A Cor do Amor

Capítulo 17

Laurinda respondeu: "Porque você brigou com ela.

Laurinda queria testar Lincoln para ver se ele, dessa vez, iria admitir que realmente está apaixonado por Clarisse.

Lincoln falou: "Mas para onde ela foi?"

Laurinda disse: "Não sei, meu filho, ela não deixou o endereço."

Lincoln ficou desesperado, entrou no seu escritório e começou a beber; ele quebrou tudo no escritório.

Laurinda ficou preocupada, foi olhar e abriu a porta devagar. Pensou: "Tive a confirmação, ele está louco por ela. Nem com Lúcia ele fez isso quando ela foi embora." Ela pensou em falar para ele, mas desistiu e disse: "Ele tem que aprender e tem que pedir perdão a ela; ela merece."

No ônibus, Clarisse pensou: "Se aquele buquê lindo que ele estava nas mãos fosse para mim, eu iria ficar tão feliz." Em dado momento, pensei que realmente era para mim. E que briga sem pé nem cabeça foi aquela! Ele parecia que estava com ciúmes. Mais que implicância, ele tem com o doutor, desde que se conheceram, ficam trocando farpas.

Clarissa, continua: Acho que Lincoln ficou chateado porque estava falando perto da filha dele. Acabou que nem perdoei o doutor. Se eu conhecesse o doutor antes do Lincoln, acho que teria dado uma chance a ele. Eu queria muito ver o doutor de outra forma, mas não consigo vê-lo do jeito que eu gostaria, só como amigo mesmo.

Depois de tantos pensamentos, Clarissa acabou pegando no sono. Quando já estava na cidade do interior, o motorista do ônibus falou: "Moça, já chegamos." Clarissa respondeu: "Moço, desculpas e obrigado." O motorista,falou:nada,moça.

Seu Raimundo já havia passado o endereço do hospital por mensagem. Ao chegar no hospital,

Clarissa falou: "Oi, senhor Raimundo, como a minha avó está?" Raimundo respondeu: "Minha filha, ela está melhor, segundo os médicos. Ela só teve um mal-estar, mas queria te ver."

Clarissa disse: "Eu quero vê-la, posso?"

Raimundo respondeu: "É claro, minha filha. Vou deixar vocês conversarem tranquilamente. Qualquer coisa, estou aqui fora." E Clarissa entrou no quarto.

Clarissa ficou bem emotiva ao ver a avó.

Ela falou: "Oi, vó do meu coração, como a senhora está?"

"Rosália, estou bem, minha filha."

"Melhor agora que te vi."

"Rosália, pelo jeito você está maravilhosa, está apaixonada, minha neta. Seus olhos estão brilhantes."

"Clarissa, vó, estou aqui, mas é complicado e eu não quero falar sobre isso agora."

"Rosália, minha filha, na vida tudo tem um jeito, só não tem para a morte. Olha, eu e Raimundo descobrimos o amor agora com 60 anos."

"Clarissa, parabéns, vovó! Adoro o senhor Raimundo, eu já o via como meu avô."

"Rosália, é minha filha. Ele sempre gostou de mim, mas eu achei que já estava velha e não podia me envolver. Porém, a conveniência fez eu ver que eu também o amava, só não tinha percebido isso, e aí não tive pra onde correr."

Clarissa sorriu e falou: "Tá bom, vó linda. Agora, quero saber, vovó, o que a senhora teve foi só mal-estar e está melhor?"

"Clarissa, vovó, não minta?"

"Rosália, estou bem. Você sabe que eu não gosto de mentiras."

Clarissa ficou no hospital com a avó. O médico falou que era para Rosália pegar leve com as faxinas de casa. Ele disse: "Amanhã eu posso, e se estiver tudo bem com a senhora, vou dar alta."

Rosália falou: "Graça, adeus! Estou doida para ir para casa ficar com meu velho."

Clarissa, aí, vovó, o amor é lindo.

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