A Cor do Amor

Capítulo 6

Laurinda, do corredor, rindo, pois viu que seu neto estava se mordendo de ciúmes.

Laurinda pensando: "Benfeito."

O médico foi embora e Clarissa falou que iria voltar ao trabalho. Lincoln não deixou; ele queria passar a pomada, mas ela não deixou. Ela queria voltar para o quarto das empregadas, e ele não deixou. Ele ficou indo de hora em hora ao quarto dela para saber se ela estava bem. Mas ele passou do limite quando levou comida e quis dar na boca dela.

"Clarissa, senhor Lincoln, eu agradeço muito a sua preocupação, porém eu estou muito bem. Não precisa ficar assim comigo." Para quebrar o clima, ela falou: "Pode ficar calmo, não vou te processar."

Ele ficou sem graça e saiu. Ela comeu, depois aproveitou, foi para o quarto dela na ala dos empregados, tomou banho, tomou o remédio para dor e foi deitar, acabando por pegar sono por causa do remédio que era forte. Lincoln foi ao quarto de hóspedes, não a achou, então ele falou com Dmitry, que disse que ela poderia estar no quarto na ala dos empregados. Ele foi lá, bateu na porta, mas ela não respondeu. Ele ficou preocupado, abriu a porta e viu ela dormindo. Ele a pegou no colo e a levou de volta para o quarto de hóspedes, com Dona Laurinda assistindo a tudo, e ele não percebeu.

Ele colocou ela na cama do quarto de hóspedes. Ele ficou admirando-a e falou: "Como você é linda!" Quando ele se aproximou para dar um beijo na testa dela, as crianças invadiram o quarto e disseram: "Pai, deixa a gente dormir com a tia Clari, estamos preocupados." Lincoln respondeu: "Não."

Clarissa acordou, olhou ao seu redor e perguntou: "O que estou fazendo aqui?"

Lincoln disse: "Desculpe, eu te trouxe para cá porque fiquei preocupado."

Clarissa respondeu: "Não era preciso, estou bem." Poderia te me deixar lá.

Lincoln disse: "Mas fiquei aqui. Qualquer coisa, você grita."

Yvana falou: "Papai, então deixa a gente dormir aqui com a tia Clari. Ela não precisa gritar, nós ajudamos."

Lincoln respondeu: "Não, vocês vão machucá-la."

Clarissa disse: "Que isso! Eles podem dormir aqui, sim, a cama é grande."

Lincoln perguntou: "Tem certeza disso, Clarissa?"

Clarissa respondeu: "Tenho, sim."

Lincoln, então, tá bom.

As crianças: eba!

Clarissa: tá bom, meus amores, chega de festa e vamos dormir, que amanhã vocês têm aula.

Sem querer, Ygor soltou: tá bom, mamãe.

Clarissa olhou sem graça para Lincoln, que sorriu pela primeira vez com a cara de espanto que Clarissa fez. Lincoln não corrigiu o filho.

Clarissa falou: meu amor, fico lisonjeada de você me querer como sua mamãe, porém sou só a tia Clari.

Ygor levantou e deu um beijo no rosto dela. "Desculpe, tia Clari." Aquilo quebrou o coração de Clarissa. "Não precisa me pedir desculpas, meu amor. Agora, vem cá, vocês dois. Antes de tudo, dê boa noite para o pai de vocês e dê um beijo no rosto dele." Tanto Ygor quanto Yvana fizeram isso.

Aquilo deixou Lincoln extremamente emocionado, pois seus filhos não tinham esse costume. Ele sabia que a culpa era dele.

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