Tomei banho rápido, abri minha mala grande e coloquei um conjunto de roupa íntima preta, depois peguei uma calça preta e um suéter de manga branca, mais uns tênis brancos também.
Fiz um rabo de cavalo alto no cabelo, procurei uma carteira, entre todas as minhas coisas, e procurei meu celular, eram 11 da manhã, o tempo voa, eu não percebi a hora quando acordei de verdade, coloquei um pouco de maquiagem, me olhei no espelho e vi que estava bem, sentei na cama, estava uma bagunça, quando voltar vou arrumar minha roupa.
Bateram na porta, deve ser essa moça que eu pedi.
— Entre.
A porta se abriu, uma senhora com cara feia entrou, parecia elegante, me olhou de cima a baixo, como se me desprezasse, conheço esse tipo de olhar, quem é essa?, o que quer?
— Então você é a esposa do meu filho.
Já vejo, é a mãe, já entendi de onde saiu toda essa arrogância desse homem.
— Em que posso ajudar?
— Você sempre é tão grossa assim, eu sou sua sogra, não fale nesse tom comigo.
— Bom, se a senhora fala em tom ruim comigo, eu também vou falar, se não gosta da minha forma, pode mudar a sua, ou melhor, peça para o seu filho anular esse casamento, se ele fizer isso eu vou embora agora mesmo.
A mulher fez uma cara feia, não gostou que eu a enfrentasse, o que esperava se vem com essa atitude.
— Nunca quis que meu filho cumprisse esse compromisso com uma família tão oportunista, vocês só querem escalar a todo custo, mas o lixo sempre será lixo.
— Então todos somos lixo, porque se são tão limpos, mas se juntam com lixo, então somos lixo todos.
— Você!
Levantou a mão para mim; no entanto, não me importei, apenas fiquei quieta esperando que me batesse, não tinha medo e se sou lixo quer dizer que a família dele gosta de lixo.
— Você não vai poder ficar nessa casa por muito tempo, definitivamente vou fazer com que meu filho te deixe o mais rápido possível.
— Espero que consiga logo, eu também quero ir embora daqui.
Deu as costas irritada, saiu do quarto batendo a porta, essa senhora com certeza vai fazer de tudo para me tirar desta casa, me sinto aliviada, não tenho que lutar sozinha para poder sair daqui.
Voltaram a bater na porta, desta vez espero que seja a moça que vai me atender nesta casa.
— Entre.
A porta se abriu, e a moça entrou com o carrinho com uma bandeja com vários pratos em cima, uma jarra de água e uma pilha de revistas ao lado, colocou tudo ao lado da cama, eu seguia sentada na cama, pois minha sogra não me inspirou nem a levantar.
— Senhora, aqui está tudo o que pediu, perdoe a demora.
— Não tem problema.
A moça olhou tudo o que estava espalhado por todas as partes, eu ia comer, meu café da manhã, mas já era quase a hora do almoço, então eu disse,
— Quer me dizer algo?
— Deseja que eu organize a roupa?
— Bom, faça isso, mas o vestido de noiva deixe no chão.
— Tudo bem.
Comecei a comer o que a moça me trouxe e a olhar as revistas, todas com fotos minhas e com manchetes sensacionalistas, "Noiva solitária", "Noiva triste", entre outros o mais chamativo era, "Casamento por poder, em pleno 2024, retrocesso na história em um casamento de gente de alta sociedade", olhei as fotos, em todas me vejo linda, claro, mas ao mesmo tempo muito lamentável.
A moça organizou toda a minha roupa no closet, e meus artigos na cômoda, que combina com a cama, foi muito rápida e eficiente, terminei de comer, tomei um copo de água, coloquei todas as revistas em cima da cama, faria algo bom com isso depois que voltar da casa de Fátima.
— Senhora, já terminei, deseja algo mais?
— Nada mais.
— Senhora...
— Diga.
— Bom, é que...
— Apenas fale.
— Você é muito bonita, parece uma boneca, se colocar um pouco de esforço o senhor com certeza se apaixona por você, na verdade ele não é um homem ruim, mas a vida o fez dessa forma, mas ele é bom com todos os empregados, então por favor lhe dê uma oportunidade.
— Você realmente aprecia seu chefe, não se preocupe, que com certeza ele consegue uma boa esposa quando se divorciar de mim.
— Mas ...
— Já que você está tão prestativa, vamos, tenho que sair, preciso de um carro.
— Mas, você disse ao senhor que vai sair, se ele souber sem avisá-lo, o senhor não ficará feliz.
— Sério?
— Sim.
— Então vou fazer isso.
Levantei da cama, peguei minha carteira e caminhei até a porta, abri e saí, Helena saiu atrás de mim, caminhei rápido pelo corredor e desci correndo as escadas, na sala, minha estimada sogra tomava chá, o mordomo a estava atendendo, quando me viu, fez uma cara muito feia, eu sorri para ela.
— Senhora, vai sair? Me perguntou Taylor.
— Sim, quero um carro.
— Então eu a levarei.
— Quero um carro, não um motorista.
Me olhou preocupado, ao que parece nesta casa nem uma folha se move sem permissão do dono, não sou uma presa, se não me dão um carro, saio à rua para procurar um.
— Taylor, dê um carro a ela, só que faça o que queria.
— Obrigada, sogrinha.
Amarrou a cara de forma ruim, sei que só me dá o carro para que quando seu filho chegue, dizer que eu saí e não disse nada a ninguém, mas essas não são coisas que me mortificam.
— Senhora, vamos lá fora, vou lhe dar um carro.
— Obrigada.
Caminhei atrás do mordomo, saímos pela porta principal, descemos os degraus, ele me fez um sinal para que esperasse, em alguns momentos, estacionou um Mercedes preto na minha frente, Taylor saiu e me deu a chave, eu ia entrar quando me disse.
— Senhora, o Senhor ficará furioso se sair sem avisar, por que não o avisa primeiro?
— Isso não me preocupa.
Dito isso, entrei no carro, fechei a porta e parti para a casa da família de Fátima.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 82
Comments