guerra

A noite resolvi ir até o bar, meus soldados se dividiram entre esperar na rua e entrar comigo, meu irmão me acompanhou e entramos, sabia que a gangue do Lucian estava ali mas eu queria ver ela e não faria nada além disso, se não me provocassem não teria problema.

Estava ela ali Diana e a outra menina que não parecia ter 18 anos, o bar estava cheio, mas os que já conheçam a nossa guerra foram saindo, as garçonetes iam para a cozinha pouco a pouco

Quando cheguei perto dela notei que seu rosto tinha um inchaço no lábio e olho, fiquei furioso e a questionei.

A desaforada ainda me disse que não interessava, mas fomos interrompidos pela voz do infeliz do Lucian, meu irmão e meus homens ficaram apostos e a Diana veio com uma amiga para o meio.

__ Escutem eu não me importo com a guerra de vocês mas a última briga que a gangue causou eu tive que arcar com os custos e fiquei atolada em dividas, então vão embora, se matem lá na rua- ela falou.

Instintivamente a puxei para trás de mim quando ele apontou uma arma para ela, nesse momento o bar estava vazio e eram armas apontadas para armas, tive a impressão de que ela sabia quem era eu e por isso queria evitar mais confusão.

__ Quer fazer isso Lucian? Tenho prazer em te matar, mas aqui não, meus homens estão na rua esperando um sinal para atacar, então sugiro que vá embora- falei e ela queria se soltar.

__ Essa puta não vale a briga Lucian, vamos embora, temos oportunidades novas - o homem dele falou e eles foram embora, ele perderia a língua por falar assim dela.

Ela saiu furiosa de trás de mim e perguntou:

__ o que faz Aqui? Posso saber? Já não basta o infeliz ter me batido e roubado, estar sem dinheiro, e eu precisar continuar nesse inferno agora vão me ligar a você, eu nem sabia quem você era, e acabei no meio disso.

__ Você sabe quem eu sou? - perguntei.

__ Sim, soube que foi com você que transei ontem, e o Lucian também sabe, pois soube que estava lá também- ela respondeu.

__ Porque ele te tocou ? - ela virou as costas e saiu e fui atrás, a puxei pelo braço e ela se desequilibrou

__Nao é da sua conta, mas ele pede para sair comigo a tempo e eu não aceito, a minha vida não é boa como a de vocês, eu preciso ralar muito e o infeliz do meu patrão me descontou tudo da briga que eles fizeram aqui então tive que vender a minha virgindade para ajudar a pagar as despesas atrasadas do meu apartamento e tentar iniciar a faculdade dessa vez, o que também não deu certo. Pois esse infeliz levou o que sobrou e eu não devia nem estar te explicando isso- ela proferiu muitas palavras e de certa forma me doeu vê-la vulnerável.

__ Eu vou cuidar de você, vamos embora- falei e ela bufou.

__ Cara eu nem te conheço, não preciso que cuide de mim, só que me deixe em paz- ela respondeu braba.

Ela era geniosa e tinha uma língua afiada, não confiava em ninguém, talvez por nunca ter tido ninguém, eu queria ir embora, mas não conseguia pensar em deixar ela ali.

Quando eu a puxei novamente para mim ouvimos um estrondo alto e por impulso a abaixei.

__ O que é isso ? - Ela gritou se levantando.

__ as meninas, preciso ajudar, Sara estava sozinha pois estávamos limpando, me solta- ela tentava soltar a mão mas eu não deixei.

Começou uma troca de tiros e meu irmão avisou pelo rádio que estava bem.

Quando os tiros acabaram meu irmão veio até a porta do depósito e eu ajudei ela a levantar.

__ Me solta, é tudo sua culpa- ela saiu tropeçando furiosa e olhando os estragos, quando viu a amiga atrás do balcão foi até ela mas gritou.

___ SARA, AMIGA FALA COMIGO?

___ chamem a ambulância da clínica, vamos levar ela para tratar isso, se ela não tivesse me avisado que ele estava entrando eu tinha morrido- falou o meu irmão.

O gerente do local entrou e gritou com a Diana, fiquei cego de ódio .

__ Olha aí sua irresponsável, falei para não arrumar confusão, sai do meu bar, sua causadora de confusão, tá demitida.

__ Escuta aqui você seu infeliz, ela não precisa do seu dinheiro, ela não precisa desse bar, então já te aviso que a minha máfia não toca mais nesse lugar, você não se deu ao trabalho de ver que sua funcionária está ferida, já que é a favor dos motoqueiros não terá a nossa proteção- falei e ele ficou apavorado quando me viu.

__ Sr Don, não tinha visto você, sinto muito- ele tentou argumentar, mas não dei ouvidos

Quis matar esse infeliz mas me contive, levamos a menina para a clínica e a Diana foi junto.

__ Eu vou cuidar de você Diana - falei e ela riu.

__ eu quase morri por sua causa então não diga que vai cuidar de mim, pois você não me conhece - ela estava tensa e preocupada com a amiga .

Quando chegamos reparei que meu irmão estava preocupado com a menina, meus soldados estavam a caça do Lucian e era pessoal eu o mataria.

Levei um café para Diana que aguardava a médica que fazia a consulta com a amiga, ela estava no celular e me sentei ao seu lado, vi que ela procurava preço de passagem e perguntei.

__ O que está fazendo ?

__ Não importa, mas se quer saber estou indo embora, chega de Itália para mim- ela falou furiosa.

__ Eu vou cuidar de você, ninguém vai te tocar - sua maquiagem estava fraca e seu olho mostrava um tom arroxeado.

__ Sai da minha vida cara, olha a confusão, paguei 6 meses de aluguel adiantado e não tenho mais nada, agora a minha amiga está machucada e a culpa é minha, e sua pois vocês tinham um problema e eu fiquei no meio, eu só queria fazer minha faculdade e mais nada, estava até sem ter o que comer fora do bar, precisava do dinheiro agora vou fugir sem nada- ela respondeu.

Eu nem sabia o porquê me importar com ela, mas não estava feliz com a ideia de ela ir embora.

A médica chegou e disse que a menina estava fora de risco, mas que deveria ficar ali em observação, eu assumi os custos e enquanto fui assinar os papéis levei menos de 10 minutos e quando vi a Diana já tinha ido embora.

Diabo de menina tinhosa, correndo risco e fugiu

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