Capítulo 3

Andrew acorda com o som do celular. Novamente se arrependeu de não ter desligado. Ao se levantar sentiu uma pontada de dor de cabeça.

- Maldição!- com uma dificuldade enorme consegue pegar o celular debaixo da cama.

📲 Ellie espero que tenha um motivo muito importante para me acordar cedo em pleno sábado.

Ellie sorri com o mau humor do irmão e ao mesmo tempo conversa com uns vizinhos.

📲Bom dia para você, seu rabugento. Estou querendo saber se vai mesmo à inauguração da boate.

📲Que assunto importante hein. Sua chata, eu vou sim. Apenas porque os nossos pais pediram para ficar de olho em você.

📲Sai dessa maninho. Não sou mais criança. Nos encontraremos lá. Beijos.

Andrew deita a cabeça para tentar dormir novamente. Mas viu que seria inútil. Foi tomar o seu banho.

Desceu para tomar o café e sorriu ao ver a sua funcionária.

- Magda querida, bom dia. Por favor me salve da dor de cabeça.

- Não sei por que tem que beber tanto, Andinho.

Ele sorri ao ver como ela o chamou.

- Já não cresci muito para você me chamar assim?

- Enquanto precisar de mim para curar as suas dores será uma criança Andinho.

Ela sorri e lhe entrega um advil. Ele agradece e se senta para tomar o café.

- Vai trabalhar hoje Andinho?

- Sim, mas vou ficar aqui mesmo.

- Quer um almoço especial?

- Me surpreenda com a sua comida deliciosa, Magda.

Ele terminou o café e foi para o escritório. Começou a trabalhar numa conta que estava lhe dando dor de cabeça.

Andrew tem um talento incrível para elaborar slogan de campanhas para anunciar qualquer produto, ou empresa. Mas essa empresa era um desafio. A CEO era severa e exigente. E ainda difícil de aceitar um horário. Sempre mandava a secretária e nunca aprovava nenhuma ideia.

Ele ficou até a hora do almoço e revisou tudo. Se a CEO não aceitasse, ele iria desistir. Mesmo que essa palavra não fazia parte do vocabulário dele.

Magda o chamou para almoçar. O cheiro estava fantástico. E o sabor divino. Magda era uma fada na cozinha. Ela preparou o seu prato preferido. Carne assada, regada ao vinho, com batatas, arroz branco, salada de palmito e abacaxi. A sobremesa era o pudim de leite.

- Magda, às vezes acho que você é uma maga da comida. Está fantástico. Obrigado. Pode tirar o resto do dia de folga e amanhã também , viu?

- Obrigada meu menino. Vou visitar a minha irmã. Ela está um pouco adoentada.

- Se precisar de alguma coisa é só dizer. Médico, remédio, tá bom?

- Está bom. Vê se não entorna todas as bebidas hoje como se o mundo fosse acabar. Lembre-se que tem Ellie para vigiar.

- E desde quando essa menina me obedece Magda?

- Vocês são terríveis.

Ela foi embora e Andrew ficou sorrindo de vê- la resmungar.

Ele decidiu passar um pouco de tempo na piscina. Fez um dry Martini e se sentou na cadeira.

Ele estava arrependido de ter prometido a Ellie de ir à inauguração da boate. Estava cansado, seria bom passar uma noite tranquilo. Mas a sua irmã não larga o osso. Enquanto não ouviu o sim não deu sossego. E ele saia que Rose estaria lá. E ela devia estar furiosa com ele, depois de ter ficado sozinha na festa de aniversário dela.

Ela achou que poderia pegá-lo numa cilada, anunciando para todos os convidados que eles estavam namorando oficialmente. Ele olhou furioso para ela, desmentiu a notícia e se despediu, deixando Rose com cara de cachorro que cai do caminhão de mudança.

Isso foi no último sábado e ela o atormentou a semana inteira querendo conversar. Ele proibiu a entrada dela na empresa. Sabia que tinha caçado " sarna para se coçar ", como a sua avó dizia.

A tardinha, Andrew foi para a sua academia e depois de praticamente chegar à exaustão, foi tomar o seu banho. Magda deixou um suco de abacaxi com hortelã para ele e em minutos bebeu tudo.

Foi para o quarto e descansou um pouco. Assistiu um filme e logo viu que era hora de se arrumar.

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