Sofia
Ser mãe solteira nunca foi fácil, e comigo não foi diferente. Quando fiquei grávida do Benjamin, meu melhor amigo, Arthur, foi meu maior apoio. Ele ficou ao meu lado durante toda a gravidez e até assumiu o Benjamin como se fosse seu próprio filho. Nós dois sabíamos quem era o pai biológico do meu filho, mas Arthur não se importou. Ele fez o melhor trabalho que alguém poderia fazer, dando ao Benjamin o amor e a figura paterna que eu, sozinha, não conseguiria proporcionar.
Arthur amava o Benjamin como se fosse realmente seu filho. Porém, nosso tempo juntos foi interrompido. Ele faleceu quando Benjamin tinha apenas 3 anos, e até hoje lembro do dia em que contei que estava grávida. Ele prometeu que ficaria ao meu lado e até disse que se casaria comigo para me proteger. No fim, nós realmente nos casamos. Mas foi um casamento de amizade, de apoio. Arthur nunca tocou em mim de forma inadequada ou tentou algo, porque ele era gay. E, mesmo sabendo disso, eu sempre o adorei, e continuo adorando até hoje.
Agora, é apenas eu e Benjamin. Voltamos para casa para nos trocar. Ele estava de uniforme, e minha roupa não era apropriada para o tribunal.
Benjamin
Eu sempre tento ajudar minha mãe, mas, às vezes, parece que só complico as coisas. Hoje não foi diferente.
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Sofia
De volta ao escritório.
— Filho, você vai ficar na minha sala enquanto eu tenho um julgamento, pode ser?
— Tá bom, mamãe.
— E depois a gente conversa sobre o que você e seus amiguinhos fizeram na escola, certo?
— Sim, mamãe.
— Vai ficar com a Flávia no escritório, ok?
— Tá bom.
Deixei Benjamin na minha sala com Flávia e fui para o tribunal.
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Érico
Hoje foi um dia corrido. Eu e Henrique estamos indo para a clínica. Ele ficará com minha secretária enquanto eu vou ao tribunal, onde serei testemunha. Como a babá dele está cuidando de outro compromisso e ele deveria estar na escola até as 17h, tive que trazê-lo comigo.
No carro, tentei conversar com Henrique.
— Filho, por que você fez aquilo?
— Pai, o Benjamin tem pânico de água, e o professor insistiu para ele participar da aula de qualquer jeito.
— Entendo, mas fugir da aula não é a solução.
— Tá bom, pai. Desculpa.
— Foi bonito o que vocês fizeram pelo amigo, mas isso não deve se repetir. Combinado?
— Combinado, pai.
Chegamos à clínica. Minha secretária, Helena, ficaria de olho em Henrique.
— Filho, quando eu terminar no tribunal, venho te buscar, ok?
— Tá bom, pai.
— Helena, cuide dele para mim, por favor.
— Sim, senhor.
Deixei Henrique com ela e segui para o tribunal.
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Érico
Assim que cheguei ao tribunal, fui direcionado para uma sala de espera até ser chamado. Quando finalmente entrei, fiquei surpreso. A juíza do caso era Sofia, a mãe do amigo do meu filho.
— Boa tarde, pode se dirigir ao banco das testemunhas, por favor.
O julgamento foi intenso. Um homem estava sendo acusado de estuprar a própria filha. Casos assim sempre me causam revolta, mas Sofia conduziu o julgamento de forma firme e impecável.
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Tempo Depois
Depois do julgamento, voltei à clínica para buscar Henrique.
— Filho, vamos?
— Vamos, papai. Tchau, Helena!
— Tchau, Henrique.
— Helena, você está dispensada. Pode ir para casa.
— Obrigada, senhor. Com licença.
Peguei Henrique e voltamos para casa.
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Sofia
Após um longo dia, eu e Benjamin entramos no elevador do prédio. Para minha surpresa, Érico e seu filho, Henrique, também estavam no elevador.
Enquanto conversávamos brevemente, notei que ele não apertou o botão para o 36.º andar, o que significa que ele é meu vizinho
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Atualizado até capítulo 66
Comments
Viviane vitória
Entendo que pode ser cansativo, mas já estou revisando tudo com cuidado. Essa é a minha primeira história, então ainda estou aprendendo e dando o meu melhor.
2025-01-28
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Luziene Cardoso Nogueira
erro demais! dá preguiça de ler...merece uma correção, autora
2025-01-27
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