#4 - A Decisão Impulsiva

...Aria...

■ Bar 🍸

Entro no local e sigo direto para uma das mesas, escolhendo uma mais afastada. O ambiente era sofisticado, com luzes baixas e uma música suave preenchendo o ar. Enquanto esperava por Fabí, meu nervosismo crescia a cada minuto. Olho para o relógio no celular e percebo que já se passaram exatos vinte minutos desde que cheguei.

Ainda segurava meu primeiro drink, girando o copo entre os dedos de forma distraída.

Aria - Onde ela está? — Murmuro para mim mesma, sem tirar os olhos do aparelho sobre a mesa. Assim que cheguei, mandei uma mensagem para ela, mas até agora não recebi nenhuma resposta.

Meu olhar permanecia fixo na tela do celular, tão distraída que nem percebo a aproximação do garçom ao meu lado até que ele me chama.

Garçom - Senhorita!

Minha atenção finalmente se volta para ele.

Garçom - Aquele belo cavalheiro… — Ele faz uma pausa e sorri, apontando discretamente na direção de um homem sentado do outro lado do salão. — Pediu que eu entregasse esse drink a você.

Meu corpo fica tenso no mesmo instante. Seguindo o olhar do garçom, meus olhos encontram Paxton, e meu estômago revira ao reconhecer aquele rosto que eu preferia nunca mais ver. Ele está sentado de forma casual, mas há um sorriso convencido em seus lábios que só aumenta meu desgosto.

Maldita hora que eu concordei em vir a este lugar, penso, lutando contra a vontade de sair correndo.

Aria - Não quero. Pode devolver a ele. — Minha voz sai firme, quase fria, enquanto recuso a bebida e levanto.

Pegando meu copo, recolho meus pertences rapidamente. Estou furiosa, mas antes que possa tomar qualquer atitude, meu celular vibra com uma mensagem de Fabí avisando que acabou de chegar. Solto um suspiro de alívio e decido procurá-la.

Minha mente ainda está confusa e irritada enquanto digito uma resposta para Fabí, o que me deixa tão distraída que acabo esbarrando em alguém.

Aria - Droga, droga, droga, droga! — Exclamo ao olhar para baixo e ver minha bebida derramada em meu vestido.

Desconhecido - Eu... sinto muito.

Aria - E eu achei que essa noite não podia piorar. - Murmuro, sem conseguir esconder minha Frustração.

Levanto o olhar, irritada, e vejo um completo estranho parado à minha frente. Ainda de cabeça inclinada, noto sua expressão de culpa enquanto segura um guardanapo, mas meu foco não dura muito nele. Meus olhos captam Paxton se levantando de sua mesa e vindo na minha direção.

Meu coração acelera, dividido entre a raiva e o desejo de evitar qualquer interação com ele. Olho novamente para o desconhecido. Agora, com um pouco mais de atenção, reparo em seus cabelos levemente longos, caindo de forma despretensiosa sobre os ombros, e em sua barba bem cuidada, que destaca ainda mais sua expressão marcante. Os traços fortes do rosto são complementados pelas tatuagens que cobrem seu braço musculoso, visíveis sob a camisa dobrada.

Minha mente, em um impulso irracional, toma uma decisão que nem eu mesma consigo justificar. Respiro fundo, tentando reunir coragem, e, sem dizer uma palavra, me aproximo e junto meus lábios aos dele.

Por um instante, o tempo parece parar. Não sei o que esperava da parte dele, mas me surpreendo ao sentir suas mãos firmes na minha cintura, trazendo nossos corpos ainda mais próximos. Ele não só corresponde ao beijo como o aprofunda, transformando o que começou como algo impulsivo em um gesto cheio de intensidade.

O gosto do Uísque ainda em seus lábios mistura-se com a adrenalina que corre por meu corpo. Talvez sEja a raiva, a necessidade de esquecer ou o fato de que, desde que meu relacionamento com Paxton terminou, eu não havia ficado com mais ninguém. Sim, era essa a desculpa que eu dava à minha mente para justificar o que estava fazendo.

Quando ele finalmente se afasta, sinto meu corpo estremecer, e a realidade volta com força total. Meu olhar percorre o salão, aliviada ao perceber que Paxton desapareceu do meu campo de visão.

Só então volto a encarar o estranho. Ele ainda não havia se afastado por completo, sua mão permanecia em minha cintura como se quisesse prolongar aquele momento. E é nesse instante que meus olhos se fixam em um detalhe que não havia notado antes: a aliança em seu dedo esquerdo.

Aria - Não é possível… — Sussurro, sentindo a culpa e a vergonha me invadirem como uma onda esmagadora.

Meu coração dispara, e meu estômago revira ao perceber minha própria estupidez.

Aria - Eu... eu... sinto muito.

Minhas palavras saem apressadas, mas não escondem a raiva crescente por ele ter correspondido ao beijo, mesmo sendo comprometido. Sem me dar ao trabalho de esperar por uma explicação ou procurar Fabíola, deixo o local o mais depressa que consigo. Meu rosto arde, uma mistura de vergonha, raiva e arrependimento consumindo cada fibra do meu ser.

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...*🔴*Autora:...

Olá amores, espero que estejam gostando do desenvolvimento da história. 😊

Postarei atualizações três vezes na semana, Segunda, Quarta & Sexta.

Esse foi o último de hoje.

Até breve. 👋

Beijos. 💋😘

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