EXERCITANDO MAIS

            Para obter melhores resultados, precisaria de mais prática. Então, como já me sentia mais à vontade para dançar com um parceiro sem fazer do pé dele tiro ao alvo, optei em frequentar os bailes da escola. Os professores sempre convidavam e falavam que Para vocês aperfeiçoarem os passos, vocês precisam praticar e para isso temos os bailes da escola. Participem que vocês começam a avançar e a equipe está pronta em ajudar. De fato! Muitos dos auxiliares arrasavam dançando entre eles e no apoio eram sensacionais. A equipe era muito boa! Fiquei feliz em ter escolhido um bom lugar para frequentar e para me ajudar naquilo que sempre amei, mas nunca pensei em me desenvolver e ir tão longe. Percebi que fiz uma boa escolha. A Revolution já fazia parte de mim.

            Na medida em que ia avançando nos passos, eu frequentava mais os bailes e punha em prática tudo que aprendia. O bom era que tinha duas aulas semanais e os bailes aos finais da semana. Era o suficiente para me animar e buscar mais daquilo que tanto amava. Já me sentia outra pessoa! Voltei a ter aquele brilho no olhar ao me ver dançando outra vez! E algo diferente, algo novo para mim. Me sentia bem ali, me sentia irradiante dançando. Às vezes, sentia como se flutuasse ao dançar. Ahh... era tão bom!

            O legal de tudo era que também se conhecia muita gente. Vocês lembram quando mencionei que sou tímida. Realmente, falava muito pouco e não é porque sou esnobe ou algo do gênero... era porque eu não tinha assunto! Por muitas vezes, eu iniciava um diálogo com alguma pessoa e logo morria o assunto porque não sabia conduzir uma conversa. Frequentando os bailes, isso mudou e para muito melhor! Fiz vááários contatos e conseguia conversar mais sobre as aulas e temas diversos. Essas pessoas já frequentavam locais que também promoviam bailes de dança de salão e a partir dessa amizade, começaram a me convidar à esses bailes onde eles se combinavam de ir em grupo.

            O desafio ia avançando. Ir para outros bailes, sem ser os da escola era outro desafio que me propus quando estivesse melhor nos passos. Não queria pagar mico mais do que já pagava nas aulas! Como já estava avançando bastante e muito rápido para minha surpresa, topei ir nesses bailes. Só não sabia muito o que esperar porque não achava que os parceiros fossem tão compreensivos por ser uma novata na dança. Até explicar que sou novata e não sei nem metade do que eles já sabiam, teria ido metade da música ou ela teria acabado! Uma coisa, era pisar nos pés dos caras da escola, outra coisa era pisar nos pés de alguém de fora. Os caras da escola me conheciam, os outros, não! Pelo sim, pelo não, fui numa delas para conferir. Vai que cola e dá tudo certo? ...Ou não.

            Marcamos de ir numa casa que dá mais ênfase ao Sertanejo. Me senti mais à vontade porque já estava mais apta a dançar Sertanejo que Gafieira. O nome do local era Moda Sertaneja. Cá entre nós, o nome era meio estranho. Achava que o pessoal tivesse marcado no lugar errado, pois pensei que fosse um local de apresentação de cantores do estilo — e de música antiga — ou uma loja de roupas country. Se eu passasse próximo ao local em plena luz do dia, pensaria isso sem qualquer sombra de dúvida!

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