MOMENTOS

MOMENTOS

Quando tudo começa...

Tudo começou quando eu tinha 17 anos...

Em Outubro de 2011, eu, minha mãe, meu padrasto e minhas irmãs gêmeas mudamos para um apartamento maior.

Meus pais já estavam separados há 12 anos, eu sou filha única deles, meu pai é casado com outra mulher, do qual ele teve duas filhas e um filho.

Minhas irmãs gêmeas por parte de mãe tem 05 anos de idade, minha irmã mais velha por parte de pai tem 16 anos, a do meio 15 anos e meu irmão tem 13 anos, e sim, meu pai tinha outra família enquanto estava com a minha mãe. No meu aniversário de 05 anos, minha mãe descobriu tudo e pediu o divórcio...

Em fim, novo lar, novos amigos!!!

Eu havia passado no vestibular para Educação Física, estava muito feliz, no mês seguinte, eu completaria 18 anos, ganhei do meu padrasto e da minha mãe, um apartamento todo mobiliado e do meu pai, minha habilitação e meu primeiro carro.

Em Janeiro de 2012, eu passei a morar sozinha, nesse condomínio, eu tinha uma turma de amigos e amigas, onde somávamos 21 pessoas.

Eu fazia parte do time de volley do condomínio, onde o técnico do time era meu namorado.

Eu fazia faculdade de manhã, trabalhava na empresa do meu pai à tarde, segunda, quarta e sexta-feira eu ia pra academia à noite e terça e quinta-feira à noite jogava volley no condomínio.

Em Julho do mesmo ano, eu passei 10 dias de férias na casa de praia do meu pai, para o desespero do Carlos, meu namorado. Ele sempre reclamava que eu não tinha tempo pra ele, ao invés de eu ficar com ele nas férias, eu preferi viajar, mal sabe ele que nas férias de julho eu ficava era os 30 dias viajando, mas dessa vez, devido a ele e os treinos de volley, pois teríamos a final de um campeonato unissex que seria em Agosto, e mesmo assim pra ele não foi bom.

Eu o convidei para ir comigo, mas ele não quis, disse que o trabalho não permitiria, pura balela, pois ficou 20 dias de férias. Em Agosto, estávamos todos à flor da pele devido ao campeonato, o Carlos achou melhor darmos um tempo até passar o campeonato, era unissex e seria no dia 25 de Agosto a final, iríamos jogar contra o condomínio vizinho.

Mas mesmo nos dando esse tempo, eu e o Carlos nos falávamos todos os dias por telefone, na hora do almoço e à noite, isso porque morávamos no mesmo condomínio e no mesmo bloco, eu morava no décimo segundo andar e ele no oitavo andar.

Chegou o grande dia, a final do campeonato, ao redor da quadra estava uma multidão de torcedores, se o nosso time ganhasse, todo o dinheiro do prêmio seria revestido para uma instituição de mulheres agredidas e abusadas, ali, elas recebiam todo apoio necessário, desde moradia, acompanhamento psicológico até encaminhada ao mercado de trabalho.

Meu pai, meu padrasto eram um dos patrocinadores, devido à causa abordada, todos da nossa equipe conseguimos patrocínios.

Eu e o Carlos mal estávamos trocando olhares, a distância era nítida para quem nos conhecia, houve até comentários, eu resolvi deixar pra lá, minha total concentração estava no jogo, depois teríamos tempo pra resolver esse assunto, apesar dele ter sido o meu primeiro, eu não o amava, mas gostava dele.

O time adversário era dos GRANDALHÕES MULTANTES, era assim que eu os chamavam, pois quanto os homens e as mulheres eram enormes, eu sorria sozinha deles, Eu, uma mera levantadora de 1.65 de altura, imagina...

Nesse time adversário, tinha um homem que sempre me chamou atenção, quando estávamos jogando no dia a dia, ele sempre que podia estava assistindo, quando ficávamos na rede juntos, ele dizia que eu era linda, encantadora, eu sorria disfarçadamente, pois o Carlos me fuzilava com os olhos.

Primeiro set, ganhamos!

Segundo set, com muito custo, ganhamos!

No terceiro set, estávamos com quatro pontos de vantagem deles e faltando dois pontos para fechar, numa jogada ensaiada de ambos os lados, eu fiquei como atacante e o bonitão do time adversário, com seu 1.98 de altura, atacou a bola, bola da qual me atingiu em cheio, a pancada foi tão forte, que eu caí de costas no chão, tudo girava, vistas embaçadas, tudo escureceu...

Todos agitados, minha cabeça parecia que ia explodir, o bonitão veio até mim, pedindo à Deus que eu estivesse bem, ele queria me levar no hospital, eu disse que não seria necessário, que amanhã eu iria, que eu ia levantando, eu fiquei um pouco tonta e ele me segurou junto do corpo dele e de seus braços fortes, Uau!

Até mesmo todo suado, seu cheiro era bom...

O Carlos, furioso, resmungando dizia que eu estava fazendo charme, hora nenhuma veio até mim, o bonitão me carregou no colo, me colocou sentada no banco, mas certificando que eu estava bem e foi até o Carlos e apontou o dedo na cara dele e disse:

- Jamais eu aceitarei você ou qualquer outra pessoa falar assim com ela.

O Carlos recuou e balançou a cabeça.

Minha família perguntou se eu estava bem, eu disse que sim.

Terminaram o jogo sem eu, que ódio!

Em fim, vencemos, ganhamos, oba!!!

Recebemos o troféu, as medalhas e o cheque do prêmio, vamos para a nossa lanchonete de sempre comemorarmos.

O Carlos saiu na frente de todos, quando eu ia saindo da quadra, o bonitão me cercou, perguntou o meu nome, eu disse Emilly e ele me disse o dele, Cleber, nos apresentamos com três beijinhos no rosto e eu pedi licença, pois a minha melhor amiga Sabrina me gritou, sorrimos com o grito dela, que eu me virei, ele segurou o meu braço...

- Desculpa novamente e você é linda!

Eu sorri sem graça e saí.

Na lanchonete havia dez mesas juntas para nossa turma, o Carlos sentou do outro lado, na ponta, me observou:

- Pensei que não viria, pois estava o tempo todo de papinho com o grandalhão, que por sinal, estava muito bom não é mesmo!?

Eu nem dei moral, ele parabenizou todos, um por um, menos à mim, foi quando o Osíris e a Sabrina interviram por mim.

- A Emilly também fez um ótimo trabalho e ela é da nossa equipe e sua namorada Carlos.

Ele me ignorou, mas não deixou de jogar indiretas, fazer piadinhas e além de tudo ter crises de ciúmes.

Eu explodi e mandei ele para o inferno e fui embora, eu estava com tanto ódio que a minha ficha caiu que eu estava sozinha numa rua deserta, apertei os Passos, até que um carro parou do meu lado, eu gelei, o vidro abaixou, coração disparou, lá de dentro do carro saiu um "oi"!

A voz era conhecida, até que o Cleber saiu de dentro do carro, suspirei aliviada...

- O que uma moça linda está fazendo sozinha à essa hora da noite, numa rua deserta?

Lágrimas brotaram dos meus olhos, mas eu consegui me conter.

- Quem foi o filho da puta que permitiu isso ?

Eu só abaixei os olhos.

Ele abriu a porta do carro pra mim, entra, eu vou te levar em casa!

Eu entrei, coloquei o cinto de segurança e a lágrima teimosa caiu sobre a minha face, ele entrou, eu tentei disfarçar, mas foi em vão e inevitável.

Ele me virou pra ele, eu limpei as lágrimas, me corta o coração te ver derramando lágrimas, você está sentindo dor?

Eu balancei a cabeça que não.

- O que depender de mim, você NUNCA MAIS irá derramar uma lágrima salgada dos seus olhos, eu sorri...

- Vamos comer alguma coisa?

Eu disse que não, mas ele ignorou, perdão pelo palavrão que eu disse, mas em saber que você estava ali, sozinha naquela rua deserta e escura, não quero nem pensar!

Paramos num Drive, ele pediu dois lanches completos, com hambúrguer, fritas e sucos, eu sorri.

- O seu sorriso é encantador Emilly.

- Você tem que usar óculos, pois não está enxergando bem não, ele gargalhou alto.

- Eu já uso lentes, então eu enxergo muito bem, sorrimos e fomos interrompidos com nossos lanches prontos.

Eu não quis comer, mas tomei meu suco, terminamos e ele me levou pra casa.

Chegamos na porta do meu prédio, descemos, eu agradeci, ele me deu um abraço e disse que era um imenso prazer ter a minha companhia, que ele quer me ver sempre sorrindo.

Senti um conforto nos braços dele, parecia que o mundo havia parado ali, naquele momento.

Demos três beijinhos, trocamos números de telefone e eu subi, eu estava exausta.

Banho, cama e apaguei.

Acordei com o despertador aos berros, fui arrastada da cama para o banheiro, fiz minha higiene matinal, banho e me arrumei, tomei meu café com creme e açúcar, fumei um cigarro e desci para o estacionamento, nada melhor do que uma Boa dose de cafeína e nicotina para começar o dia...

Que eu ia saindo do estacionamento, eu vi o Cleber na frente do meu prédio, encostado no carro dele, fardado....

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