capitulo 10

Praticamente no dia seguinte Murilo e Mayra já estavam novamente de boa

O que era de se esperar, já que Murilo não conseguia ficar por muito tempo bravo com a amiga, mesmo que ele não aprovasse o comportamento dela, a paixão que ele tinha por ela era muito maior

Ao início das férias de verão eles viajam para o Brasil com a família

Murilo vai para o estado de São Paulo com os pais para visitar os avós e Mayra vai com os pais para o estado de Minas Gerais também para visitar os avós e sua bisavó

Depois de alguns dias os pais de Mayra vão para cidade de São Paulo, pois Pedro seu pai teria algumas reuniões de negócios na cidade

Ao chegarem no hotel Mayra logo encontra Murilo, pois o pai dele Diogo também teria as mesmas reuniões

Mayra: que bom te encontrar, já não aguentava mais não ter com quem conversar

Murilo: eu também – ele fala consertando os óculos

Mayra: mas sabe o que eu já não suportava mais, era ficar naquela roça – ela fala com o amigo

Murilo: pensei que você estivesse na cidade de Santa Rosa

Mayra: sim, mas lá é tão tão tão pequeno que é praticamente uma roça

Murilo: entendi, então você não está aproveitando a sua estadia no Brasil?

Mayra: não, e nem sei o que tem para aproveitar é tudo tão de terceiro mundo – ela fala com despreza – aliás o que salva é a comida, que é muito boa.

Murilo: realmente a culinária brasileira é excelente

Mayra: pois é nisso tenho que concordar, Bolo de fubá e pão de queijo são deliciosos

Murilo: sim

Mayra: o mais engraçado é que aqui está fazendo frio e lá nos Estados Unidos está calor

Murilo: isso é devido a inclinação da terra, que faz com que ... – ela o interrompe

Mayra: fala sério? Você vai me dar aula logo agora?

Murilo: eu estava te explicando o motivo do fenômeno

Mayra: eu sei o motivo, não sou burra

Murilo: tá bom, mas amanhã você quer passear pela cidade?

Mayra: se meus pais deixarem, podemos ir sim

No dia seguinte os pais dos dois permitem que eles passearem pela cidade de São Paulo contando que um motorista os acompanhasse no passeio

Motorista: e aí vocês já têm um itinerário de onde querem ir? – ele pergunta a Murilo e Mayra quando eles entram no carro

Murilo: onde você quer ir? – ele pergunta a amiga

Mayra: sei lá, o que tem de legal aqui no Brasil?

Murilo: acho que podemos ir em alguns pontos turísticos e depois irmos dar uma volta no parque do Ibirapuera que é bastante famoso aqui na cidade

Mayra: então pode ser

Os dois passam o dia passeando pela cidade de São Paulo, ao saírem de um dos museus os dois caminham pelo parque do Ibirapuera

Mayra: São Paulo é bem diferente do restante do país que as cidades são provincianas

Murilo: mas as cidades provincianas também tem a sua beleza

Mayra: para quem gosta de roça – ela fala com ironia – mas sabe um lugar que eu tenho vontade de ir

Murilo: onde?

Mayra: nas praias do Rio de Janeiro

Murilo: dá ultima vez que estive aqui no Brasil, os meus pais e eu passamos uma temporada no Rio, as praias são belíssimas – ele fala ajeitando os óculos

Mayra: uma pena que meus pais não vão poder ir, já que o papai vai ter muitas reuniões aqui na cidade

Murilo: o meu também, mas também para ir para as praias tem que ser no período de verão aqui no Brasil, que seria nas nossas férias de inverno

Mayra: então vou falar com os meus pais para virmos em janeiro, que aí ...

Ela para de falar pois tropeça em um buraco que ela não ver e cai no chão

Murilo: você está bem? – ele fala se abaixando do lado dela

Mayra: eu pareço estar bem? Eu caí nessa praça imunda – ela fala com raiva – odeio essas ruas do Brasil, tudo com buraco lá na Califórnia são todas ruas lisinhas

Com a queda Mayra acabou machucando o joelho que começa a sangrar

Mayra: Droga, ainda machuquei meu joelho – ela fala ao ver o joelho sangrando

Murilo: venha te ajudo a levantar – ele estica a mão para ela

Mayra: aí – ela sente dor ao apoiar o pé no chão

Murilo: o que foi?

Mayra: meu pé está doendo

Murilo: será que você torceu? – ele fala ajeitando os óculos

Preocupado ele se abaixa e começa observar o pé da amiga

Murilo: ver se quando eu apertar aqui vai doer – ao falar isso ele aperta o tornozelo da amiga

Mayra: aiiii doi – ela reclama

Murilo: provavelmente é uma torção

Mayra: era somente o que me faltava – ela fala com raiva

Murilo: venha vou te levar até o carro, se segure em mim

Ele tenta se ajeita para pegar a amiga no colo

Mayra: ahh, você está suado – ela reclama

Ela geralmente não gostava de pessoas a tocando, até mesmo abraços de pessoas ela evitava, Murilo mesmo ela nunca abraçou, isso porque ela tinha nojinho de suor e naquele momento devido a caminhada ele estava suado

Murilo: sério? que nessa situação você vai reclamar que eu estou suado? – ele fala com reprovação

Mayra: sim porque é nojento

Murilo: então você prefere que eu te deixe aqui no chão?

Mayra: não, mas você pode chamar o motorista, ele é forte e vai conseguir me carregar

Murilo: eu também consigo te carregar e além do mais acho que essas ruas tão sujas, melhor você se levantar logo antes que pegue alguma bactéria – ele fala para assustar a amiga

Mayra: que? Me tire daqui agora – ela fala esticando os braços

Feliz pois tinha dado certo a estratégia de colocar neuras na cabeça da amiga, Murilo passa a mão por baixo das pernas dela, e ela segura no pescoço dele

Mayra: se você me derrubar no chão eu vou ficar muito brava e nunca mais converso com você – ela adverte

Murilo: não vou te derrubar, você é leve como uma pluma – ele fala pegando-a no colo

Como antes ele nunca tinha recebido um abraço da amiga, ter ela segurando nele, era uma sensação ótima

Mayra: Murilo cuidado para não me deixar cair – ela fala preocupada

Murilo: não vou deixar

Mayra: tem certeza? O caminho é longo até o carro – ela fala preocupada

Murilo: já disse que você é leve

Para demonstrar que ele aquentava o peso dela, ele a joga para cima e a pega de volta

Mayra: ahhhhhhhhh, não faça isso – ela segura com amais força dele

Murilo: como eu disse, leve leve

Mayra: se você fazer isso novamente eu te mato – ela fala com raiva

Com cuidado Murilo a leva até o carro, e Mayra estava surpresa que ele tivesse a aguentado por todo o caminho

Motorista: o que aconteceu? – ele fala preocupado ao ver Mayra sangrando

Murilo: ela tropeçou e caiu, e agora não consegue apoiar o pé no chão

Motorista: melhor levarmos ela para os pais imediatamente

Ao falar isso ele abre a porta do carro e Murilo coloca a amiga sentada no banco de trás do carro e entra logo em seguida

Murilo: não te deixei cair, você precisa ter mais confiança em mim

Mayra: eu não achei que você seria forte

Murilo: porque?

Mayra: por causa dessa sua cara de nerd

Murilo: quer dizer que eu não posso ser estudioso e forte ao mesmo tempo?

Mayra: não combina – ela fala rindo – mas somente espero não ter quebrado o pé

Murilo: também espero!

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