Capítulo 5 - A dívida

Sair do restaurante e fui para a parada de ônibus, já faz bastante tempo e ele não chega. Fico perdida

pensando no beijo. O ônibus chega e alguns minutos depois chego na comunidade.

Logo quando chego na entrada já vou a procura de João. Passei nos  estabelecimentos locais para saber se viram ele, também perguntei as repórteres de plantão, em todos os bairros existem uma ou várias. E foi através da melhor repórter da comunidade que informou ter visto ele em um bar na orla.

Agora vou ter uma conversa com ele e tirar essa história a limpo de uma dívida tão alta.

Ao chega na orla já vi ele solitário tomando uma cerveja.  Já chego puxando sua orelha, nem parece ser o irmão mais velho.

- O quê você está fazendo aqui João\, não pensa na nossa vó\, ela está preocupada com você.

- Não se preocupe\, vou dar sinal de vida.

- Quero saber também que história de dívida é essa que pegou emprestado com um agiota.

Ele deu um longo suspiro e encheu os olhos de lágrimas, aí me quebrou, amo meu irmão, seu problema é o meu também.

- Mana\, não quero preocupar a nossa vó\,  por isso estou sem jeito para voltar para casa.

- Mas essa sua atitude é pior\, precisamos encarar a situação de frente. Porque você pegou esse valor?

- Lembra daquele amigo que queria abrir sociedade comigo no restaurante daqui do bairro. Ele me pediu para pegar o empréstimo\, consegui o valor que precisava e entreguei a ele\, então ele me falou que resolveria tudo\, confiei nele. O problema que ele sumiu do mapa com esse dinheiro. Já procurei por meses\, tentei contato e nada\, agora estou sendo ameaçado.

- Eu sei. Eles deram 48 horas para ser paga o valor total. Estava pensando se poderia conversar com eles e tentar negociar\, porque para completar pedir meu emprego.

-  - Mana eles não são de negociar, tudo que faço dar problema. E agora como vai ser só com o salário da vó.

- Vamos dar um jeito\, com fé em Deus vai aparecer uma oportunidade. Agora levanta daí e vamos para casa tranquilizar nossa vó.

Saímos de lá e fomos direto pra casa no caminho encontramos os três homens que está nos ameaçando.

- Olha quem está vindo aí. Não esqueçam  que o relógio está com as horas passando\, agora são menos de 48 horas.

- Não precisa nos ameaçar vamos dar um jeito de pagar os 50 mil.  Meu irmão foi enganado.

- E quem disse que é 50 mil. Agora o valor aumentou para 200 mil.

Quase cair para trás, como pode ser assim tão cruel. Meu irmão estava calado.

- Isso é um absurdo\, não temos como pagar esse valor.

- Não queremos saber se não der o valor seu irmão vai sumir do mapa.

Eles falaram e saíram rindo. Meu Deus nos ajudem.

O João começou a chorar.

- irmão vamos dar um jeito. Agora vamos fazer que nada está acontecendo e ter uma boa desculpa para nossa avó.

Entramos em casa e a nossa vó  olhou para João e  logo  o abraçou e fez várias perguntas, deixei eles conversando e subir para o quarto, tomei um banho, coloquei uma roupa confortável e desci para comer alguma coisa, porque não almocei devido a tudo que aconteceu hoje só comi uma pipoca no ônibus.

Comi bastante, escovei os dentes e deitei para descansar, quando percebi o sono chegou. Dormir até a Isis vim me acordar, porque a curiosidade dela é tanta que não dava para esperar. Contei tudo em detalhe para ela.

Depois de muito tempo de conversa. A curiosa foi para casa e eu voltei para a cama, pensando no Deus grego. Não custa nada sonhar.

João(irmão de Yasmin).

foto tirada da Internet.

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