Paulo
A noite contei a novidade a minha irmã, que vibrou comigo, colocou um pagode e comprou umas latinhas de cerveja para comemorar.
Mas não ficamos comemorando por muito tempo, pois precisaríamos trabalhar, eu trabalhava como pedreiro como bicos, e enquanto eu não tinha nada fixo, era isso que eu conseguia sobreviver.
Na manhã seguinte, eu levei toda a documentação que me foi pedido, fiz o exame admissional, logo depois eu peguei no batente.
Enquanto eu tinha o meu horário de descanso, eu recebi a ligação, eu poderia começar a trabalhar amanhã mesmo.
Fiquei tão feliz que chutei o balde de água do canteiro de obras. Fazendo molhar o meu pé, eu ri, pois nada podia estragar a minha alegria.
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— Eu tô tão feliz por você irmão… — Gabi me abraçou, quando contei a novidade para ela.
— Eu também estou feliz. Foi o terno… — Brinquei, ou talvez foi mesmo, Coloquei uma casinha na maquete.
Estava ajudando a minha irmã a montar a maquete dela, Gabi faz faculdade de arquitetura e urbanismo. Ela trouxe um trabalho para casa, montar uma maquete do bairro onde cresceu. Ela pensou nos lugares que costumávamos ir, ela fez tudo desde os bonequinhos até a casinhas de tijolos, eu apenas ajudei a montar.
Finalizamos a maquete já perto da meia noite, então fui dormir, pois acordava cedo.
Me apresentei para o trabalho às sete da manhã em ponto. Luísa me deu o uniforme com a logo da empresa e já coloquei, assim como me deu o carrinho de limpeza.
Ela me passou a prancha com os lugares que eu teria que limpar, e ir marcando para no final entregar tudo para ela. Comecei pela sala de um dos chefes.
Senhor Rodrigo, aproveitei que estava vazia a sala e já fui limpar, coloquei um fone de ouvido, esperava sair do mesmo jeito que entrei, sem ser visto.
Tirei o pó, limpei o chão e estava saindo da sala, quando dei de cara com uma mulher. Era a mesma que eu havia visto conversando com o pai no outro dia, seus olhos são muito mais lindos de perto.
— Desculpa! Não queria te assustar. — Falei, pois ela deu um pequeno salto, colocando a mão no peito.
— Sem problemas, eu estava distraída. Sou Serena… — Ela estendeu a mão para mim.
— Paulo… — Apertei a mão delicada dela, tão diferente da minha que era áspera.
— Muito prazer Paulo. Você já terminou? Não quero atrapalhar…
— Serena, o pai já… — Um homem entrou na sala falando mas parou quando me viu. — Tá fazendo o que aqui, faxineiro? — É o mesmo homem que eu vi transando com a mulher, outro dia.
— Arthur! — Serena ralhou com o rapaz e ela parecia chateado com ele.
— Sem problema, senhorita… — Falei. — Já estou saindo, senhor. — Fechei a porta, assim que passei o carrinho da limpeza.
Sai da sala, pois eu não era uma pessoa muito calma, e eu precisava desse emprego, eu contava com ele para pelo menos conseguir sair da casa da minha irmã. Ela precisa da privacidade. E se eu ficasse correria o risco de eu pular no pescoço dele. Isso ia não ser nada bom pra ele e muito menos para mim.
Fui para outro andar da empresa, pois tinha muita coisa para limpar.
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Atualizado até capítulo 91
Comments
Claudia
🤭🤭 Tenta manter a calma o equilíbrio ♾🧿
2024-10-04
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