pânico

Pov Paollo

Eu não confio em Marien e depois dela ter entrado no meu quarto e deitado nua na minha cama pedindo pra ser minha eu piorei, odeio até a voz dela. Ver ela falar de amamentação me dá ainda mais asco pois os gêmeos ficaram internados com desnutrição por ela não amamentar eles corretamente e demorou horrores pra eles pegarem a mamadeira quem ela pensa que é pra falar de amamentação. Eu disse a minha mãe que Noah é meu filho eu sei que ela sabe que não é porque eu jamais esconderia isso dela mas foi a forma mais gentil que achei pra dizer " mamãe eu vou assumir esse pequeno como meu e vou amar e cuidar dele até que eu morra", e ela aceitou...

Joane_ Vocês dormem aqui hoje?

Paollo_ Não mamãe obrigada vamos embora voltamos outro dia.

Fernanda_ Eu nunca dormi fora com o Noah e tenho medo dele estranhar...

Joane_ Posso cobrar depois?

Paollo_ Mamãe

Fernanda_ Claro que sim kkkkk Prometo não demorar

Joane_ Tragam meu neto por favor não sumam com ele eim

Pov Fernanda

Rimos e nós despedimos de todos e quando marien veio me abraçar eu estranhei mas entendi quando ela sussurrou em meu ouvido.

Marien_ Cuidado quando sair na rua querida.

Sinto um frio subir a espinha e me afasto rapidamente dela e seguro na mão de Paollo que está estendendo pra mim enquanto a outra segura Noah que já capotou...

Fernanda_ Vamos...

Ele sorri mas seus olhos estão tão atentos em mim que sinto falta de ar, seguimos pro carro e assim que ele acomoda Noah na cadeirinha eu entro e coloco o cinto, as palavras de Marien estão na minha cabeça rodando e rodando, repetindo como se fosse um gravador.

Paollo_ Amor...

E se ela tiver coragem de me machucar?

Paollo_ Amor?

E se ela machucar meu filho?

Paollo_ Fernanda?

E se ela tiver um amor platônico pelo Paollo e me ferir por causa dele?

Paollo_ FERNANDA!

Fernanda_ Oi o que ? desculpe

Paollo_ O que houve? Te chamei e você não respondeu...

Fernanda_ Desculpe tava com a cabeça longe.

Paollo_ O que ela te disse quando te abraçou?

O ar falta e olho pra ele, será que ele vai acreditar se eu contar? É a cunhada dele e eu cheguei na vida dele agora?

Paollo_ E então?

Fernanda_ Oh nada...

Paollo_ Não falou nada ou você não quer falar porque acha que eu não acreditaria?

Fernanda_ Oh. Como? Como você pode achar isso?

Paollo_ Certo eu começo então... Quando meu irmão casou com ela e ela foi morar na casa conosco eu não confiava muito nela, achava que ela estava com meu irmão por causa de dinheiro...

Fernanda_ Desistiu da ideia?

Paollo_ Não, continuo achando mas não vem ao caso, um dia meu irmão fez uma viagem de 3 dias minha mãe estava no retiro dela e ficaria fora dois dias e eu trabalhava e ia pra casa somente a noite. Nessa bendita viagem de meu irmão minha mãe saiu também e quando cheguei em casa a Marien tinha dispensado os empregados e estava no meu quarto, na minha cama completamente nua..

Fernanda_ O que????

Paollo_ Eu explodi arrastei ela pra fora do quarto e gritei com ela e na mesma noite eu saí de casa, comprei minha casa e me mudei pra ela na manhã seguinte. Meu irmão não sabe e minha mãe também não, não tive coragem de contar.

Fernanda_ Eu sinto muito...

Paollo_ Até hoje é complicado estar perto dela eu amo meus sobrinhos mas por causa dela eu sou negligente em relação a eles. Um dia eu fui visita-los e mesmo com meu irmão em casa ela retirou a roupa íntima por baixo do vestido e abriu as pernas na minha frente eu fui embora na mesma hora e não voltei mais lá...

Fernanda_ Eu nem sei o que dizer.

Paollo_ Pode começar pelo que ela falou pra você na despedida...

respiro fundo e abaixo a cabeça

Fernanda_ Ela disse no jardim que não durariamos porque ela não permitiria e na despedida disse que eu deveria tomar cuidado quando saísse sozinha...

Paollo bate no volante e para no acostamento, desce do carro e deixa toda ira sair, eu continuo no carro esperando e depois de 10 minutos ele volta e entra voltando a dirigir.

Paollo_ Eu não menti quando disse que vocês são minha família então se ela tentar tocar em um fio de cabelo de vocês dois eu juro por essa noite que eu não deixarei que reste um mísero fio de cabelo dela.

Fernanda_ Ela é da sua família também.

Paollo_ Não! Ela é esposa do meu irmão mas não o respeita então eu não devo respeito a ela...

olho pra estrada e a aflição volta olho pelo retrovisor meu pequeno dormindo e o medo me toma e sem perceber eu soluço, o choro rasga a garganta como quando Lukas me batia o medo, o desespero e a incerteza me fazem perder o fôlego, encolho no banco do carro e soluço,as lembranças de Lukas me batendo, ameaçando, gritando e me tirando do carro a força me acertam em cheio. Travo as unhas nas mãos mas não doem, tento mais forte e a dor não vem... Estou tendo uma crise de pânico escuto a porta abrir e fechar e novamente abrir e meu corpo ser retirado do banco então eu grito.

Fernanda_ Naaaao por favor naaaao eu sinto muito, eu sinto muito, já parei já pareiiiiii...

Paollo_ O que houve? amor sou eu, eu só tô tentando ajudar...

Me agarro a ele e finalmente minha mente se acalma, as lembranças se vão e o soluço é tudo que escuto. Paollo continua ali agarrado a mim, segurando meu corpo em seu colo sentado no chão como se eu fosse me quebrar se ele soltar e então adormeço no calor do conforto que ele me proporciona..

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