Quarto capítulo...

Em Fevereiro comecei com os preparativos do meu casamento, eu cuidava de cada detalhe, estava uma loucura...

Faltava 30 dias exatos para o meu casamento, eu e o Cleber estávamos mais distantes, ele estava viajando mais do que o de costume, eu também não estava muito bem, achava que era o estresse devido à data se aproximando, mesmo assim fui ao médico, exames e mais exames, com três dias saíram os resultados, tudo normal, mas o tal do BETA HCG...

\*\*\*POSITIVO\*\*\*

Eu estava grávida, estava feliz, pois era o fruto do amor que eu e o Cleber construímos, sempre sonhamos com a nossa família.

Resolvi fazer uma surpresa para meu noivo e todos no dia do casamento.

Três dias antes do meu casamento, eu fui até o apartamento que iríamos morar depois de casados, fui para levar alguns presentes que eu havia recebido, quando entrei no estacionamento, o carro do Cleber estava na vaga dele, achei estranho, pois ele só voltaria de viagem no outro dia, ele também não me disse nada quando nos falamos ontem à noite, subi, quando fui destrancar a porta do apartamento, ela estava destrancada, que eu entrei e vi a farda dele jogada no chão, mais estranho ainda, ele cuida mais dela do que de si mesmo, do outro lado no chão também, um vestido e um par de sandálias, gelei, me recompus, coloquei os presentes que estavam na minha mão no chão, com cuidado para não fazer barulho e fui andando pelo corredor que dava acesso aos quartos, dois dos três quartos estavam com as portas abertas, a única fechada era do meu quarto, que eu abri a porta...

NÃOOOOO!...

Meu mundo desabou, ele estava na nossa cama, cama da qual prometemos um ao outro que só sentaríamos juntos e pela primeira vez, depois de casados, é lá estava ele, transando com uma mulher, aliás, mais decepcionante ainda, com a minha melhor amiga Sabrina, por isso que ela se afastou de mim, tudo escureceu...

...Acordei dois dias depois num hospital, o Cleber e minha mãe estavam ali dentro do quarto, olhei para os dois e meu pai chegou, eu pedi para o Cleber ir embora, ele disse que não, pois tínhamos que conversar, minha mãe disse que seria melhor, eu o fuzilei, a única conversa que eu tenho com você é que cancele tudo do casamento, ele e meu pai disseram não, ele me olhou com os olhos cheios de lágrimas, E U T E A M O Emilly!

Eu gargalhei alto, quem ama não traí, e outra, há quase quatro anos atrás, você me prometeu nunca me fazer derramar horas salgadas e sim doces e de felicidades, realmente você cumpriu até alguns dias atrás, porém agora, além de salgadas, elas são amargas, some da minha vida e vai para o infernooooo!

Meu pai nos observou, vamos adiar o casamento por hora, até você ficar melhor.

- Qual a parte do cancela a porta do circo desse casamento que vocês não entenderam, onde a única palhaça desse enredo era e é somente eu, ele me traiu, mentiu pra mim, é todos sabem que são duas coisas que eu não admito, berrei...

- Mas para o senhor meu pai, isso é normal, porém fez isso com a minha mãe e faz com a minha madrasta não é mesmo, é o senhor não tem que se preocupar com despesas nenhuma, pois eu não pedi nenhum centavo seu para a realização do casamento que agora está cancelado.

Todos saíram, eu não tinha mais forças naquele momento, infelizmente eu perdi meu bebê, adormeci.

Recebi alta no outro dia, trabalhei por 10 dias e tirei minhas férias.

Meu pai conversou comigo pedindo perdão por ter intrometido e pediu para que eu fosse passar alguns dias na casa de praia dele com meus irmãos e irmãs e alguns amigos.

Devolvi os presentes que eu havia recebido, coloquei o apartamento que meu padrinho me deu de casamento à venda, não tive notícias do Cleber depois daquele dia no hospital, a Sabrina também sumiu.

Meu melhor amigo Marcus voltou da Europa de vez, contei tudo e ele era o único que eu queria por perto.

Arrumei minhas malas, amanhã às dez da manhã meu ônibus sai, eu preferi ir de ônibus do que no meu carro, pois o Marcus não poderá ir comigo.

O Marcus já foi entrando com aquele lindo sorriso no rosto que só ele tem com um vinho na mão, ambos temos as chaves do apartamento um do outro, fomos para a sacada jogar conversa fora e chapar...

Dentro do ônibus seria umas cinco horas de viagem, faltava 60 km para o destino final, o ônibus estragou, felizmente estávamos parados num posto de gasolina e conveniência, eu estava numa mesinha do lado de fora da conveniência à espera de um ônibus extra, estava bebendo uma cerveja e lendo um livro, quanto tédio, eu odeio esperar...

Espera de quase duas horas, aff!

Quando estava ali, sentada e concentrada na minha leitura, eu pressentia alguém me observando, através dos meus óculos escuros, olhei ao redor e meus olhos paralisaram diante de um espetáculo de homem em pé me observando, levantei meu rosto, o olhei, ele tirou os óculos escuros dele, me encarou e ergueu uma das sobrancelhas, passou a língua nos lábios, eu balancei a cabeça em negação e voltei a minha leitura, eu sei que ele ainda estava me olhando, mas não dei importância.

MEU DEUS, QUE PEDAÇO DE MAL CAMINHO ERA AQUELE HOMEM, LINDO, ELE TINHA A CARA DO HOMEM MAIS PERVERSO DA FACE DA TERRA...💭

Ufa, finalmente o ônibus extra chegou, ainda bem.

O homem lindo não estava mais ali, mas percebi que havia um cartão escrito em cima da minha bolsa:

" COMO VOCÊ É LINDA E QUE BOCA HEIM..."

Eu sorri, mas fiquei inquieta com aquilo, como, quando?

Eu não havia percebido quando ele colocaram o cartão ali, o enfiei dentro da minha bolsa, olhei ao redor e nada, mas parecia que ainda estava sendo observada, nossa, que sensação estranha.

\*\*\* **BRENNO**\*\*\*

Senti uma sensação satisfatória quando eu vi ela guardando o cartão dentro da sua bolsa, eu ainda a observava de dentro do meu carro, ela é linda, cativante, uma mulher e tanto, que boca, uau!!!

A sensação estou tendo é estranha, meu Deus, ela será minha e, o destino vai e irá se encarregar disso, há se vai...

Em fim, cheguei na casa de praia do meu pai, aquele calor intenso daquela temporada, estávamos entre família e amigos, farras, bebidas, músicas, shows, piscina, praia, risadas, bronze, jogos, danças, comidas boas, era agradável de estar ali.

Até que no sexto dia, por volta das dez e quarenta da noite, bateram no portão e todos os olhares se voltaram pra mim, achei estranho, fiquei sem entender até o momento que eu vi quem havia chegado, meu ex noivo, Sim, o Cleber, e ao berro eu soltei: BANDO DE TRAÍRAS!!!

Fiquei distante de tudo e de todos por algum tempo, eu estava muito chateada, fui apunhalado pelas costas pelas pessoas das quais eu achei que tinham consideração comigo, pessoas que deveriam estar do meu lado.

Começaram a falar do meu casamento, que eu deveria perdoar o Cleber, houve ofenças , o Cleber falou que eu havia escondido a gravidez dele, palavras de baixo calão, agressões verbais, o ambiente se tornou o verdadeiro inferno, infelizmente, quase todos que ali estavam, ficaram à favor dele, inclusive meu pai, o que não era de se estranhar.

- Sabe Cleber, eu aguentei a sua possesssividade, os seus ciúmes ridículos porque eu te amava, eu não escondi a gravidez de você não, simplesmente a idiota, palhaça aqui, queria te fazer uma surpresa no dia em que eu achei que seria um dia especial pra nós, mas a surpreendida aqui foi eu, seu canalha, mas não esquenta não, eu já superei tudo, não é a toa que dizemque o amor e o ódio andam lado à lado, mas um dia, todos saberão quem é o verdadeiro Cleber.

Meu pai disse que se eu não perdesse o Cleber e voltasse pra ele, eu não era mais bem vinda ali e muito menos pra estar com ele em qualquer outro lugar, eu só balancei a cabeça, fui no quarto que eu estava, calcei um tênis, coloquei uma blusa de frio, peguei minha mochila, minha bolsa, que eu saí do quarto, minhas irmãs, meu irmão e minha madrasta gritaram com meu pai que não, que isso era injusto, meu pai mais do que depressa disse que quem não estivesse satisfeito com a decisão dele, poderia ir junto...

Eu só balancei a cabeça pra eles, como se diz, fiquem tranquilos, até que uma das minhas irmãs aos berros, paiiiii, ela é sua filha primogênita, seu sangue, e ele, ele é um filho da puta do qual não soube respeitar e valorizar a mulher que tinha três dias antes do casamento, está de madrugada, com tanta gritaria, eu só olhei para o Cleber, satisfeito?

Consegui sair dali sem que ninguém me visse, suspirei fundo....

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Comments

Sōsuke Aizen

Sōsuke Aizen

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2024-07-30

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