LORENZO - EVENTO

Depois de cumprimentarmos muita gente, enfim fomos direcionados aos nossos acentos em uma mesa um pouco recuada assim como solicitei, Leonard suas duas filhas e a esposa já estão na mesa, realmente as moças são lindas com seus cabelos loiros e olhos azuis brilhantes, não deve ter mais de 20 anos, sinto de longe o ar juvenil vindo das duas que morreram de vergonha quando eu cheguei e ficaram ruborizadas ao ser cumprimentadas com um beijo na mão por Gianluca

— Senhor, se não for muito incomodo gostaria de aproveitar sua presença aqui em Roma para falar sobre um assunto particular, pretende retornar a Sicília hoje? — pergunta Leonard chamando minha atenção.

— Não, volto amanhã. Vou aproveitar minha estadia na cidade para visitar a nova boate, podemos conversar amanhã à noite lá

— Ótimo senhor, algum problema com a boate?

— Não, pelo seus relatórios ela tem dado bastante lucro e vem sendo muito recomendada, quero ver com meus próprios olhos se é tudo o que diz — digo vendo a filha mais velha de Leonard me analisando enquanto pensa que estou distraído conversando com seu pai.

— Eu vou aproveitar a música e ver se encontro alguma moça para dançar — diz Gianluca se levantando.

— Se for de seu agrado pode tirar uma das minhas filhas para dançar, senhor — e lá vai meu capo caindo direitinho na armadilha do meu irmão.

— Já que o senhor me permite, senhorita Olívia faria a honra de me acompanhar em uma dança? — pergunta meu irmão a filha mais velha de Leonard que aceita imediatamente o convite com o rosto todo ruborizado.

— Me dêem licença, senhores, senhora e senhorita — diz olhando para a outra irmã e piscando o olho — vou levar essa linda moça para dançar, pois esse baile está um tédio

— Sairemos em breve — digo enquanto ele vai de encontro a pista de dança com a pobre Olívia pendurada em seu braço.

Depois que Gian saiu fui falar com o governador que estava radiante com a nossa presença e apoio, ele sabe que além de empresário somos mafiosos mas a imprensa não sabe e nos vê como uma família afortunada, de boa reputação e ótimos partidos para casamento, não e atoa que vira e mexe Gianluca aparece nesses sites de fofoca ou em capa de revista com alguma modelo, coisa que eu e Guillermo detestamos por sermos idênticos as vezes somos confundidos com ele e as pessoas chegam em nós com uma liberdade que não costumamos da a ninguém que não seja da família, isso sem contar que na adolescência Gian roubava todas as nossas "namoradas", elas não sabiam diferenciar e ele se aproveitava disso.

Enquanto falava com governador, Gian se aproximou e então fomos para uma sala privada tratar alguns acordos, como vamos dar nosso apoio financeiramente temos que deixar claro que teremos todo o apoio que precisarmos em nossos negócios em todo o território da Itália, após tudo certo partimos para o carro em direção ao nosso apartamento na cidade

— Preciso de umas camisinhas, para na próxima farmácia que encontrar Fabiano — diz meu irmão ao motorista.

— Você não pode comprar amanhã?

— Não, se eu encontrar uma mulher hoje não posso deixá-la não mão por não ter camisinha e também não posso sair por aí distribuindo herdeiros — diz mexendo no celular.

— Pede para um soldado comprar

— Tá doido, Lorenzo? Eu não vou pedir a nenhum homem pra comprar camisinha pra mim e muito estranho — diz com cara de pavor me fazendo rir.

— Mas roubar as minhas e do Guillermo não é estranho?

— Mas é claro que não, na verdade eu prefiro as do Guillermo, sempre tem umas diferentes. Outro dia peguei umas camisinhas na gaveta dele que brilham no escuro, meu p*u ficou parecendo a espada do Star Wars brilhando em toda sua glória, a garota ficou impressionada que não queria mais sair de cima, graças ao Guillermo eu levei uma surra de bocet@ inesquecível — diz ele sorrindo como se estivesse revivendo o momento me fazendo dar boas gargalhadas.

— O Guillermo vai adorar saber disso, na verdade ele já deve saber porque não cai uma folha da árvore sem que ele perceba

— Isso é verdade. Vamos passar em um bar antes de ir para o apartamento, o que acha?

— Vamos, preciso beber pra aturar você — digo pegando meu celular e vendo uma mensagem de Guillermo informando que ocorreu tudo certo com o carregamento.

— No fundo eu sei que vocês não vivem sem mim, Lorenzo. Mas antes vamos parar na farmácia, preciso de camisinhas

Depois de parar na farmácia seguimos para um bar no centro de Roma que é bastante frequentado por turistas e estudantes, por ser um bar nosso dispensamos os seguranças e seguimos eu, Gianluca e Fabiano o chefe da minha segurança, ao chegar ao local fomos direcionados a uma mesa que fica de frente para a entrada e tem uma visão geral do ambiente

— Não sei vocês, mas eu vou à caça, não comprei essas camisinhas para ficarem guardadas — diz meu irmão já se levantando e indo para o balcão.

— Precisa de alguma coisa, chef? — pergunta Fabiano com seu sorriso sarcástico no rosto, nos conhecemos no treinamento quando eu tinha 16 anos e ele 18 e desde então nunca mais nos separamos, é um soldado feroz, excelente lutador e atira uma faca como ninguém porém assim como Gian não leva outras coisas a sério na vida.

— Não preciso de nada, segue o exemplo de Gian e vai atrás de alguma mulher, só vim beber um pouco e distrair a mente — digo vendo o gerente do estabelecimento vindo em minha direção.

— Estou a trabalho — responde.

— Como quiser

— Don Matarazzo, é um prazer recebê-los aqui essa noite — diz o gerente — O que deseja beber?

— Uma garrafa de uísque e dois copos, traga gelo também — após nos servi o gerente e eu é Fabiano ficamos conversando e bebendo até que em um determinado momento eu a vejo, de costas pra mim conversando com uma mulher negra que sorrir de alguma coisa que ela diz, é ela, exatamente igual a mulher dos meus sonhos

— Lorenzo?? Lorenzooo?? — ouço Fabiano chamar mas não quero tirar os olhos dela — Lorenzo, caralho!

— O que é Fabiano? — pergunto me virando em sua direção — O que foi?

— Dois homens armados acabaram de entrar e tem uma tatuagem da máfia irlandesa no pescoço, coisa boa não é — diz ele apontando sutilmente na direção dos indivíduos.

— Não sabem que estamos aqui, vamos ver o que vai rolar — digo tirando a arma que está nas minhas costas e conferindo o pente discretamente por baixo da mesa.

— Eles se separaram, vão dar voz de assalto — assim que Fabiano fecha a boca os bandidos dão voz de assalto, do outro lado do salão vejo Gian perto do segundo sujeito.

— Como ousa atacar um estabelecimento que pertence a cosa nostra?

— Não sei, mas algumas estão tramando — diz Fabiano me fazendo lembrar do email do meu tio.

— Gian já se ligou em tudo e está pronto para render o segundo indivíduo — digo baixinho vendo o homem no caixa entregar todo dinheiro ao assaltante que está com a arma apontada pra ele — Eu pego esse

— Não, estamos em público e aqui vocês são empresários, vou dá um tiro pra cima para assustar e então atiro no infeliz — diz Fabiano e assim que ele atira tudo vira um caos, eu corro no meio da multidão e dou uma coronhada no indivíduo que está roubando o caixa e Gian derruba o outro com um golpe no estômago e uma coronhada, em questão de minutos o bar que estava cheio está apenas com dez pessoas, eu, Gian, Fabiano o gerente, os dois indivíduos e mais quatro soldados.

— Prendam eles em uma sala com as mãos algemadas e pendurado no teto, tirem suas roupas deixando só as calças e esperem minhas ordens — digo saindo puto do bar pois não consegui mais vê-la.

— Irlandeses? Mas que porra eles estão aprontando? — diz Gian logo atrás — Fratello, acredita que tem ligação com o email?

— Não sei, mas vamos descobrir.

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