me deixe por favor.
Levantei da cama e sair para bem longe dali, não aceitava essa situação. Estava sem rumo, comecei a subir uns degraus de uma comunidade, nem sei como cheguei aqui. Fiquei olhando a cidade lá de cima, quando uma garota de cabelos na cor azul se aproximou de mim.
- Olá\, meu nome é Shirley\, você não está bem\, precisa de alguma coisa que eu posso ajudar?
Olhei para ela e não sei porque mais falei do meu problema.
- Vim sem rumo\, para organizar a minha mente. Minha mãe está muito doente e hoje falou em se despedir de mim. Não suportei e sair de casa.
- E o que você tá fazendo aqui?
Fiquei sem entender o que ela queria dizer, ela continuou a falar.
- Aproveite os últimos minutos com sua mãe\, pois não sabemos quando vai partir. Se eu soubesse que a mamãe não estaria mais aqui comigo\, não teria brigado com ela e partido para a casa da minha prima. Daria tudo para ter esse tempo com ela. Então não despedisse seu tempo aqui\, vá e fique com ela. Tome esse desenho da águia que fiz representa coragem e força.
- Muito obrigado por tudo nunca vou esquecer da nossa conversa. Espero-te encontrar outra vez.
- Adeus\, também espero.
Sai quase correndo para casa. Cheguei lá e fiquei deitado do seu lado, e acariciando o seu cabelo. Papai chegou e ficou nós três, até ela dar o seu último suspiro. Mas eu estava em paz por estar com ela.
Fui algumas vezes no local onde conheci a Shirley, mas não a encontrei mais.
Papai não aceitou bem a morte da mamãe, bebia todos os dias, em uma noite ele dirigindo bêbado sofreu um acidente e morreu no local.
Depois desse dia resolvi morar sozinho, saia na madrugada para pichar prédios, fui presos algumas vezes, meu tio Bruno pagava minha fiança, eu saia e fazia tudo de novo, algumas vezes a Liz estava comigo.
A Liz era uma amiga aventureira fazíamos esportes radicais, ela topava tudo comigo, namoramos por um tempo, mas ela precisou ir para fora do país estudar, nessa época conheci o senhor José, ele é tudo para mim, foi com ele que conheci meu dom de desenhar sapatos. Ele fabricava sapatos e mim ensinou, comecei a trabalhar com ele e morava nos fundos do seu atelier. Com o tempo fui pegando gosto e com o dinheiro que meu pai me deixou resolvi estudar na Itália, passei um tempo lá e resolvi voltar com várias ideias, liguei para meu amigo Bernardo e falei do projeto e precisava dele para construir juntos, ele topou na hora ser meu sócio, mas como precisava de mais dinheiro, fomos atrás de outra pessoa para investir na quantia que faltava. Bernardo falou com seu amigo Flavio que é fotógrafo e ele topou ficando com 2% das ações, também chamamos a Suzana uma amiga que sabe muito de marketing e tem muito conhecidos na mídia que nos favoreceu muito.
Bernardo é apaixonado pela Suzana desde a escola, mas ela fica o tempo todo pedindo para ter um relacionamento comigo. Não levo a sério, tenho ela como amiga e respeito o sentimento do meu amigo.
Contratei seu José para fazer as amostras dos sapatos que desenho, e depois levamos para ser fabricados na nossa fábrica.
Desde que voltei minha tia Soraia fica arrumando encontros com mulheres, insistindo para eu ter um relacionamento sério e casar porque para ela já estou na idade. As vezes faço o gosto dela só para ela não ficar horas falando. então vou aos encontros. Mas até agora não aceitei ficar com ninguém que ela escolheu. Fico rindo só de pensar. Ela não gosta da Suzana, até agora não sei o motivo.
Meu telefone toca, porque fui pensar nela.
- Oi tia. Bom dia.
- Augusto meu querido. A tia te ama.
- Diga tia o que a senhora quer comigo.
- A tia ligou porque está com saudades, e marquei um encontro hoje às 12:00, no restaurante italiano próximo do teu prédio. Não falte, você vai gosta dela. Dessa vez acertei.
- Tia hoje não tenho tempo\, vou ter reunião.
- Meu filho só vai almoçar e conversar com ela\, depois vocês marcam alguma coisa com mas tempo\, sua tia teve muito trabalho para conseguir uma agenda com essa modelo. E você precisa ter vida social\, só pensa em trabalho.
- Ok tia. No horário vou esta lá, mas já vou informando que não garanto nada.
Despedimo-nos, a tia Soraia não tem jeito, sempre consegue o que quer. Vou adiantar aqui com a assistente para poder ir.
Augusto Villar.
Foto tirada da internet.
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Atualizado até capítulo 85
Comments
Cristina Sousa
um máximo dua obra prima !estou amando ler e com os meus atores turcos favorito !um abraço de uma nordestina brasileira !que acha a história um máximo
2025-01-04
2
Hafizahaina
Adoro essa história, não falha nos fãs, atualiza logo por favor.
2024-12-15
1