Capítulo 7

Andrew acorda animado. Hoje seria a reunião com a CEO e finalmente poderia ficar em paz nesse projeto, visto que ela gostou da sua ideia. Foram semanas inteiras dedicadas a essa campanha.

Ele tomou o café da manhã rapidamente e saiu todo afobado. O dia seria intenso. Ele estava com uma sensação estranha.

Ao chegar à empresa, estava revisando tudo quando recebeu a ligação da sua mãe.

📲 Oi Andy. Tudo bem filho?

📲 Oi mãe, está tudo bem. E com você e o papai?

📲 Estamos bem. O seu pai teve uma luxação na perna por causa do golfe, mas está melhor.

📲 Por que não me avisou mãe?

📲 Você conhece o seu pai. Ele não quis preocupar você. Estamos querendo saber se está lembrado do nosso aniversário de casamento nesse final de semana?

📲 Claro mãe. Eu irei com certeza. Não é todo dia que celebramos uma união tão duradoura.

📲 Não seja sarcástico meu filho. O seu pai e eu nos amamos. Temos as nossas rusgas como qualquer casal.

📲 Desculpe mãe. Tenho uma reunião importante agora. Dê um beijo no meu pai.

📲 Até sábado meu bem.

Depois de desligar ficou pensativo. Os seus pais iriam completar 30 anos de casamento. Ele não estava sendo sarcástico. Ele sabia muito bem que o casamento perfeito era aparência. Ainda havia amor, mas eles estavam juntos mais por hábito.

A secretária avisa que a CEO chegou e ele pediu que ela entrasse. E quando ele a viu pensou estar sonhando.

Chloe amanheceu com uma dor de cabeça fenomenal. Depois de tomar um analgésico e comer o seu desjejum foi para a empresa. Ficou uns minutos organizando tudo que precisaria para a reunião. Pensou em desmarcar mas iria dar a impressão de irresponsabilidade.

A dor de cabeça estava melhorando e Zara a acompanharia até a empresa.

- Se está com dor de cabeça forte, tenho certeza que logo ao entrar vai melhorar.

- Por que? Tem algum sensor lá que resolve uma dor de cabeça?

_ Não. Mas ao ver o CEO tenho certeza que a sua vista vai clarear. É muito lindo.

- Parece a minha amiga falando. É uma reunião de negócios, Zara. E sabe que eu não misturo as coisas.

Zara apenas sorriu. Chegaram à empresa e logo foram encaminhadas até a sala de reuniões.

Quando Chloe entrou na sala, depois de Zara ficou estática. Os olhos fixos no CEO. Devia ser uma brincadeira.

Eles se encararam por uns minutos. O silêncio era tão forte que até o som da respiração era ouvido.

- Algum problema Chloe?- Pergunta Zara aflita, pois ela ficou pálida e com a dor de cabeça poderia estar doente - o que aconteceu?

- Ou? Ah, nada. Está tudo bem. Bom dia senhor Thompson.

- Bom dia senhorita Bloom. É um prazer conhecê-la pessoalmente.

_ Digo o mesmo- ela o encara de forma atrevida e clara mostrando a ele que ali ela era outra pessoa.

- Eu estou um pouco confusa. Tenho a impressão que vocês se conhecem.

- Zara, vamos ao que importa. Senhor Thompson, poderia começar?

- Certamente. Mas não querem beber alguma coisa?

- Não há necessidade_ olhou para Zara que discordava, pois queria um café- estou com muito interesse na apresentação. A sua ideia me interessou.

- Agradeço muito. Eu sei o tanto que é exigente.

Ele começou a expor a abordagem que seria feita na campanha e no final ficou tudo acertado. Os advogados vieram e assinaram os contratos.

Ao final da reunião, Andrew pediu que trouxessem um suco. Zara bebeu rapidamente e se despediu de todos. Ela tinha uma consulta médica. Chloe pediu que a esperasse, mas Zara disse que estava atrasada e foi na frente.

- Essas funcionárias de hoje são folgadas- diz ela com um sorriso tímido- bem, foi muito bom senhor Thompson. Obrigada pelo empenho.

- Tem que se esforçar mais no agradecimento, senhorita Bloom. Foi muito exigente.

- Eu sou assim. Contudo sei que poderia exigir competência. O senhor é o melhor.

- Obrigado. Fico honrado com o seu elogio. E nem acredito que está aqui na minha frente.

- O que quer dizer senhor Thompson?

_ Sabe muito bem. Desde sábado que não sai do meu pensamento. Agiu como a Cinderela.

- Não sei o que fiz para que você pensasse assim.

- Sabe sim, Cinderela. Ao invés de um sapatinho deixou lembranças muito melhores.

- Olhe, senhor Thompson, eu não fazia ideia de quem o senhor era. E se for para continuar com essas memórias, acho melhor desfazermos o contrato

- Não há como desfazer nada. Eu não quero. Mas não tem como esquecer aquela noite Cinderela

- Pode parar de me chamar assim?

- Tudo bem. Entendo a sua posição. Mas gostaria muito de conhecê-la melhor.

- Desculpe, mas a recíproca não é verdadeira

- Tem certeza? Eu vi nos seus olhos que ficou tão surpresa quanto eu ao nos vermos aqui. E deixo claro que não muda nada.

- Mas é claro que muda. Não misturo negócios com diversão. Sábado eu estava me divertindo. Aqui sou uma presidente de empresa. E não brinco em serviço.

- Está perdendo uma grande oportunidade- ele fala divertido e com malícia nos olhos- agora mesmo poderíamos repetir a dose nessa mesa aqui.

- Senhor Thompson, seja profissional ou terei mesmo que procurar outra agência. Já disse que não acontecerá novamente.

- Poderia me dar uma chance de fazê-la mudar de ideia.

- Não. Se ainda quiser, teremos só um relacionamento profissional. Os nossos interesses serão apenas negócios

Andrew respirou fundo. Mas nunca iria desistir dessa mulher. Agora, mais que nunca queria mais

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