À sombra da opulência, a mansão Fontana revela seus segredos. Entre incertezas e luxo, Safira enfrenta um destino imprevisível. O que aguarda no coração desta fortaleza de poder?
Momento atual.
O carro avançava pelas ruas da cidade, deixando para trás a escuridão opressiva. Enquanto isso, a mente de Safira trabalhava freneticamente para manter as aparências. Ela se perguntava se conseguiria sustentar a farsa por muito tempo, sabendo que a verdade eventualmente emergiria. Contudo, a alternativa era inimaginável.
A irmã de Alexander, no banco da frente, ao lado do motorista particular, impulsionada pela curiosidade ou talvez pela desconfiança, questionou Safira:
_ Se você estava em perigo, por que não chamou a polícia?
O olhar inquisitivo da mulher buscava respostas, mas Safira, entre soluções, lutava para encontrar palavras coerentes.
Antes que Safira pudesse articular uma resposta, ciente sobre o quando poderia ser difícil para uma mulher denunciar seu agressor, Alexander interveio com uma autoridade que ecoou no interior do veículo.
_ Deixe-a em paz, Isadora, sem perguntas!
Declarou. Sua voz firme, encerrando qualquer tentativa de interrogatório.
_ Não se preocupe, vamos garantir que você esteja segura. Tem algum lugar para onde podemos levá-la? Alguém de confiança que pode ajudá-la?
Perguntou ele.
O olhar de Safira vagou pela paisagem da cidade desconhecida que se desenrolava diante dela. Edifícios altos e modernos se destacavam, e as luzes noturnas lançavam um brilho surreal sobre as ruas. A realidade de estar em um lugar completamente diferente do seu, a atingiu como um soco. Ela nunca imaginou que um dia seu destino cruel a levaria para um cenário tão distante de casa.
Ao perceber que Alexander aguardava uma resposta, Safira engoliu em seco e respondeu hesitante:
_ Não tenho ninguém aqui. Não conheço ninguém nessa cidade. Se puderem me deixar em qualquer lugar seguro, ficarei grata!
O diálogo no interior do veículo foi interrompido pela pisada forte do motorista no freio do carro, que instantaneamente girou no asfalto. Safira, apreensiva, olhou para frente, tentando entender o que havia acontecido. A tensão no ar cresceu quando todos no veículo sentiram um impacto.
Alexander Franziu A testa, incapaz de ver a situação, e perguntou:
_ O que aconteceu Rodrigo?
Todos estavam tensos, Safira sentiu um calafrio percorrendo sua espinha. A noite parecia conspirar contra ela, adicionando mais elementos imprevisíveis ao seu destino incerto.
O impacto foi seguido por um momento de silêncio pesado no interior do carro. Safira, Alexander e Isadora sentiram a tensão no ar, mas a cegueira de Alexander o deixava ainda mais apreensivo. Rodrigo, o motorista, saiu do veículo com uma expressão preocupada, enquanto os seguranças se aproximavam para avaliar a situação.
Safira sentiu um aperto no coração, percebendo que algo terrível havia acontecido. Alexander, percebendo a mudança no ambiente, perguntou mais uma vez com um tom de preocupação:
_ O que houve, Rodrigo? Estamos todos bem?
O motorista hesitou antes de responder, escolhendo as palavras com cuidado:
_ Infelizmente, senhor. Um animal de estimação atravessou a rua repentinamente. Eu não tive tempo de frear a tempo, o cachorro morreu!
Isadora soltou um suspiro angustiado. Safira, no entanto, sentindo o peso da tragédia encolheu-se no bando do carro. A menção do trágico acidente envolvendo o cachorro, trouxe uma onda de lembranças dolorosas para ela e a atingiu como um golpe. O rosto de Magrelo, seu fiel companheiro de quatro patas, agonizando após o disparo, surgiu em sua mente.
As lágrimas começaram a escorrer pelo rosto de Safira, enquanto as palavras do motorista ecoavam em sua mente. A lembrança da crueldade de dias atrás, quando Magrelo foi brutalmente tirado dela, misturava-se ao luto pelo animal desconhecido que agora jazia no asfalto.
Alexander permaneceu calmo, mas a tensão em sua voz era evidente quando ele disse:
_ Certifique-se de que o dono do animal seja localizado. Faremos o necessário para remediar a situação!
Os seguranças foram instruídos a verificar as redondezas em busca do dono do cachorro, enquanto Rodrigo lidava com as formalidades necessárias.
Safira, tentou conter as lágrimas, mas a dor era avassaladora. Cada palavra sobre o cachorro atropelado ressoava como um eco de sua própria tragédia. A imagem do rosto inocente de Magrelo, a alegria que ele trazia, e como ele foi tirado de sua vida sem piedade, era uma ferida que nunca cicatrizaria.
Após um tempo, os seguranças retornaram com um homem mais velho, visivelmente perturbado pela perda de seu amado animal de estimação. Alexander, apesar de sua incapacidade visual, expressou suas condolências com empatia, reconhecendo o valor dos laços entre as pessoas e seus animais de estimação.
Ao ouvir as formalidades sendo tratadas fora do carro, Safira sentiu-se incapaz de descer. A ideia de enfrentar a cena era simplesmente insuportável. Ela se agarrou ao assento, suas mãos tremendo enquanto tentava conter os soluços.
_ Vamos ajudá-lo com as despesas do veterinário ou qualquer outro custo associado a esta situação. Lamentamos profundamente pela perda do seu companheiro!
Afirmou Alexander, buscando amenizar a dor do homem.
Após retornar ao interior do veículo, ele, sentiu a agonia de Safira, estendeu uma mão reconfortante em sua direção. Alexander não sabia se a mesma continuava angustiada pelo que lhe acontecera antes, ou se apenas ficou comovida pelo acidente repentino mas, podia sentir a intensidade da emoção que a envolvia, mesmo sem ver seus olhos marejados pelas lágrimas.
_ Você está bem, Natasha?
Perguntou Alexander, sua voz transmitindo preocupação genuína.
Safira assentiu, com um breve:
_ Sim, eu estou bem!
Isadora, ainda em choque pelo que aconteceu com o bichinho, permaneceu em silêncio, respeitando o luto silencioso que se desenrolava dentro do carro.
Alexander, com uma compaixão silenciosa, acenou para continuarem o trajeto. Enquanto as luzes da cidade passavam pela janela do veículo, Safira permanecia mergulhada em suas memórias dolorosas. A cada quilômetro percorrido, o luto do passado e a tristeza do presente se entrelaçavam, criando uma teia de emoções que parecia impossível de desfazer.
Alexander quebrou o silêncio suavemente:
_ Não se preocupe. Vamos encontrar um lugar seguro para você!
Safira assentiu, agradecida pela bondade e compreensão, mas sabendo que as cicatrizes emocionais que o destino lhe impusera não se apagariam facilmente. O carro avançava pela cidade, levando consigo não apenas a fragilidade de um momento, mas também a resiliência de uma alma ferida em busca de cura.
O veículo se aproximou da entrada majestosa da mansão Fontana, onde uma fileira de colunas imponentes saudava os visitantes. À medida que o carro avançava pelos portões eletrônicos, a visão da mansão se revelava diante de Safira. Era uma estrutura grandiosa, com uma arquitetura que misturava o clássico e o moderno, indicando a influência do magnata Alexander Fontana.
Os jardins luxuriantes se estendiam pelos arredores da mansão, meticulosamente cuidados, proporcionando um contraste impressionante com a modernidade da estrutura. As luzes noturnas realçavam os detalhes arquitetônicos, transformando a mansão em uma visão deslumbrante.
O carro parou diante da entrada principal, e Safira, ainda envolta em sua própria tempestade emocional, olhou ao redor, tentando absorver a grandiosidade do local. As lágrimas haviam secado, mas o peso do luto e das memórias ainda pairava sobre ela.
_ Natasha!
Começou Alexander, com a voz calma e determinada que o caracterizava.
_ Já que não tem para onde ir, nossa casa está aberta para você. Pode ficar aqui esta noite. Amanhã é um novo dia, e queremos garantir que você esteja segura e confortável!
Safira, ainda processando o choque do acidente e tocada pela generosidade de Alexander, agradeceu com uma voz embargada:
_ Obrigada, senhor. Sua ajuda significa muito para mim!
_ Não há de quê!
Respondeu ele, estendendo a mão em um gesto tranquilizador.
_ Amanhã falaremos sobre sua situação, se estiver disposta. Por agora, é importante que descanse!
Os seguranças encostaram ao lado do veículo, Isadora e Alexander desembarcaram primeiro. O magnata, apesar de sua cegueira, parecia familiarizado com o ambiente, movendo-se com confiança acompanhado por um dos seguranças, pelos degraus da entrada.
_ Vamos, Natasha!
Chamou Isadora com suavidade, estendendo a mão para ajudá-la a sair do carro. Safira hesitou por um momento, olhando para a mansão diante dela. A ideia de adentrar aquele mundo de opulência avassaladora, a impelia a recuar. No entanto, a incerteza de sua própria situação a impulsionou a seguir adiante.
Isadora, que inicialmente mantinha uma postura mais reservada, encarou-a com um olhar compassivo.
_ Alexander tem razão. Vamos cuidar de você aqui. Temos quartos de hóspedes confortáveis. Eu vou te conduzir até um deles, e se precisar de qualquer coisa, estaremos por perto!
Ao entrar na mansão, Safira foi envolvida por uma atmosfera de luxo e sofisticação. O interior era tão impressionante quanto o exterior, com móveis elegantes, obras de arte magníficas e uma arquitetura que emanava poder. A mansão era um testemunho do sucesso de Alexander Fontana e sua posição na sociedade futurística.
Isadora guiou Safira através dos corredores, oferecendo palavras de conforto e explicando brevemente o layout da mansão. Alexander, acompanhado pelos seguranças, seguiu em frente, já familiarizado com o caminho.
Safira foi conduzida a um quarto de hóspedes, onde poderia se recompor. O aposento era decorado com elegância, proporcionando um contraste reconfortante com a agitação emocional que ela carregava.
Uma vista panorâmica da cidade futurística se estendia pelas janelas, destacando ainda mais a posição elevada da mansão.
_ Descanse, Natasha! Estamos aqui para ajudar. Se precisar de alguma coisa, não hesite em chamar, espero que se sinta à vontade.
Disse Isadora antes de se retirar, deixando Safira sozinha com seus pensamentos.
Ao se sentar na cama, Safira refletiu sobre a reviravolta surpreendente que a vida lhe proporcionara. A mansão Fontana era agora seu refúgio temporário, um abrigo inesperado em meio ao furacão que sua vida havia se transformado.
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Atualizado até capítulo 172
Comments
Angely Silva
tô começando a gostar agora kkkk
2024-04-22
2
Ana Paula Nunes
👏👏👏👏👏👏🥰😍❤💕💯💯💯💯💯
2024-02-25
2
Luisa Nascimento
Só é ruim porque os mafiosos vão ficar procurando ela e vai colocar a família dele em perigo.🥺😬
2024-02-25
1