capítulo 17 Lívia

Quatro mêses depois

Quanto mais os dias vão passando, mais a saudade de casa aumenta, já estou com seis meses de gestação, nas chamadas com Felipe evito deixar ele ver abaixo dos meus seios, ele iria perceber que a minha barriga já está com bastante volum, o nosso trabalho está bem corrido há dias que nem tempo de ligar para casa não tenho, dias que saímos de madrugada para prestar socorro em situação de emergência

a dias que o barco dava problemas usávamos embarcações turísticas e locais, havia dias que estamos solicitados em meio a temporais, André sempre tentava convencer-me a ficar a esperar por eles, mas eu insistia e, nessa altura mesmo contra a vontade dos meus amigos está com eles.

Estávamos descansando quando o radio tocou era por volta das dez da noite o chamado seria para o socorro a uma pequena vila a duzentos e cinquenta quilómetros de Manaus, estávamos próximo ao local, mas o barco estava com problemas, André e Júlio pegou alguns materiais necessários e carregou para o barco de um capitão local, que já prestava a ajuda a nossa equipe, inclusive um dos barcos dele estava com Lara, Hugo e Aurora que foram fazer um parto de emergência quem conduzia para eles era o capitão do barco hospital, assim teríamos que ir com ele, André insistia que eu ficasse e avisasse a outra equipe, mas eu não aceitei já tinha alguns enfermeiros que ficariam no local, assim ele não negou o meu pedido

Já estávamos próximo ao local quando o barco que estávamos bateu em algo no rio, o pânico tomou conta de mim quando o capitão pediu que colocássemos os coletes porque a embarcação iria afundar, o que não era mentira o barco fazia alguns, barulhos estranhos todos ficaram em alerta, André olhava para mim, e eu segurava forte na mão dele e do Miguel, ali sentia muito medo, em poucos segundos o capitão começou a pedir para abandonarmos o barco, pois o mesmo estava a afundar, ele falou sobre a distância da margem e a velocidade da correnteza, o que separaríamos todos se não tivéssemos cuidado, fizemos como ele falou tentamos manter-nos próximos uns dos outros, André e Miguel não me deixava sozinha mesmo que atrapalhando eles a nadar, eu era boa em natação então pensava em ajudar quem não soubesse nadar muito bem, e assim falei para o André e ele fez o mesmo, Miguel não me deixou permaneceu ao meu lado, até chegarmos nas margens, agradeci a Deus quando pudemos perceber que quase todos nós estávamos salvos, mas perdemos o capitão e dois homens que faziam parte da condução do barco,

Não entendíamos, eles haviam se jogado nas água, mas não nos seguiu, estávamos muito preocupados, não poderíamos voltar pro rio, pois o risco era muito grando, estávamos a tremer de frio, Júlio teve a ideia de acendermos uma fogueira para nos aquecer, Miguel e André tentava proteger-me do frio me abraçando, mas não adiantava, muito, pois os dois também estavam congelados os homens que estávamos connosco, ficaram próximo a nós tínhamos apenas a luz da lua para enxergarmos uns aos outros

Júlio: achei vamos ver se não molhou

Júlio começou a riscar um isqueiro que funcionou sem problemas, alguns homens achavam madeiras em meio a escuridão e logo fez um monte pra Júlio ascender, aquilo foi um alívio para nós todos estávamos com a ponto de sofrer uma hipotermia

André: vamos tentar secar as nossas roupas, Lívia tira a sua blusa eu ajudo vc a secar a sua depois eu faço o mesmo com a minha

fiz como ele pediu, nem pensei nos homens que estávam ali, só tirei a blusa e a camisa ficando apenas de sutiãs, André não me via mais com desejo então eu já me sentia confortável perto dele, ele e Aurora assumiram uma relação estão juntos finalmente namorando

Miguel: vem baixinha vamos ficar mais perto da fogueira, como se sente

Lívia: estou bem Miguel foi só um susto mesmo

Miguel: baita susto o meu maior medo era perder vcs

Lívia: agora vamos ficar bem

ele abraçou-me senti a pele dele, Miguel já estavam sem camisa ele já havia estendido num varal improvisado por eles próximo à fogueira

Miguel: senta vc precisa descansar vamos ficar ao seu lado pra vc dormir um pouco

André e Júlio se sentaram ao nosso lado, os dois homens ficaram juntos, conhecíamos muito pouco dos dois, mas sabíamos que trabalhavam para o senhor Ramon o capitão do barco que estávamos

André: vcs dois podem chegar mais próximo à nós

Homem: não se preocupe dr estamos bem aqui

André: vcs trabalham há muito tempo pro senhor Ramon

Homen: sim a alguns anos, pode chamar-me de Getúlio este é o Jerónimo somos primos

André: vcs já nos conhece não é

Jerónimo: sim dr, estamos muito feliz com a visita de vcs na nossa vila, a anos estávamos sem ajuda nenhuma do poder público, para irmos até o hospital levávamos dois a três dias para chegar e conseguir atendimento

Júlio: o poder público poderia ver, a situação destas famílias e abrir hospitais fixos em cada vila a tantas pessoas necessitando de ajuda que ficamos sem saber quem poderíamos ajudar primeiro

Eles conversavam, mas eu estava sonolenta, Miguel colocou-me deitada na sua perna, e fazia carinho no meu cabelo, e lentamente fui a fechar os olhos apenas ouvindo a conversa deles e sentindo o toque das mãos do Miguel

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