Descobertas

Capítulo 17:

#Camilla:

Acordo em um local estranho e rodeada de pessoas estranhas também que estão me encarando sorridentes. Não sei o que está acontecendo. Pergunto onde estou e um homem me diz que estou num hospital, o olho incrédula tentando entender o que está acontecendo e ele me pergunta se lembro de alguma coisa. Me esforço e não consigo lembrar de nada, apenas sinto uma forte dor de cabeça e digo que não, todos que estavam sorridentes agora me olham sérios. Um outro homem se aproxima de mim e pergunta se lembro do meu nome, mas não consigo.

"O que está acontecendo? Não consigo me lembrar de nada! Não sei nem quem sou! O que vou fazer?"

Ouço uma mulher que também estava próxima de mim chamar o primeiro homem de doutor, ele me olha sério e pede para que o outro homem e as pessoas que estavam no canto da sala para saírem, a mulher me ajuda a levantar e me coloca numa cadeira de rodas, ela é uma enfermeira e me leva para uma sala acompanhada do doutor e de outra enfermeira.

Faço vários exames e quando já estou cansada e com fome, me levam de volta para o quarto. As pessoas que estavam comigo antes chegaram também logo após eu entrar.

Camilla: — Doutor?

Médico: — Está sentindo alguma coisa?

Camilla: — Só uma dor de cabeça forte.

Médico: — Isso é normal.

Camilla: — Por que não me lembro de nada?

Médico: — Você sofreu um acidente e levou uma pancada forte na cabeça, estava com uma hemorragia e tivemos que fazer uma cirurgia. *Essa pancada forte na cabeça pode gerar trauma crânio encefálico e este trauma pode causar danos na memória se afetar os neurônios situados nos centros da memória localizados nos lobos temporais direito e esquerdo (região 43/ 44) responsáveis pela aquisição, armazenamento e evocação dos dados aprendidos registrados no cérebro. Devido a isso você perdeu sua memória.

Camilla: — Vou lembrar depois?

Médico: — Não tem como saber, pode ser que dure semanas, meses, anos. Não tem como saber. Todos os seus exames estão normais e não houve nenhuma alteração.

Todas aquelas pessoas estão em silêncio, parecendo tristes e preocupadas. Olho para o homem que conversou comigo antes e pergunto:

Camilla: — Qual é o meu nome?

Matheus: — Seu nome é Camilla Almeida Dantes.

Camilla: — E quem são vocês?

Matheus: — Meu nome é Matheus, sou seu pai. Aqueles são o Júlio e o Fellipe, são seus irmãos. Aquele dali é o Bruno, meu amigo e sua esposa Beatriz e aquele é o Ruan, seu amigo e... Era namorado da sua melhor amiga, filha do Bruno e da Beatriz.

Camilla: — Por que ela não está aqui? — Todos ficam em silêncio por um instante e depois o homem que diz ser meu pai fala:

Matheus: — Ela acabou morrendo recentemente.

Camilla: — Lamento. — Falo olhando para Bruno, Beatriz e o Ruan que pareciam tristes, quase chorando.

Camilla: — Como foi meu acidente?

Matheus: — Você estava viajando e outro carro bateu no que vocês estavam.

Camilla: — Quem estava comigo? — Pergunto para ele preocupada.

Matheus: — ... Sua mãe, seu padrasto que você chamava de pai e seus dois irmãos mais novos por parte de mãe.

Matheus: — Eles... Acabaram não resistindo.

Não consigo me lembrar deles, mas ao ouvir isso, sinto um aperto no meu peito e um sentimento que não sei explicar. O médico sai da sala acompanhado da enfermeira. O Bruno, a Beatriz e o Ruan se aproximam de mim.

Bruno: — Oi criança, sou Bruno, seu tio Bruno, espero que você se recupere logo. — Ele me dá um sorriso e beija minha mão.

Beatriz: — Minha filha, me chame de tia Beatriz, nós vamos cuidar muito bem de você, viu? — Ela me fala enchendo os olhos de lágrimas.

Ruan: — Oi Camilla, você se tornou como uma irmã pra mim e prometi que iria cuidar de você e é isso que vou fazer. — Me diz com um sorriso sincero pra mim e sorrio de volta.

Bruno: — Voltamos depois para ver como você está.

Camilla: — Tá bom.

Júlio: — Oi Camilla, ainda bem que você acordou, todos nós estávamos preocupados.

Fellipe: — Sim, pequena. Mal conseguia dormir pensando em quando você fosse acordar.

Me dá tristeza ao olhar para eles com aqueles rostos sorridentes, mas, ao mesmo tempo tristes, preocupados, cansados e aliviados também. No outro dia já estou muito melhor e não sinto mais dores fortes devido aos remédios que o médico receitou para dor. Começo a ouvir uma comoção do lado de fora do quarto e me levanto curiosa para saber os motivos daqueles gritos. Abro um pouco a porta e vejo o Fellipe discutindo com um outro homem que não reconheço.

Fellipe: — O que você tá fazendo aqui?

Pablo: — Vim ver como a Camilla está.

Fellipe: — Como você teve coragem de vim depois do que vi você fazendo?

Pablo: — Só quero ver como ela está, que estou preocupado.

Fellipe: — Você tá preocupado? Quando te vi naquela boate você estava preocupado?

Pablo: — Sei que estava errado e que foi um erro.

Fellipe: — Um erro? Um erro que você fez muitas vezes enquanto ela estava em coma.

Pablo: — Estava? Ela acordou? — Pergunta indo em direção da porta do meu quarto, mas Fellipe o segura.

Fellipe: — Vai embora! Antes que faça alguma coisa com você.

Pablo: — Princesa? Você acordou? Não parava de pensar em você.

Fellipe: — Quando você estava traindo ela enquanto ela estava aqui também?

Pablo: — Quero ver ela e pedir desculpas.

Não sei o que fazer, mas ouvir tudo aquilo me deu uma sensação estranha que não sei como explicar. Tenho um namorado e ele me traiu enquanto estava internada. Comecei a sentir uma dor insuportável no peito.

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