Capítulo 15

O príncipe desceu da árvore, mas escondeu-se dela até que a tivesse perto…

- Então a Grande Princesa Herdeira do Reino de Westminster corre pelo campo como qualquer soldado…

- O que faz aqui, príncipe?

- É essa a forma de cumprimentar o seu prometido?

- Você também não me cumprimentou. Além disso, se bem me lembro, tínhamos deixado claro que o noivado acabava e que você enviaria o documento para anulá-lo…

- Catherine, veja-se… correndo por aqui sozinha, esqueçamos tudo isto e voltemos para o palácio… vamos marcar a data do casamento…

- O quê? Casamento?

- Sim, sempre quis uma data… então vamos marcar uma data para nos casarmos…

- NÃO! Eu não quero casar consigo…

- O quê? Mas sempre me pressionou para marcarmos a data do casamento! Além disso, você teria um secretário para ajudar com todas as coisas do palácio…

- Escute-me! Parece que falamos línguas diferentes… Não me quero casar consigo! Não vou voltar para a capital! Não quero vê-lo! Só quero ir-me embora deste reino maldito e encontrar a minha felicidade, longe de si…!

- O noivado não pode ser quebrado, foi assinado pelos nossos pais…

- O quê? Está a dizer-me isso só agora?… Que seja, não voltarei àquele palácio maldito…

- Terá de voltar…

[espírito de Paulina Rubio… vem a mim…]

- Entenda, príncipe, eu mudei… “eu já… não sou aquela mulher que não sai de casa e que coloca aos seus pés o melhor da sua alma, não me tornarei no eco da sua voz, eu já não sou aquela menina perdida, a que assina um papel e lhe entrega a sua vida, nunca me verá chorar, ainda que sinta vontade…”

- Catherine…

- Agora, por favor, volte para o seu palácio, esqueça-se de mim…

- Não vou a lado nenhum… Vou ficar aqui…

- O quê? NÃO! Você vai para uma pousada ou para o seu palácio, não me importa, apenas deixe-me…

- Volte para ajudar com as coisas do palácio, ensine alguém a fazer o seu trabalho e não a incomodarei mais…

- O quê? NÃO! Não tenho de o fazer, acha que lhe devo alguma coisa? Não!… Agora vá embora, por favor…

- Encontrei aquele quadro meu que você tinha e o caderno onde só escrevia o meu nome… está a dizer-me que tudo isso já passou… que realmente se esqueceu de mim…

- É verdade, você matou até à última gota todo o amor que eu sentia por si…

- Eu… acho que podemos tentar de novo, volte para o palácio e podemos passar mais tempo juntos, como você queria antes…

- Exatamente… ANTES! Agora pode ir meter-se no seu palácio… sabe que mais? Fique aqui, eu vou-me embora. Gosto do campo, vou para outro lugar. Sou rica o suficiente para ir para onde quiser…

- Para onde quer que vá, continuará a ser minha prometida, Catherine!

- Então caso-me com outro… É isso que vou fazer, vou procurar um homem bonito e fazê-lo Duque de Blanch…

- Você não se atreveria…

Catherine diminuiu a distância entre os dois, pôs a mão dele na sua cintura e falou muito perto do seu rosto…

- Olhe… sinta-me… sou linda, achava mesmo que eu ia morrer de amores por si? Pois está enganado…

James ficou sem palavras e viu-a a afastar-se a correr em direção à mansão…

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