Sensações

Lara

Hoje fui vender minhas rosas como sempre faço, eu e Alice,

Depois que a Eleonor teve aquele enfarto e quase morreu, nós nunca mais deixamos ela trabalhar, ela as vezes vem com a gente, e fica na pracinha, nos esperando.

A gente sempre tentamos ir para comer todas juntas lá mesmo na praça, levamos Marmitex e dividimos para todas, as vezes até para o senhor João o pipoqueiro, que fica lá o dia inteiro também. e quando ele trás nós da também.

A mamãe fica com ele lá, para não ficar sozinha.

Alice_ Larinha o que foi, hoje você está tão calada, sei lá, está diferente.

Lara_ há estava pensando, que estou com um presentimento que algo vai acontecer e mudar minha vida,

Alice_ como assim lá.

Lara_ não sei explicar lice, talvez seja so uma sensação mesmo, mais minha intuição está gritando, que a minha vida vai virar 190 graus completo.

Vem vamos naquele restaurante do senhor Carlos,

nós atravessamos a rua, a Alice estava com a cestinha de flores nas mãos.

Quando termino de atravessar escutamos um monte de carro buzinando, para um que freou com tudo, quase fazendo um grande estrago.

O carro sai em disparada, e eu fico o olhando indo.

Alice_ Lara vamos,

Lara_ sim, vamos,

Dou um sorrisinho para ela.

então continuamos andando e viramos a esquina, para ir ao restaurante, chegando lá, cumprimentamos o senhor Carlos e todos que trabalha. lá, pergunto se posso oferecer e ele me dá a permissão.

então vendemos e logo nos despedimos, e fomos para outro rumo.

Descemos a rua até outros estabelecimentos, mais meu coração estava pedindo para votar, por onde eu vim.

Mais minha razão mandou eu continuar meu caminho, e foi o que fiz.

Deu duas horas nos passamos em um restaurante pequenos que sempre compramos a Marmitex e compramos três, e voltamos para a pracinha.

Chegando lá a mamãe e as meninas já nos esperavam e o senhor João.

Ele já tinha esquentado sua comida, então pegamos os pratinhos que ele sempre guarda em seu carrinho, e almoçamos dessa vez tínhamos um suco, que um cliente nos deu.

Então dividimos para nós seis.

Quando íamos comer, um menino chegou perto de.mim e abriu a boquinha e o vi e sorri, tão pequeno e lindo.

Eu dei a comida para ele, sem mesmo ter comido ainda

então a mãe dele veio pegar ele.

Mãe _ me desculpa moça, eu não vi ele saindo de perto de.mim.

Vem Lipe, já já a mamãe compra algo para comemos

Lara_ espera moça, você ainda não comeu.

moça, não eu não tenho dinheiro, tentei ganhar algum, mais só deu para um leite, que estou dando para ele, ir enganando a fome

Lara_ vem senta aqui com nós, e coma um pouco, do a metade de uma Marmitex para ela, e o Lipe continua comendo comigo. Parecia que fazia dias que eles não comiam.

Como você se chama.

Me chamou Marina, prazer e me desculpa o jeito de comer, é que estava com muita fome.

Dei meu suco para ela, e Alice deu o dela para o Lipe Cecília e Beatriz dividiram a comidas delas comigo, senhor João deu um saco grande de pipoca para ela, que guardou.

Marina_ vou deixar para mais tarde aí dou para ele comer

Muito obrigada por tudo que fizeram para mim e meu filho,faz três dias que estamos na rua, e eu só consegui esse leite em pó, e três pão que comemos esses dias, meu marido nós abandonou, para ir viver com outra mulher, mais como sou sozinha aqui, não conheço ninguém, perdi tudo que tinha, só ficou poucas roupas do Lipe e umas minhas, até a frauda dele está acabando

Eu me levanto e a levanto e a levo até o mercadinho que tem ali perto.

E compramos leite, e frauda, e umas bolachas de Maizena, e farinha láctea, para fazer mingau para o pequeno.

voltamos para a praça.

Eleonor_ Marina nós não temos muito, mais se quiser pode ficar com nós, onde moramos é pequeno, mais cabe todos, pelo menos você não ficará dormindo na rua, com seu pequeno.

Sabia que a mamãe iria sugerir isso, ela tem o coração enorme.

Marina começa a chorar.

Marina_ obrigada senhora Eleonor, que Deus abençoe. Eu juro que vou ajudar em tudo que puder,para pagar o que estão fazendo por mim e meu filho

Lara_ bom vou deixar vocês aqui e vou trabalhar mais um pouco, já já voltamos para ir para casa, o Lipe e você devem estar cansados

nós voltamos ao trabalho, e ela ficou com a Eleonor e o senhor João.

quando.voltamos ela estava ajudando as gêmeas a vender os docinhos ali pela praça.

Ela estava feliz, porque tinha vendido um tanto bom

quando acabou os seus ela foi até nós e entregou tudo para a elô, que sorriu e agradeceu.

As gêmeas logo voltam também e ajudamos o senhor João a arrumar suas coisas, e a levar seu carro de pipoca, nós morávamos em um antigo prédio abandonado, bem no centro da cidade, e lá morava muitas outras famílias, nós ficamos sabendo de lá depois que a elô saiu do hospital e nós queríamos deixar ela mais confortável, então alugamos uma apartamento do senhor que cuida desse prédio, era o que dava para nós pagarmos.

mesmo não morando mais na rua, nós sempre estávamos nela, porque era lá que ganhamos nosso pão de cada dia

Fomos criadas nelas, e é dela que tiramos tudo o que precisamos.

nós chegamos lá, nós ajudamos a por o carrinho dele no apartamento dele que é no terril, como o nosso, por causa da mamãe, para ela não se esforçar preferimos ficar aqui por baixo mesmo

Chegamos em casa, e mostramos para Mariana e para o Lipe, que com seus passinhos ando por todo canto.era bem pequeno, dois quartos minúsculos, uma sala e conzinha pequena também e um banheiro.

Demos roupas limpas.para ela nossa, e para o pequeno, eu fui até um brechó que tem aqui perto e comprei umas roupinhas para ele.

E chega do lá, eu lavei, e puis para secar.

nós preparamos o jantar, e comemos depois de agradecer mais um dia, e pela comida na nossa mesa, e pelos novos amigos.

E depois fomos dormir, o pequenos já tinha encapotado, tanto que brincou com a elô.

No outro dia, levantamos esquentamos o leite do pequenos e a Ceci foi buscar nosso pão.

Ela trouxe para nós e deixou do senhor João e da esposa na casa deles

comemos e fomos para a rua, trabalhar.

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