O Herdeiro Dado Como Morto (Assassino da Máfia)

Capítulo 5

Enquanto isso, na Indonésia. Quem não reconheceria a bela Vanessa Mahendra, filha do líder do Murphy Group, Arthur Mahendra?

Até hoje, o Murphy Group reina como a empresa número um na Indonésia. Além disso, possui várias filiais no exterior. Vanessa floresceu como uma mulher de beleza inegável, atraindo uma infinidade de pretendentes. No entanto, em breve ela se casará com um homem escolhido por seu pai, um homem chamado Jerry.

Um carro cortava a capital a toda velocidade. Era Vanessa, dirigindo em direção a uma vila remota.

"Senhorita, onde está? O Sr. Arthur está à sua procura", a voz de Miss Lusi, sua assistente, ecoou pelo fone de ouvido de Vanessa, que dirigia com o dispositivo firmemente posicionado.

"Diga ao papai que preciso espairecer na vila Z por um tempo. Uma semana, no máximo", respondeu Vanessa, a irritação tingindo sua voz.

Miss Lusi ficou surpresa. "Mas senhorita..."

Vanessa a interrompeu. "Não vou fugir. Só preciso clarear a mente. Imagine, Miss Lusi, em breve me casarei com um homem que não amo! Isso está me torturando. Preciso desse tempo para mim, só um pouco."

Miss Lusi suspirou. Ser assistente da teimosa jovem era um desafio e tanto. "Mas a senhorita não está com seus guarda-costas."

"Não preciso deles. Posso cuidar de mim mesma", respondeu Vanessa, lançando um olhar para a pistola escondida no porta-luvas.

"Mas..."

Clique!

Vanessa desligou a chamada sem hesitar, deixando Miss Lusi frustrada.

"Argh!", exclamou Miss Lusi, passando as mãos pelos cabelos em um gesto de frustração.

Lidar com a teimosia de Vanessa era uma tarefa ingrata, mas Miss Lusi jamais abandonaria seu posto. As palavras da mãe de Vanessa, pedindo que ela sempre protegesse a filha, ecoavam em sua mente.

Há cinco anos, a mãe de Vanessa havia falecido em um acidente. Talvez por isso Vanessa parecesse tão solitária, especialmente após a chegada de Sean, que parecia receber mais afeto do pai do que ela.

Quinze anos antes, o Sr. Arthur havia apresentado um filho três anos mais velho que Vanessa. Era Sean, fruto de um relacionamento anterior ao casamento com Savira.

No passado, o Sr. Arthur havia deixado sua então namorada grávida para se casar com Savira, uma mulher de posses. Secretamente, ele sustentava Sean e sua mãe.

Inicialmente, Savira ficou devastada com a notícia. Gradualmente, porém, aceitou Sean e o criou como filho.

Após a morte de Savira, o Sr. Arthur começou a demonstrar favoritismo por Sean, talvez por ser homem. Depositava nele a esperança de assumir os negócios da família.

O nome Murphy Group permaneceu inalterado, um acordo entre os acionistas para evitar suspeitas. A marca já estava consolidada. Após a morte do Sr. Abidzar, o Sr. Arthur, segundo maior acionista, assumiu a liderança por decisão unânime.

...****...

"Com licença, senhor. A Srta. Vanessa pede sua permissão para espairecer na vila Z. Asseguro que ela não tentará fugir", disse Miss Lusi, adentrando a sala do presidente.

Sean estava lá, conversando com o pai. Um sorriso irônico surgiu em seus lábios, como se algo o estivesse divertindo.

O Sr. Arthur suspirou ruidosamente. "Aquela garota é impossível!"

"Vanessa está prestes a se casar. É compreensível que queira um tempo para si. Ela deve estar no orfanato", Sean comentou, fingindo preocupação.

As palavras do filho fizeram sentido para o Sr. Arthur, que assentiu. "Tudo bem. Certifique-se de que ela retorne a Jacarta em uma semana."

Miss Lusi assentiu em silêncio. "Sim senhor."

...****...

Vanessa se dirigia ao orfanato construído por sua mãe na vila Z, um lugar de beleza singular que lhe trazia paz.

Brincar com as crianças do orfanato sempre a alegrava. Ela estava ensinando-as a desenhar.

"Desenhem o que quiserem. Se fizerem um bom trabalho, ganharão um presente!", anunciou Vanessa.

"Eba!", exclamaram as crianças em uníssono.

Com entusiasmo, começaram a desenhar. Montanhas, pessoas, veículos e uma variedade de outros objetos ganhavam forma no papel.

Vanessa distribuía chocolates enquanto admirava os desenhos. Uma imagem, porém, a fez parar. Era o desenho de um menino e uma menina de mãos dadas.

A imagem a transportou de volta no tempo, a vinte anos atrás. Ela se lembrou de quando desenhou a si mesma com um garoto que considerava um herói. Naquele dia, descobriu que ele havia morrido em um incêndio na vila.