Cap. 13- Salvador???

...Jhulys...

Quando ele deu aquele sorriso, iluminou o meu dia na mesma hora, as minhas pernas ficaram bambas e o meu coração em festa, borboletas voavam em meu estômago, minhas mãos suando muito, eu podia não falar, mas com certeza eu sempre quis encontrar o homem por quem me apaixonei o meu Salvador, o pai do meu filho, eu nunca tive raiva ou rancor por ele ter me deixado sozinha naquele quarto, na realidade o que vivemos naquela noite foi algo tão especial, único e forte que era impossível ele ser um canalha.

Mas quando ele diz o meu nome, o meu mundo desmorona, minha cabeça gira e tudo se encaixa, é óbvio ele foi pago pela Olívia para me seduzir, e eu muito idiota cai feito burra nesse jogo sujo.

A única coisa que quero fazer é levar o meu filho para longe desse desgraçado, ele não tem o direito de conhecer o meu filho, depois desse de ter sido um filho da put* que faz tudo por dinheiro.

Pego na mão do meu filho e vou puxando ele para sair o mais rápido possível, a minha vontade é de chorar, gritar, e dar um belo soco na cara dele, mas nunca farei isso na frente do meu menino, até que ele me diz que é Maison Ferrati, eu paro na mesma hora.

Meu coração acelera e muitas emoções conflitantes me tomam nesse momento, não sei nem como, mas quando vi já estávamos sentados para almoçar, fizemos nossos pedidos e eu nem consegui encarar ele.

Fiquei com tanto ciúmes quando achei que o amiguinho do meu filho era filho dele também e com a mesma idade ainda por cima, fiquei com muita raiva, mas quando ele diz que não tem filho só o nosso e ainda que não teve interesse em mulher nenhuma nesses seis anos o meu coração emocionado já acelerou ainda mais.

Maison: Não acredito que finalmente te encontrei, quando eu soube que era você pelo bilhete, fui falar com os meus pais e naquela mesma noite fomos a casa do seu pai, mas já era tarde demais, você tinha desaparecido no mapa.

Jhulys: Eu disse para você que iria fugir, e depois de tudo que ele me disse e das agressões não tive mais escapatória, ele iria me vender para o Mafioso que ele devia dinheiro.

Maison: Eu soube pelo seu depoimento na delegacia, o meu pai conseguiu acesso pois o delegado era o filho de um amigo dele, mas a denúncia veio de Miami, você ficou por lá muito tempo, me conta da sua vida nesse tempo todo, não tem ideia de quantas noites eu pensava em você, e como fiquei preocupado, sem saber se tinha um teto, comida, ou se alguém não te fez mal.

Jhulys: Não, eu peguei o avião para Nova York pouco tempo depois de sair daquela casa, vim para a casa da minha amiga que me deu todo o apoio, fiz faculdade e vivemos muito bem.

Maison: Preciso muito saber de tudo, eu tenho um filho com você, os meus pais vão surtar quando descobrir.

Jhulys: Eu sei que está empolgado agora, mas eu não quero que o meu filho sofra como eu sofri, você tem que ter certeza se quer entrar na vida dele e fazer parte dela.

Maison: Vejo que não me conhece muito bem, mas tudo que te contei naquela noite foi verdade, e eu tenho absoluta certeza que quero fazer parte da vida de vocês, terá muito tempo para me conhecer de verdade.

Fomos interrompidos pelas crianças que vieram correndo até nós.

Ygor: Padrinho, podemos brincar juntos na sua casa, o Johnny ainda não conhece a vovó e o vovô, vamos, por favor.

Ele olha para mim pedindo permissão e acho que não é uma boa ideia chegar de surpresa na casa dos pais dele e dizer oi estou de volta e depois de fugir do casamento ainda tive um filho que escondi de vocês.

Jhulys: Não acho boa ideia, acredito que seja melhor preparar eles com calma para contar, sem contar que por hoje já foi surpresa demais.

Maison: Não posso perder vocês de vista nunca mais, você não tem noção do quanto eu te procurei.

Estou tão confusa que não sei o que responder, não sei o que fazer.

Maison: Vejo que toda a minha ansiedade te assustou, você não me conhece direito, tivemos pouco tempo, mas me prometa somente uma coisa, não suma de novo, por favor, eu preciso de vocês, foi tudo muito rápido e ainda estou em êxtase com essa novidade, mas te respeito e vamos construir aos poucos a nossa relação.

Jhulys: Obrigada por entender, vou te passar o meu telefone e endereço e mantemos contato, pode ser, eu prometo que não vou sumir a nossa vida é em Nova York.

Ele concorda e trocamos telefone, por mensagem depois eu passo o meu endereço, agora preciso ir para casa foram muitas emoções para um único dia.

As crianças se despedem com um abraço e chega a hora de se despedir do Johnny e meio sem jeito ele o puxa para um abraço e quando se separaram estão os dois emocionados, ele me dá um beijo no rosto e nós vamos para o carro.

Jhulys: Filho...

Johnny: Eu gostei do meu pai mamãe, o Ygor disse que ele é muito legal e agora eu também tenho um pai e uma mamãe como todas as crianças da minha escola.

Como fui ingênua acreditando que eu era o suficiente para o meu filho, como ele não conheceu o pai, não iria sofrer a falta de um, não consegui dizer mais nenhuma palavra até chegar em casa.

Ele foi tomar banho e eu procurei a tia Susan para contar o que aconteceu, a Becca ainda está no hospital.

Susan: Chegaram minha querida, e como foi o passeio.

Jhulys: Eu encontrei ele...

Susan: Ele quem? Está me deixando preocupada, se sente aqui e se acalme.

Eu faço o que ela me pede, e parece que todo o meu corpo que estava tenso, descarregou uma carga de energia e eu comecei a chorar, sei lá eu estava segurando as emoções e agora estou aqui chorando de soluçar, depois que me acalmei com o carinho dela, finalmente consegui contar.

Jhulys: Eu encontrei o meu Salvador, o pai do Johnny, não tinha ideia do quanto o meu filho queria um pai, e estava sofrendo com isso, sou uma mãe horrível.

Susan: Olha para mim, você é uma ótima mãe, uma filha incrível, uma sobrinha maravilhosa, uma mulher espetacular e uma médica super competente, nunca mais diga isso.

Eu concordo com ela, e conto como foi o nosso encontro.

Jhulys: Então foi assim, mas se eu não estivesse fugido ele teria conhecido o filho antes, teria acompanhado a gravidez, eu sinto tanto por ele, pelos pais dele e pelo Johnny que perdeu todos esses anos.

Susan: A culpa não é sua minha querida, foi o destino de vocês quem quis assim, o que passou não pode ser mudado, o que pode fazer é aproveitar a nova oportunidade, eu te disse que iriam se reencontrar, mesmo que tenha sido somente uma noite, você o ama e pelo que disse ele também se apaixonou por você na mesma intensidade, então aproveita e vá conhecer melhor o pai do seu filho, e quem sabe o seu futuro marido e agora sem ser um acordo comercial.

Eu abraço ela e agradeço muito a Deus por ter me dado ela, aliás todos eles, é tinha que ser assim, com as minhas emoções controladas eu vou ver o meu bebê e ficar mais um pouquinho com ele até chegar a hora de ir trabalhar........

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