O Encontro Fatídico.

O sol brilhava intensamente em um dia típico de verão na cidade, e as ruas estavam cheias de vida. Wellington caminhava com um ar de confiança, indo para mais uma reunião importante em sua empresa. Ele estava animado, pensando nas novas ideias que apresentaria e na possibilidade de uma promoção. O dia parecia promissor — até que tudo mudou.

Ao passar por um parque, Wellington notou um grupo de garis trabalhando. Eles se moviam com eficiência, realizando a tarefa diária de manter a cidade limpa. O cheiro fresco da grama cortada e das flores em flor preenchia o ar, mas, de repente, algo fez seu coração parar por um instante. Ele reconheceu uma figura familiar entre os trabalhadores.

Era Rosa.

A cena que se desenrolava diante de seus olhos era surreal. Rosa, sua esposa, estava vestida com um uniforme azul e segurando uma pá, suando enquanto recolhia lixo. O choque tomou conta de Wellington. Ele não podia acreditar no que estava vendo. Como ela poderia estar fazendo isso? A mulher que ele amava, que havia pedido em casamento com tanta paixão, agora estava ali, aparentemente satisfeita em uma função tão simples.

A primeira reação de Wellington foi de incredulidade. Ele hesitou por um momento, tentando processar a cena. As vozes ao seu redor se tornaram um ruído distante, enquanto ele se aproximava, cada passo pesando mais do que o anterior. A imagem de Rosa, tão bela e cheia de vida, agora envolta em um trabalho que ele considerava indigno, o deixou furioso.

“Rosa!” ele chamou, a voz cheia de desprezo. Ela se virou, e seus olhos se encontraram, mas a expressão que ela exibia era de surpresa e confusão, não de alegria. “O que você está fazendo aqui?”

Ela hesitou, percebendo a tensão em sua voz. “Wellington, eu...”

“Não me diga que você realmente está trabalhando como gari!” ele interrompeu, a indignação transparecendo em cada palavra. “Depois de tudo que construímos juntos, você escolhe isso?”

As palavras de Wellington eram como facas afiadas, e Rosa sentiu a dor de cada uma delas. A vergonha começou a se acumular em seu peito, mas ela tentou manter a calma. “Eu só estou...”

“Só está o quê?” ele cortou novamente, elevando a voz. “Você pensou que isso era uma boa ideia? Nunca pensei que você seria capaz de se rebaixar a um trabalho como esse. Nunca me casaria com alguém que vive dessa forma!”

A multidão ao redor começou a olhar, intrigada e incomodada com a cena. Rosa sentiu suas bochechas queimarem de vergonha. A dor da humilhação era intensa, e o olhar de desprezo de Wellington a feriu mais do que qualquer outra coisa. Ele não a reconhecia, não via a mulher que ele havia amado. Para ele, ela era apenas uma gari, e isso era tudo que ele conseguia ver.

“Wellington, por favor, escute...” Rosa tentou explicar, mas a frustração dele a impedindo de continuar. Ele não queria ouvir.

“Escutar o quê? Que você se contentou com isso? Que você se tornou alguém tão comum que esqueceu quem realmente é?” ele disse, seu tom sarcástico fazendo com que Rosa se sentisse ainda menor.

Ela olhou em volta, percebendo os olhares de julgamento das pessoas. A mistura de emoções dentro dela era quase insuportável. “Eu só queria entender a vida de outra forma. Queria me conectar com as pessoas, sentir o que elas sentem”, disse ela, sua voz agora quase um sussurro.

“Conectar-se? Com quem? Com esses trabalhadores? Você está se iludindo, Rosa! Isso é uma vergonha, e você deveria se envergonhar de estar aqui! A vida é muito mais do que isso!” Wellington retrucou, sua raiva crescendo a cada palavra.

O olhar de Rosa se perdeu no chão. Ela desejava que a terra a engolisse, que pudesse desaparecer. O homem que ela amava, aquele que havia prometido ser seu parceiro, agora a via como algo que ela nunca quis ser. A verdade que ela havia escondido a torturava ainda mais, e a cada insulto, a cada desprezo, ela sentia que sua vida se desmoronava.

“Se você soubesse quem eu realmente sou...” ela começou, mas Wellington não estava mais disposto a ouvir. Ele se virou, a raiva ainda pulsando em suas veias.

“Quem você realmente é? Uma farsante? Que se faz de pobre para testar o meu amor? Eu não tenho tempo para isso, Rosa!” Ele gritou, afastando-se, deixando-a ali, sozinha e arrasada, diante de uma multidão que murmuro perplexa.

Rosa sentiu as lágrimas escorrem pelo seu rosto enquanto a realidade a envolvia. O homem que era sua alegria agora era o motivo de sua dor. Ele não via o que ela realmente era, mas, sim, a imagem que ela havia escolhido para se apresentar. E, naquele momento, ela percebeu que sua tentativa de testar o amor dele havia se transformado em um pesadelo.

Enquanto Wellington se afastava, a culpa e a tristeza a consumiam. O que ela havia feito? O que ela poderia ter esperado? As palavras de Wellington ecoavam em sua mente, e o peso da rejeição a esmagava.

Naquela tarde, Rosa ficou parada, o uniforme sujo e o coração em pedaços. O que deveria ser uma experiência de autodescoberta agora se tornara uma revelação devastadora. O amor deles estava em uma encruzilhada, e os caminhos que se abriam diante dela pareciam sombrios e incertos.

Com lágrimas nos olhos, ela decidiu que precisava se afastar. Não apenas dele, mas de tudo que havia construído em torno de sua identidade falsa. O que Rosa não sabia era que esse encontro fatídico seria apenas o início de uma jornada tumultuada, na qual a verdade se tornaria a única forma de encontrar a liberdade e a verdadeira conexão que tanto desejava.

Se puder curtir e seguir eu irei agradeçer muito (⁠人⁠ ⁠•͈⁠ᴗ⁠•͈⁠).

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Comments

Rosinalva Dutra

Rosinalva Dutra

ele não merece o amor dela

2024-12-10

1

Rosilene Antônia Rodrigues

Rosilene Antônia Rodrigues

😊

2024-12-09

1

Ver todos

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