O dia terminou e eu fui para casa, Will e Simon iam jantar fora e eu não ia estar a meter-me no meio daquele momento que eles tão precisavam. Para Will a relação deles era puramente física, pelo menos ele assim pensava, mas as pessoas á volta deles já tinham entendido á muito que ele amava o Simon, mas ainda não se tinha dado conta.
Cheguei a casa muito cansado, a minha vontade era deixar a entrega da pulseira para o dia seguinte, mas quanto mais eu prolongasse aquilo pior seria.
Deixei as minhas coisas em casa e depois saí novamente indo bater à porta de Ohm. Ele abriu a porta e mal me viu sorriu.
Mas que raio?! Então mas eu tinha a certeza que ele me tinha visto no restaurante!
* Isto é teu.- disse praticamente atirando-lhe com a pulseira. Ele apanhou-a e olhou para ela.
* Obrigado, fiquei preocipado sem saber onde a tinha perdido.
* Ficou debaixo da mesa onde estavas.- expliquei-lhe já me preparando para voltar para casa, mas ele agarrou o meu braço.
* Já comeste?
* No restaurante.- respondi olhando para a mão dele a agarrar o meu braço. Ele largou e coçou a cabeça.
* Força do hábito, desculpa. Eu queria só saber o que ias fazer agora, eu vou sair para ir passear o Max...
* Já te livraste das caixas?
* A maioria sim. Ele já está bem melhor hoje. Queres ir comigo passear ele?
Soltei o meu braço e olhei para ele pensando o que lhe responder.
* Tu és bipolar?- foi o que me saiu. Ele olhou para mim confuso.
* Não, porquê?
* Hoje estiveste no meu restaurante, eu estive em frente a ti e tu agiste como se não me conhecesses, e agora estás a pedir para ir contigo passear o Max! Só podes ser bipolar!
* Ao almoço foi diferente, eu estava em trabalho, era uma reunião de negócios...
* Mais pareciam mafiosos sinceramente...- mal eu disse a palavra mafiosos ele puxou-me por um braço para dentro de casa dele fechando a porta de seguida, encostou-me à porta e falou-me baixo, nariz com nariz quase.
* Não te ponhas a falar coisas dessas sem saberes do que falas, pode causar-te problemas!
* Okay...- respondi na esperança que ele me soltasse, mas ele ficou ali a olhar para mim, depois deu um suspiro profundo.
* Nanon, tu não me conheces, mas eu sou uma pessoa complicada de natureza, e depois tenho o meu trabalho que não é fácil também, por isso tenta dar-me um desconto. Se eu voltar lá ao restaurante com aqueles homens e fingir não te conhecer acredita que é para o teu bem, por isso não leves a mal.
* Para o meu bem?- aquela conversa que já era estranha de natureza tinha acabado de se tornar mais estranha.
* Sim. Na minha linha de trabalho eu ter pessoas de quem eu goste, ou amigos que não sejam "como eu" sempre foi um risco, porque podem ser usadas para me atacar quando eu menos esperar, por isso faz o mesmo que eu, ignora-me.
* Mas no que trabalhas afinal?
* Isso tu não precisas de saber...
Ele largou-me e afastou-se de mim abrindo depois a porta chamando o Max para lhe meter a trela para irem à rua.
* Vens?
Porque é que eu tinha a sensação que se eu fosse com ele ia ser um caminho sem volta?
Pensei ainda durante alguns segundos, ele era sem dúvida o meu género, e aquela parte misteriosa dele fazia-me sentir atraído por ele, mas se ele estivesse a falar a sério eu podia estar prestes a envolver-me com alguém perigoso...Mas porque é que eu já estava a pensar em envolver-me com ele? Só íamos passear o Max!
* Vou buscar os meus ténis, já venho.- disse-lhe voltando para minha casa para me calçar.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Comments
Carla Santos
Hum mafioso kkkkkk
2024-12-18
0