capítulo 6

Nem sempre Agatha havia sido dessa maneira, a cerca de cinco anos, ela era uma garota boa e gentil todos, bem diferente do que é hoje.

Ela amava pintar, o seu sonho era ser pintora, uma das muitas coisas que ela abandonou por causa daqueles dois.

Agatha estudava com uma garota chamada Gaia, ela era uma das meninas mais populares da escola, mais uma das mais pobres, já Agatha era meio apagada, mais totalmente milionária.

Junto com Justin, um de seus ficantes, eles bolaram um plano para seduzir a jovem garota e conseguirem tirar uma boa quantia de dinheiro dela.

Agatha era uma garota solitária, que só tinha os irmãos, então quando Justin veio jogando o seu charme para a garota, não foi difícil para ela cair em seus encantos.

Tudo o que o jovem pedia, Agatha dava, tudo parecia bem para os dois interesseiros, mais as coisas começaram a descambar no momento em que Justin e Gaia começaram a fazer uso de vários tipos de drogas.

O rapaz já não tratava Agatha bem, então ela decidiu que era melhor dar um fim ao relacionamento, que achava que tinha com ele, foi aí que Justin surtou e em uma das suas crises de abstinência, quando ele e Gaia tentaram tirar mais algum dinheiro de Agatha, a moça sofreu o pior inferno possível.

Agatha não tinha um centavo com ela, então quando os dois a enquadraram, totalmente drogados, ameaçaram, espancaram e multilaram o seio esquerdo da jovem, que ficou extremamente abalada com toda a situação que viveu.

Justin e Gaia foram as primeiras pessoas que Agatha torturou e matou, assim como todas as partes dentro dela que ela considerava fraca e lá estava ela, após anos, o seu coração bateu mais acelerado, por um homem que nem se quer a olhou direito.

Ela havia mentido para o irmão, não era por não confiar em Leonel e sim, pela vontade inexplicável de ter o mínimo da atenção do rapaz.

Presa em pensamentos, Agatha se sentou no chão, sem conseguir respirar, a sua boca ficou seca e a tontura, logo começou a sentir a sensação de desmaio como ja era de costume nas suas crise de ansiedade, a última coisa que Agatha viu, foi um belo homem que a pegou no colo e a levou para a sua casa.

HORAS DEPOIS...

LEONEL - Oi, que bom que acordou.- Disse assim que entrou no quarto e viu a mulher desperta.

AGATHA - Onde estou?

LEONEL- Na sua casa.

AGATHA - O que aconteceu?

LEONEL - Você teve uma crise de ansiedade, eu te encontrei e em seguida você desmaiou nós meus braços e eu te trouxe para cá.

AGATHA - Obrigado, eu acho.

LEONEL - Posso te examinar?

AGATHA - Claro.

Leonel começou a fazer alguns exames básicos, só para ver como a mulher estava, depois de um tempo ele disse.

LEONEL - Você está ótima, parece que a crise foi algo passageiro, já tem muito tempo que você tem essas crises?

AGATHA - Fazia tempo que eu não tinha.

LEONEL - Tem ideia do que pode ter ocasionado isso.

AGATHA - Uma coisa que não é da sua conta.- Disse de forma grossa.

LEONEL - Você adora dar coice, não é?

AGATHA - Está me chamando de egua?

LEONEL - Esquece que eu falei.- Disse e foi saindo do quarto.- Nos tentamos ajudar e é isso que ganhamos em troca.

AGATHA - Espera.- Disse fazendo Leonel parar.- Desculpa, eu sei que sou meio grossa, mais é o meu jeito.

LEONEL - Você não foi muito com a minha cara, não é mesmo?

AGATHA - Não é isso, eu só não gosto de pessoas que eu não conheço, invadindo o meu espaço.

LEONEL - Entendo, também nunca gostei das pessoas invadirem o meu espaço e bagunça a minha rotina, se quiser eu falo com as meninas e vamos para o hotel.

AGATHA - Não, os meus pai convidaram vocês para cá, não precisa ir embora.

LEONEL - Tem certeza?

AGATHA - Tenho.

LEONEL - Eu vou tentar não lhe encomodar, enquanto eu estiver aqui, não se preocupe.

AGATHA - Tudo bem.

LEONEL - Olha, você precisa descansar, você passou por uma crise séria, precisa relaxar a cabeça.

AGATHA - Está bem, obrigado.

LEONEL - Olha, respondendo a sua pergunta de mais cedo, o meu pai é empresário, o meu irmão Cessari assumiu a presidência, então se eu quisesse, a vice-presidência seria minha.

AGATHA - E porque você não quis?

LEONEL - A minha mãe me ensinou que existem coisas mais importantes no mundo do que o dinheiro.

AGATHA - Tipo o que?

LEONEL - O amor, o cuidado, a proteção e várias outras coisas que para mim tem mil vezes mais valor.

AGATHA - A sua mãe pareceu ter sido uma boa mulher.

LEONEL - A melhor do mundo.- Disse com os pensamentos longe, se lembrando dos momentos que esteve com a sua mãe. - Boa noite, se precisar, me chama.- Disse e saiu, deixa Agatha pensativa.

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