Era uma tarde quente de outono quando Matheus, Bárbara, Joseph, Mia e Ágata decidiram explorar a velha casa no fim da estrada. O lugar estava abandonado há décadas, e os rumores diziam que algo sombrio acontecia lá dentro. Para os cinco amigos, a ideia de passar uma noite naquele lugar parecia a mistura perfeita de aventura e desafio.
Mia
Não acredito que estamos fazendo isso.
Disse Mia, apertando a mão de Bárbara enquanto caminhavam pela trilha empoeirada.
Bárbara deu um sorriso nervoso, mas estava tentando manter a postura. Já Ágata, sempre cética e a mais racional do grupo, estava relutante.
Ágata
Eu não entendo o que temos a ganhar com isso. É só uma casa velha. Qualquer coisa assustadora é puro efeito da nossa imaginação.
Disse Ágata, mexendo nos longos cabelos castanhos
Joseph
É exatamente isso que torna a aventura emocionante. O desconhecido, a tensão! Vamos lá, qual é o pior que pode acontecer?
Matheus, quieto até então, sentia um peso estranho no peito. Ele estava desconfortável, mas tentava ignorar o sentimento. Desde criança, ele tinha sonhos recorrentes com uma casa que se parecia exatamente com aquela. Isso o atormentava, mas ele nunca contou a ninguém, temendo parecer bobo ou vulnerável.
Chegaram ao portão enferrujado, e Joseph, como sempre, foi o primeiro a pular. Os outros o seguiram com certa hesitação. A casa parecia maior e mais sinistra de perto, suas janelas eram buracos negros que observavam os intrusos com intenções silenciosas.
Matheus parou por um momento, olhando para o céu que começava a se tingir de vermelho ao pôr do sol. Algo dentro dele dizia para dar meia-volta, mas ele ignorou. Ele não queria ser o "covarde" do grupo.
Barbara
Matheus, vamos!
Gritou Bárbara, já na varanda da casa com Mia ao lado.
Com uma última olhada para a floresta ao redor, Matheus seguiu seus amigos para dentro do lugar que mudaria suas vidas para sempre.
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