Até mais Brasil e Olá Florida

Enquanto conversávamos ouvi leves batidinhas na porta e

imediatamente meu coração se derrete, era o pedroca e o Pie chegando

Meninos: - imãaaaaaaaaaaaa

Bia: - Meus amoresss, a irmã estava morrendo de saudade,

como foi a aula hoje?

Eles começam a me contar na linguagem deles que raramente eu

entendo algo, mesmo assim vou respondendo e brincando com eles, ah como vou

sentir falta dos meus pituquinhos.

Brinco com eles até que eles cansam e se deitam para tirar

um cochilo.

Olho no relógio e já são 19:00 e meu deus como o dia passou

voando, termino de organizar tudo em casa enquanto minha mãe e nathy pedem algo

para comer.

Decido não levar muitas coisas pois quero comprar tudo novo

e repaginar meu visual assim que desembarcar no Estados Unidos.

Minha mãe me tira dos meus pensamentos me chamando para

comer.

Edileuza: Filha, terminou? Vem comer a comida já chegou,

pedimos um japa que você ama.

Bia: Terminei sim mãezinha, aí que delícia vamos comer!

Vou até ela e abraço o mais forte que eu consigo, tudo que

sou devo a ela e tudo que eu puder fazer para realizar os seus sonhos farei

Chegamos na cozinha e nathy estava preparando tudo para para

nosso jantar de despedida.

Bia: Uau, arrasaram, vou sentir muita falta das nossas

noites de fofoca.

Falo com os olhos marejados de lagrimas ao imaginar que serão

06 meses longe das pessoas que amo.

Nathy: você merece demais amiga, estou tão feliz que você vai

realizar seu sonho e eu prometo cuidar dos meninos e da sua mãe como eu cuidei

da minha que está no céu.

A mãe da nathy infelizmente faleceu em 2022 devido ao câncer

no sangue e assim como eu só tenho a minha mãe a nathy só tinha a mãe dela e a sua

tia Clarisse que vive na Florida.

Me emociono com suas palavras e nós três caímos no choro.

Bia: mamãe cade os meninos se eles virem nós três chorando

eles vão ficar assustados.

Edileuza: não se preocupe meu amor, enquanto você estava

arrumando as suas coisas, demos um banho neles, jantaram e já estão na cama.

Nos sentamos para comer e ficamos ali conversando e lembrando

do tempo de criança e quando nos damos conta já são 02h00 da manhã

Bia: Caraca, preciso organizar os documentos e revisar tudo,

vamos para o meu quarto, vocês vão dormir aqui né? Já esta tarde para irem para

a casa de vocês.

Mesmo as duas morando na rua de cima quero minha mãezinha e

minha melhor amiga aqui comigo nessa noite já que meus pequenos já estão dormindo.

Nathy e Edileuza: Vamos sim!

Me sento na cama e começo a organizar todos os documentos e

deixo separado ao lado da mala na minha bolsa de mão, reviso mais uma vez todas

as roupas e separo meu aerolook para fazer sucesso no avião...

A 10248km do Brasil – Flórida

Me chamo Octavio Maldonado, tenho 32 anos, sou um empresário

milionário e arrisco a dizer que sou o melhor no ramo administrativo de

empresas dos Estados unidos.

A exatamente 04 anos perdi Cecilia, o grande e único amor da

minha vida em um acidente de carro e desde então não entreguei meu coração para

mais ninguém.

Minha Mãe Helena Maldonado tenta a anos que eu case com a

filha de sua melhor amiga, a Paola, uma mulher fútil e vazia, muito bonita, mas

não tenho nenhum interesse em me apaixonar por ela um dia.

Helena Maldonado, 49 anos

Claro que uma vez deixei meu instinto falar mais alto e após

umas doses de tequila eu me entreguei para ela, mas só foi uma vez e jurei

nunca mais fazer isso.

Paola Stanford, 34 anos.

Me chamo Paola, tenho 34 anos e sou dona de uma agência de

moda, sou completamente apaixonada por Octavio Maldonado, além de ser lindo e

gostoso ele é completamente rico e não deve ser ruim ser esposa troféu hoje em

dia.

Uma coisa eu digo, sou capaz de qualquer coisa para ficar

com ele e passo por cima de tudo e de todos para alcançar meus objetivos se é

que me entende.

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Estou sentado em meu escritório observando algumas ações

hoje por ser um dia tranquilo na empresa, resolvi trabalhar de casa, por algum

motivo estou mais inquieto que o normal e na minha casa consigo relaxar melhor.

De repente Clarisse bate na porta e eu estranho pois ela

sabe que não precisa de permissão para abrir a porta.

Clarisse: Meu filho, posso falar um minuto com você?

Octavio:  Olá meu amor,

claro que pode, está tudo bem? Já disse que não precisa bater na porta, não é?

Clarisse me criou praticamente sozinha, minha mãe vivia

rodando o mundo fazendo compras e após a morte do meu pai, vivia atras de

novinhos para enaltecer o seu ego, então para mim a Clarisse é minha mãe, ela está

na família a muitos anos e eu já tentei de tudo para que ela descanse, mas ela

me fala que se eu fizer ela parar de trabalhar ela morre de tédio. Ela é

sozinha assim como eu, então eu cuido dela e ela cuida de mim.

Clarisse: Claro que eu vou bater vai que está em reunião e

eu não quero atrapalhar, mas eu queria conversar contigo, uma mocinha amiga da

minha sobrinha neta está vindo para cá e eu vou hospedá-la na minha casa nesse negócio

de intercambio e eu queria poder ajudá-la de alguma forma a juntar um dinheiro

e como essa casa é gigante, pensei que ela poderia me ajudar no período em que ficar

aqui, o que acha?

Octavio: Ela é de sua confiança?

Clarisse: Totalmente meu filho, ela é um doce de menina.

Octavio: Ótimo, quando ela vier me entregue os documentos

dela para que possamos fazer um contrato de trabalho temporário para evitarmos

problemas.

Clarisse: obrigada meu menino.

Ela fala com aquele olhar doce de ternura que me aquece o

coração.

Octavio: Não precisa agradecer, mas não esqueça de dizer a

ela que eu não quero que nada seja mudado e em hipótese alguma ela deve mexer

nas coisas da Ceci.

Ela afirma com a cabeça e sai.

Desde que minha preciosa esposa se foi, não me desfiz de

nada apenas mudei tudo para o quarto de hospedes e lá se tornou meu santuário.

Minha casa é toda escura assim como meu coração e não quero

que nada seja mudado.

É até bom que a Clarisse tenha alguém para ajudá-la e

é bom que essa pobre coitada ganhe alguma coisa para se sustentar por aqui durante

sua estadia.

Clarisse, 58 anos

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