Sari acordou assustada ao se encontrar em uma floresta densa. Ela havia adormecido ao lado do marido, mas, de alguma forma, acabou ali. A fumaça tornava a floresta ainda mais escura.
O uivo dos lobos aterrorizava Sari, que se perguntava como havia ido parar naquele lugar. Suas roupas eram as mesmas que usava antes.
"Aryaaaa."
Tentando chamar o marido, sem saber onde ele estava, Sari começou a seguir uma trilha escorregadia. Seu coração disparava de medo.
Uma luz brilhou à distância, e Sari sentiu um alívio, imaginando ser uma vila. Ela acelerou o passo, mesmo estando descalça.
"Com licença."
Sari bateu em uma das casas feitas de bambu. A única luz vinha de uma pequena lamparina a óleo. O vento frio arrepiava sua pele. A porta se abriu sozinha.
A casa estava vazia, e os móveis pareciam novos, como se estivesse pronta para ser habitada. Sari hesitou em entrar, com medo de ser indelicada.
Ela decidiu tentar a casa ao lado, que tinha a mesma aparência. Sari bateu na porta sem dizer nada, como se tivesse esquecido como se faz.
"Com licença, tem alguém aí?" Sari bateu novamente.
Braak.
A porta se abriu, revelando uma cena assustadora: uma mulher com o corpo inflado como um balão estava sentada na sala. Seu corpo estava inchado e redondo, apenas sua cabeça mantinha o tamanho normal.
"Aaarrkkh, Aarrkkhh."
A mulher gemia de dor, seu corpo rachava com o esforço do inchaço. Sari recuou apavorada. Havia cinco casas naquela fileira.
Ela já havia batido em todas, menos na última. As três casas que visitou estavam ocupadas por mulheres com a mesma aparência, todas gemendo de dor. Apenas uma estava vazia e organizada.
Dessa vez, Sari abriu a porta sem pedir permissão e reconheceu a mulher com o corpo inchado: era a Sra. Kiki, sua vizinha na vila. Ela havia sido gentil com Sari antes de morrer.
"Sra. Kiki? O que a senhora está fazendo aqui?" Sari se aproximou.
"Eeegghh, Eeghh."
A Sra. Kiki não conseguia responder, pois estava concentrada na dor insuportável. As rachaduras em seu corpo se alargavam. Sari a rodeou, examinando-a.
Duaaaarr.
De repente, o corpo da Sra. Kiki explodiu, banhando Sari com sangue. Mas não era apenas sangue que jorrava do corpo: sanguessugas enormes emergiram, famintas por uma nova vítima.
"Aakkh!"
Sari gritou de terror quando uma das sanguessugas se aproximou. Ela não conseguiu se esquivar a tempo. A sanguessuga penetrou em sua boca e rastejou até sua intimidade.
"Querida, o que houve?" Arya sacudiu o corpo da esposa, tentando acordá-la.
Blaap.
Quando abriu os olhos, Sari sentiu um enorme alívio ao perceber que tudo não havia passado de um pesadelo. Ela ofegava, ainda assustada com a experiência.
"Graças a Deus você acordou para a oração da madrugada. Vamos orar juntos", convidou Arya, enxugando o suor da testa da esposa.
"Eu não fui a lugar nenhum, fui?", perguntou Sari, buscando segurança.
"Hmm? Você estava dormindo comigo", respondeu Arya, confuso.
Sari se levantou enquanto Arya preparava o local para a oração. Ela se sentiu aliviada por tudo ter sido apenas um sonho, mas então percebeu que seus pés estavam cobertos de lama.
"Por que meus pés estão tão sujos?", ela se perguntou, preocupada.
"Você é minha e eu sou seu", sussurrou uma voz em seu ouvido.
Assustada, Sari procurou a origem da voz, mas não havia ninguém por perto. Apenas Arya a esperava para a oração.
"Vamos, querida", chamou Arya.
"Sim, já vou. Só um minuto", respondeu Sari, antes de se levantar para se lavar e realizar as abluções.
Eles oraram juntos, com Arya liderando a oração. Durante a prece, Sari sentiu um calor intenso tomar conta de seu corpo.
...****************...
Duaaak.
Um estrondo abalou o telhado da casa de Purnama. Ela saiu e encontrou a Sra. Mima parada ali, com as mãos na cintura. Desta vez, ela estava acompanhada de sua sobrinha, Lita.
"Você não se cansa? Quer apanhar de novo?", Purnama se aproximou da Sra. Mima.
"Não se atreva! Minha sobrinha é especialista em silat", ameaçou a Sra. Mima.
"Você veio atrás da sua filha ou para uma luta?", Purnama cruzou os braços.
Antes que ela pudesse terminar a frase, Lita a atacou com um bastão. A jovem era faixa preta em karatê e confiante em sua capacidade de derrotar Purnama.
Ela desferiu uma série de golpes, mas a ex-esposa de Zidan se esquivou com facilidade, esperando o momento certo para contra-atacar.
Daak.
A canela de Lita colidiu com o cotovelo de Purnama. A jovem gritou de dor e caiu no chão, segurando a perna. A Sra. Mima correu para ajudá-la.
"Sua louca! Nunca vou aceitar você na minha família!", gritou a Sra. Mima.
"Quem disse que eu quero fazer parte da sua família? Não tenho o menor interesse", respondeu Purnama, calmamente.
Lita se levantou com dificuldade, sentindo muita dor na perna. Felizmente, Purnama não havia usado toda a sua força, caso contrário, ela teria quebrado a perna da jovem.
"Pare de fazer escândalo na minha casa, por favor!", Zidan saiu de casa ao ouvir a confusão.
"Você é filho do Habib, deveria ser mais esperto, Zidan! Não seja cego de amor", retrucou a Sra. Mima, mudando de assunto.
"Não importa se eu sou filho do Habib ou de um anjo, estou falando sobre o seu comportamento!", Zidan respondeu, já sem paciência.
"Ei, se você continuar olhando para o meu marido, eu furo os seus olhos!", Purnama repreendeu Lita, que não parava de encarar Zidan.
A jovem se escondeu atrás da tia, com medo da fúria de Purnama. Momentos antes, ela estava confiante em enfrentá-la, mas agora se acovardava.
"É melhor a senhora se concentrar em encontrar a Sari em vez de vir aqui criar problemas", sugeriu Zidan.
"Tenho certeza que a Sari está escondida nesta casa", insistiu a Sra. Mima.
"Fique à vontade para procurar. Pode entrar", Zidan a autorizou a entrar na casa.
Purnama se irritou com a ideia de estranhos invadindo a casa de sua falecida sogra, mas Zidan lhe lançou um olhar tranquilizador. Ela cedeu e permitiu que a Sra. Mima entrasse.
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Atualizado até capítulo 123
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