Uma Questão de Tempo Para Amar
Londres 1815 -
Em uma noite no final de inverno com a luz da lareira que aquecia o quarto e com uma vela sobre a escrivaninha Katy uma mulher que pertencia a alta sociedade da nobreza britânica, escrevia uma carta para o seu marido que fazia mais de dois anos estava viajando.
A carta de Katy não era de amor e tão pouco tinha versos de poemas românticos, mas sim era uma carta informativa de como estavam as coisas nas propriedades da família.
Enquanto escrevia a carta Katy se perguntava quando o marido iria regressar de viajem, não era porque ela sentisse falta dele ou vontade de reencontra-lo ou matar a saudade, mas sim era para saber quanto tempo lhe restava de liberdade, porque afinal de contas as mulheres bem criadas na sociedade deveriam obedecer aos maridos.
Katy na flor da juventude com os seus 18 anos, e com longos cabelos castanhos ondulados, olhos verdes e com pele de porcelana digníssima de uma dama da alta sociedade, era considerada uma mulher muito bonita e atraente.
Porém por mais bonita que Katy fosse, o marido não a desejava como mulher e assim os dois permaneciam somente como amigos, em um casamento de aparências.
Assim como a maioria de todos com casais, o casamento de Katy não foi por amor e sim arranjando, durante uma das temporadas de casamentos em Londres que mais funcionavam como uma forma de negócios e dessa maneira Katy se viu pertencente a nobreza britânica, com todas as suas normas e padrões exigidos pela sociedade.
Ao se casar Katy não acabou convivendo por muito tempo com o Marido, pois após poucos meses que se casaram ele viajou para fora do país, porem durante o período em que eles tiveram juntos, Katy por muitas vezes se sentiu irritada com o marido já que ele insistia em dar ordens a ela e assim constantemente os dois acabavam brigando, dessa forma Katy torcia para que o marido continuasse a viajem e que de preferência fosse ainda por alguns anos.
Por mais que o casamento não fosse como deveria ser, Katy não tinha muito o que se reclamar, afinal de contas ela tinha assegurado o futuro de sua família e também pelo fato do marido não está presente, então até aquele momento ela podia ainda de alguma forma se sentir livre.
Ao terminar de escrever a carta Katy a fecha e a sela com a cera quente da vela e carimba com o brasão da família.
Katy: duvido que ele vá responder
Ela fala para si mesma ao analisar a carta fechada, ela já tinha perdido o número de vezes que escreveu cartas ao marido e ele nem ao menos se prestou em responde-las
Cansada e com sono, ela deixa a carta sobre a escrivaninha e vai se deitar para dormir.
Porém pelo meio da noite Katy é acordada por um barulho de algo que tinha acabado de cair no chão, sem saber de onde vinha o barulho ela analisa no quarto para ver o que tinha caído, porem tudo lhe parecia normal
Katy: o que será que caiu?
Ela se levanta e pega a vela acesa sobre a cômoda, ao abrir a porta de seu quarto ela nota que a luz da lareira da biblioteca estava acessa, por achar que os empregados tinham esquecido de apagar o fogo, ela caminha até a biblioteca para apagar
Porém ao entrar na biblioteca ela ver a silhueta de um homem que estava em pé diante da lareira, quando a luz ilumina o rosto dele, Katy rapidamente o reconhece e sente o coração disparar.
Katy: você?
- 1810-
Tudo começou no verão de 1810, quando Katy Evans que tinha 13 anos e era uma menina sonhadora e que não seguia os padrões de bom comportamento de uma mocinha, ela gostava de correr, subir em arvores e de ajudar na plantação que na maioria das vezes a fazia ficar com as unhas cheias de terra, isso para desespero de sua mãe que achava que a filha tinha que seguir os padrões, mas Katy não se importava de ser diferente, ela até gostava disso.
Enquanto brincava no balanço em sua casa de campo, onde ela vivia com sua Mãe Grace e sua irmã Lily de 3 anos, Katy ver o mensageiro de seu tio Robert entrar na casa.
Havia pouco mais de 2 anos que o pai de Katy tinha falecido e com isso a família tinha ficando em uma situação financeira complicada, mas tudo mudou quando sua mãe recebe uma carta do irmão viúvo Robert.
Na carta seu tio fazia uma proposta a sua mãe, para que ela acompanhasse as filhas dele Marina de 15 anos e Aria de 14 anos, nos estudos e no debute em Londres, já que as meninas não tinham mãe ou uma figura feminina por perto.
Por ser viúvo Robert precisaria de alguém de confiança para instruísse as filhas, que em breve seriam apresentadas a alta sociedade na temporada de casamentos
Mesmo gostando de viver no campo Grace acaba aceitando a proposta do irmão, já que Robert tinha prometido que pagaria todas as despesas de estudos para Katy e que quando ela entrasse no mercado de casamentos ele também asseguraria um dote para a sobrinha e com isso Grace ver a oportunidade de assegurar o futuro da filha e fazendo um bom casamento Katy também asseguraria o futuro da irmãzinha.
Ainda brincando no balanço, Katy se imaginava voando, pois amava se sentir livre, tanto que ela detestava usar espartilhos pois sentia que a prendia, para ela a liberdade era algo importante.
Perdida se imaginando como um passarinho, Katy é trazida para a terra quando a sua ama Adelaide a chama para entrar.
Adelaide: Katy hora de entrar
Katy: deixe eu ficar mais um pouco?
Adelaide: não, pois sua mãe quer falar com você e me parece ser importante
Katy: ah, então já vou entrar
Quando as duas entram na casa e Grace fala a filha:
Grace: filha sente-se, precisamos conversar
Katy: está bem mamãe
Grace: eu recebi uma carta do seu tio, e ele me fez uma proposta, para que nos mudemos para Londres
Katy: Londres, porque? – ela pergunta assustada pois não queria ficar presa morando na cidade.
Grace: suas primas Marina e Aria estão em idade de iniciarem as aulas de etiqueta para deputarem na alta sociedade, e como elas não tem uma figura materna o seu tio me fez a proposta de acompanha-las
Katy: a senhora disse que não aceita?
Grace: eu aceitei, justamente pensando em você meu bem
Katy: mamãe eu odeio a cidade
Grace: eu sei, mas logo você também vai estar na idade de se casar e não existe lugar melhor que Londres para se achar um belo marido - ela fala sorrindo
Katy: mamãe e se eu não quiser casar?
Grace: claro que vai querer, toda moça quer e acho que já está na hora de você parar de brincar e a começar a se preparar, pois afinal de contas você já virou mocinha, então logo vai estar pronta para casar.
Katy: mamãe acho que sou muito nova
Grace: você é quase da idade da Aria, e quanto antes você começar a aprender e a se preparar, melhor vai ser.
Katy: mamãe não tem uma forma da senhora desistir? – ela pergunta chateada
Grace: não, e estou fazendo o melhor para você Katy!
Dessa forma dias depois Katy, juntamente a sua mãe, a irmã e as primas se mudam para Londres
Como o mercado de casamentos era nada mais que um negócio, o tio Robert aluga uma casa enorme e ficava situada em uma das melhores ruas de Londres, já que para se fazer bom casamento tem que estar próximo de pessoas importantes e dessa forma elas se tornam vizinhas de Lordes, Barões, Viscondes, Condes, Duques e Marqueses
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Atualizado até capítulo 25
Comments
🌹
Será que essa personagem também vai sofrer ser humilhada até o último capítulo ou dessa vez a mocinha vai ser mais esperta independente apesar da época e ditar a regras desse romance.
2024-11-08
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Gislene Alves
Vou passar sua história dessa vez Sá,eu particularmente não gosto de histórias de época,não tenho nada contra,mais não curto,mais parabéns pela história de Murilo e Mayra,vou ficar ansiosa pela próxima depois dessa !
2024-11-09
2
Aline Santos
estou me sentindo na era de bridgtom (acho que se escreve assim) kkkk
Amando, gosto muito de histórias de época /Angry/
2024-11-07
2