Aluna transferida - Final

        -Amanhã, depois do clube, você poderia ir no parque aquático perto do ginásio municipal?- Pergunta Sara a sua aluna.

        -Acho que sim.

        Então ambas vão todas as juntas até o metrô, porém com um silêncio entre elas.- Eu pego o expresso, nos vemos amanhã então.- Sara fala, quebrando o silêncio, e despedindo-se de Sif, que educadamente responde.         -Sim, tenha cuidado na volta, até amanhã.- E que no final dá um sorriso, fazendo com que Sara fique sem reação.

        Já no dia seguinte, ambas então se preparando no parque aquático como o combinado. Então elas começam com o treino, Sara lhe ensina o básico na primeira aula. Os vários tipos de nados, como entradas e viradas. O revezamento e as regras de uma competição.

    -Existem 6 modalidades / disciplinas distintas na especialidade de natação:

· Natação pura

· Polo aquático

· Saltos para a água

· Natação de águas abertas

· Natação sincronizada

· Mergulho

         Das quais a natação pura, o polo aquático e a natação de águas abertas possuem uma categoria Masters.

        -Eu meio que sei um pouco sobre ela, porém, acho que para chegar ao seu nível, ainda tenho muito o que aprender.- Sif fala, tentando agradar a Sara. Deixando um breve momento de silêncio até que sai uma pergunta.

     -Sabe, eu estava aqui pensando, será que nós já não nos conhecíamos antes? -Sara pergunta a Sif enquanto ela está ajudando no nado borboleta. -Bem não sei, acho que sim. -Ela a responde olhando de canto .Mas acabam mudando de assunto.

    -Sara, enquanto você estava se trocando na escola, eu vi que você tem algumas cicatrizes em seu corpo.

    -Quando eu tinha oito anos, eu e minha família nos envolvemos em um acidente de carro, eu perdi toda a minha memória de quando era criança, e por conta desse acidente meu pai fugiu de casa.

    -Oh! Sinto muito por isso!

    -Entendo… Bem até que para sua “primeira” aula você foi muito bem.-Sara dá de ombros em Sif enquanto sai da água.

    - Vamos voltar\, amanhã nós continuamos.

    As duas vão até o metrô, o trem de Sara chega antes que de Sif, elas se despedem enquanto a porta do trem fecha.

    Quando chega em casa ela olha na caixa de correios, e vê uma carta para ela, sem saber quem a mandou.

    Ela sobe as escadas diretas para o quarto, tranca a porta, joga a carta em cima de sua cama, ela

então começa a se trocar, mas fica curiosa para saber o que está escrito na carta sem identificação.

    Ela então resolve ler o que está escrito na carta. Porém é interrompida por sua mãe. Ela esconde a carta dentro de uma gaveta de escrivaninha.

     Ela vai ajudar sua mãe, mas como já estava tarde, Sara vai dormir já que no dia seguinte ela iria na lanchonete encontrar Monet.

    Já no dia seguinte, antes de ir até lá, ela resolve ler o que tinha escrito na carta, fica um tanto que perplexa, sem reação. Quando chega na lanchonete como duas combinaram e se senta em uma mesa perto de uma janela grande, que clareava a maior parte do interior do local.

    -Ontem encontrei esta carta, mas não sei de onde vem, e achei muito estranho o conteúdo dela.- Sara fala entregando a carta para a amiga.

    -Sabe o que acho? Você está ficando mesmo histérica.

    -Você fala isso por que não foi com você né!

    -A deixa isso de lado, não é a primeira vez que você tem essas crises de sonhos, e recebe essas cartas, da última vez que você pirou por isso, sabe, você deu muito trabalho.

    - Eu o que ?!.... Tanto faz. -Sara fala com uma cara de indiferença. -Mas me conta, por que você não foi para a escola hoje?

    -Sabe, tive que ir numa certa reunião. Muito chato, eles se preocupam de mais com tudo isso.

    Sabe, você nunca eu contou onde é esse lugar, e nem me contou que tipo de reuniões são essas.

       -Ah bem, se eles certos certos, um dia você irá descobrir!

    Monet fala para a amiga, enquanto pega um cappuccino e balança a mão como sinal para a amiga esquecer tudo isso.

    Depois que as duas saíram da lanchonete, foram até a casa de Sara, fazendo brincadeiras, caretas, e contando piadinhas enquanto andavam.

    Monet é aquele tipo de pessoa que é espontânea, que ri de tudo como se não tenha problema algum em sua vida. Sara já é mais calma, mais culta, procurando sempre ser discreta em tudo.

    Quando faltava alguns metros até a casa de Sara, Monet à desafia para uma corrida.

    -Olá Monet, Sara Perdeu de novo?-A mãe de Sara pergunta a Monet

    .-É… acho que sim- Ela responde enquanto a amiga esta ofegante na porta de casa.

    As duas vão para o quarto dela, Monet sempre acha lindo o teto do quarto de sua amiga- Cara, isso é tão relaxante- Ela fala para Sara, que estava com um pacote de Cookies em suas mãos.

    -O que? Você também quer?

    -Podemos dizer que sim!- Monet responde pulando em cima de sua amiga\, fazendo duas caírem no chão\, assim fazendo com que a mãe de Sara brigue com elas.

    -Bem feito, ta vendo, se você fosse mais calma, isso não teria acontecido

    -A vamos lá, você sabe tão bem quanto eu, que essas brincadeiras são divertidas.

    Elas ficam mais de uma hora lá sentadas conversando, falando da vida alheia, rindo de seus micos, ou de coisas que aconteceram no decorrer do dia.

    -A Sif viu minhas cicatrizes.

    -Sério? Espero que ela não pense que você é do tipo masoquista. -Sara olha com indiferença para a sua amiga.

    -Bem, eu acho que vou indo, senão minha mãe que vai ficar histérica… E mais uma coisa- Monet fala, olhando o canto para Sara, com um olhar fixo nos olhos azuis dela

   - Essa carta que você me mostrou hoje, nem pense em contar algo para ninguém, isso deve de ficar entre nós duas, certo?- Ela fala com vigor em sua voz\, contrariando qualquer dúvida que Sara poderia ter\, e fazendo com que ela apenas assentiu com um cabeço com um sinal de positivo.

     Pensando no que sua amiga disse, Sara esconde a carta dentro de uma caixa de sapatos (talvez algo não muito inovador, mas que normalmente dá certo), e colocando em cima de seu roupeiro.

    Meia noite e meia, e Sara ainda não conseguira dormir, seus sonhos atormentando-a durante como noites, deixando-a inquieta. Ela estaria sonhando com o acidente de carro, ela viu o vulcão entrar em erupção, e muitas pessoas morrerem. Ela então se levanta ouvindo um som vindo do primeiro andar de sua casa.

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