Eles chegaram na boate e o lugar estava a todo vapor, isso que ainda eram cinco da tarde.
— Eu moraria aqui se pudesse. — Vicente disse com um sorriso descarado no rosto.
— A boate é nossa, seu otário, não precisa morar aqui, é só você vim quando quiser e isso você já faz. — Disse Ravi dando um tapinha no ombro do irmão.
— Tenho umas coisas para resolver, vão indo lá, divirtam-se. — Disse Beto, já indo para escritório.
— Ei calma aí! — Ravi disse puxando o irmão pelo braço.
— Hoje não, vamos comemorar essa noite. — Completou Vicente
— Tenho algumas pendências para resolver, logo mais me junto a vocês, não vai demorar. — Beto disse e saiu para o seu escritório.
Ele entrou, fechou a porta e respirou fundo, não podia deixar transparecer o seu nervosismo, não podia decepcionar o seu pai de forma alguma, agora mais que nunca, Matteo jamais fez diferença entre eles. Beto era o seu filho e pronto e ele era grato por isso.
Beatrice e Matteo criaram Beto para se tornar um deles, fosse no comando ou não, no início, Beatrice não quis, qual mãe queria isso para os filhos, mais ela entendia o perigo que eles estariam correndo se não soubessem se defender, então não lhe restava outra escolha.
E de fato eles não tinham mesmo escolha, pois quando Beto completou dez anos, ele quem colocou os pais contra a parede, apesar da inocência na época que a sua irmã foi morta, com o passar do tempo ele sabia que precisava aprender se defender.
Mesmo que não recordasse de muito, ele guardava consigo uma foto da irmã, que achou entre as coisas dela, era a única coisa que lhe restou, a única lembrança.
Após aquele dia, Matteo começou a treiná-lo pessoalmente. Beto se esforçava para aprender tudo rapidamente e os comentários que o garoto ouvia sobre ele, mesmo que sem querer, o tornou mais esforçado e implacável, ele seria o melhor, e ele era.
Matteo era um pai orgulhoso, e Beto se tornar o novo chefe deixava isso claro, seria geralmente o primogênito a tomar o seu lugar e mesmo que Beto não tivesse o seu sangue, ele era o seu primogênito, seu primeiro filho.
Beto sentou-se e começou a dar uma olhada na papelada, carregamentos chegavam e saiam, não era nenhuma surpresa que Matteo o escolheria, já que Beto sempre ficou a frente de muitos negócios, ele era o melhor, os irmãos também eram bons, mas ainda faltava maturidade.
Uma batida na porta o fez tirar os olhos dos papéis a sua frente.
— Entre.
Um homem entrou e ficou em silêncio, parecia com medo de falar.
— Ainda não aprendi a ler mentes, o que você quer? — Beto perguntou voltando a atenção para os papéis
— Senhor, temos um problema. — Disse o homem com a voz trêmula.
— Desembuche de uma vez.
— Uma das garotas, acho que ela usou demais e esta desacordada.
— Mais de que droga você está falando? Onde está a Ester? É ela quem cuida disso, não eu. — Beto disse impaciente.
— Não há encontro em lugar nenhum. — O homem completou
— Onde está a garota? Me leve até lá. — Disse Beto impaciente levantando-se da cadeira.
Ele pegou algo na sua gaveta, e o homem o levou até onde a garota estava, havia outras lá em volta dela.
— Ela não está respirando! — Uma das meninas disse.
— Saiam da frente. — Beto disse e todas se afastaram.
Ele ajoelhou-se e checou o pulso, ela realmente não respirava, ele começou com a fazer massagem cardíaca e em alguns segundos, ela voltou a respirar, ele a colocou de lado e injetou naloxona, no mesmo instante Ester apareceu.
— Senhor, o que faz aqui? — Disse ela arrumando a postura.
Beto levantou-se e olhou para as meninas a sua frente.
— Se isso aqui acontecer novamente, mandarei os meus homens descartar o corpo de quem for em qualquer lixeira, se querem usar as merdas de vocês, usem fora daqui, fui claro? — Beto falou sério e nenhuma ousou olhar para ele.
— Sim senhor! — As garotas responderam de cabeça baixa.
Beto caminhou até Ester e ela ficou imóvel.
— Se quer continuar aqui, sugiro que faça o seu trabalho direito, se isso acontecer novamente você esta na rua. — Ele disse e saiu de lá.
Ester era a chefe das garotas, ela quem escolhia e designava elas para onde deveriam ir, a boate pagava bem, e as garotas não eram obrigadas a absolutamente nada, seja lá o que fizessem, era por vontade própria, Ester só precisava saber o que cada uma estava disposta a fazer e a colocava no lugar correto.
— Vamos a levantem desse chão. Vou ligar para o médico. — Disse Ester irritada, ela não ia perder o trabalho por causa de uma única garota.
Beto retornou para o seu escritório e guardou os papéis, chega de trabalho por hoje.
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Atualizado até capítulo 62
Comments
Vania Lucia
Beto agiu certo
2025-03-08
0
karvalho Heloiza😍
ohhhhhhh muito bom
2025-01-28
3
pila souza
Já gostei desse Beto 😃
2024-12-31
2