Um Amor Para O CEO

Um Amor Para O CEO

CAPÍTULO 1

Segunda-feira 9:40 da manhã, São Paulo

...

Dra. Ana: Quando quiser querido.

Ana o encarava esperando que dissesse algo.

Ronan: Nunca foi fácil para mim, desde que nasci a vida só tem me agredido, não entendo o que eu possa ter feito para sofrer tanto.

Dizia tremendo as mãos, estava nervoso, era a primeira consulta e não sabia por onde começar.

Dra. Ana: E o que aconteceu quando nasceu?

Ronan olha para a prateleira onde havia alguns livros.

Ronan: Um dia após nascer, minha mãe morreu.

Não esboçava reação de tristeza, Ana apenas o ouvia atentamente.

Dra. Ana: E o seu pai, o que aconteceu com ele?

Ele respirou fundo e olhou a parede branca e vazia ao lado da prateleira.

Ronan: ele me abandonou na casa da minha avó, ela me criou com carinho e amor, mas o meu pai voltou quando eu tinha 5 anos, me levou embora arrastado, minha avó tentou impedi-lo, mas não conseguiu.

Ana apenas anotava tudo.

Dra. Ana: E o que houve depois?

Ronan: Ele bebia muito, me batia, abusava de mim, levava mulheres para nossa casa, transava com elas na minha frente, se eu desviasse o olhar, ele me batia.....me obrigava a ver tudo.

Os olhos dele esboçava apenas rancor, nem mesmo havia tristeza. Ana sentia seu coração doer, mas apenas podia anotar e encontrar uma forma de ajudá-lo com o tratamento.

Ronan: Eu fugi de casa quando tinha 8 anos, não quis ir para a casa da minha avó, pois sabia que ele me buscaria lá, então fiquei nas ruas, o que não foi muito diferente. Vagava pra la e pra ca sozinho, fui violentado algumas vezes por outros moradores drogados, me batiam e acabei indo parar no conselho tutelar, me levaram para um orfanato, depois fiquei sabendo que meu pai tinha sido preso por assassinato, como eu pensei, ele me procurou na casa da minha avó, ele achou que ela estava me escondendo, então espancou ela até a morte.

Foi só ao lembrar de sua avó, que seu semblante se fez triste.

Ana por mais que quisesse não podia agir pela emoção, a hora da sessão então acabou e voltariam novamente ao assunto na semana seguinte.

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Ronan

Ronan sai da clínica e vai ao trabalho. Ele trabalha de auxiliar de serviços gerais em um shopping, nunca fala com ninguém a não ser Júnior, não sai de casa, está apenas existindo.

Júnior: Ronan — vem se aproximando -

Júnior

Júnior é um colega de trabalho que sempre tenta levantar o astral do amigo, não conhece sua dor, mas sabe que o mesmo passara por algo ruim para que lhe tirasse o brilho dos olhos.

Ronan: se for me chamar pra sair de novo, pode esquecer.

Júnior: cara, pelo amor de Deus, precisa sair, conhecer pessoas, precisa viver, você só existe.

Não queria admitir, mas era exatamente o que ele estava fazendo, e mesmo assim não desistia.

Júnior: na minha casa, vamos fazer uma social, só 6 pessoas, vai ser legal

Ronan: vou pensar

Júnior: se você não aparecer, nós iremos até a sua casa, recado tá dado.

Ronan revira os olhos e vai pro banheiro masculino com o carrinho de produtos.

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Finalmente o expediente se findou, trabalhava 12/36, no dia seguinte estava de folga. Ele vai pra casa e entra na solidão de seu apartamento, mora sozinho e ama como está.

Ele faz o que toda pessoa solitária faz, banha, veste um pijama, compra besteiras no delivery e se apossa do sofá vendo televisão. Júnior ligou diversas vezes e ele apenas o ignorou

Ronan: não sabe onde eu moro mesmo.

Continua no seu lanche e vendo sua série.

Júnior: safado, me ignorou mesmo

Alessandro: e aí, você disse que tinha algo pra mim aqui.

Júnior: ele me deu bolo aquele safado

Alessandro: tá falando do quê?

Júnior: bom, o que eu queria pra você hoje, não vai rolar

Alessandro é um CEO, é amigo de Júnior a muitos anos, o mesmo é empresário e tem um shopping, Júnior é colega de Ronan, mas não trabalha no mesmo setor, ele é chefe do setor administrativo.

Alessandro tem 35 anos, divorciado, tem uma filha de 12 anos, uma garota irritante, patricinha e muito mimada pela mãe, quando vai pra casa do pai quer sempre tudo do jeito dela, e quando não fazem, faz birra e escândalo por tudo.

Os amigos de Júnior comiam e bebiam cerveja, vinho, whisky e tudo que continha álcool.

Ronan em casa mantinha sua sanidade em dias, não bebia, não fumava, os médicos lhe receitaram vários remédios, mas não queria ser viciado, pois eram para ele apenas drogas, por mais que precisasse não iria tomar.

Júnior que o havia ameaçado, não foi a casa dele, pois nem sabia onde ficava. Ronan era bom em se esconder, não gosta de companhia e nem de conversar.

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CONTINUA

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Comments

BibleBuild_🖤💙

BibleBuild_🖤💙

A Cleozinha volto ou é uma paranóia da minha cabeça?

2024-09-16

17

Diva

Diva

Então...

2024-10-10

1

Roberta Santos

Roberta Santos

Nossa só tem gato em maravilha o calcinhas molhadas kkkkkkk

2024-10-04

1

Ver todos

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