A bebê sorriu às 14 horas. Claire estava abusando para mamar e dormir. Hannah deu o peito para ela e ela acabou dormindo no peito. Hannah tirou ela do peito e colocou no carrinho. Alguém bateu na porta e Hannah foi atender rápido para não acordar o bebê. Quando ela abriu a porta, ela ficou surpresa.
— Hannah: O que você quer, Arturo?
— Arturo: Nós temos uma conversa pendente.
— Hannah: Nós não temos nada para conversar.
Arturo entrou na sala e Hannah fechou a porta.
— Hannah: Vai embora daqui ou eu mando os seguranças te tirarem.
— Arturo: Você pode chamar quem você quiser, mas eu não vou sair daqui antes de conversar com você.
Arturo se sentou no sofá.
— Hannah: Dá para você falar mais baixo? Minha filha está dormindo. Se você acordá-la, você vai ter que colocá-la para dormir.
— Arturo: Dá para você colocá-la no quarto?
— Hannah: Eu juro que não estou acreditando que estou ouvindo isso.
— Arturo: Hannah, por favor, para de ser uma garota mimada e me ouve.
— Hannah: Está bem, eu coloco ela no berço e volto já.
Hannah pegou a pequena com cuidado para não acordá-la e a colocou no berço. Ela ligou a babá eletrônica, deixou a porta encostada e foi para a sala. Quando chegou lá, sentou-se em outro sofá de frente para ele.
— Hannah: Então, o que você quer tanto falar comigo?
— Arturo: Hannah, o que você quis dizer com aquela história mais cedo?
— Hannah: Do que você está falando?
— Arturo: Daquela história de cair em qualquer papinho de um cafajeste safado que só quer te levar para a cama e, quando você estiver grávida, simplesmente cair fora e dizer que o filho não é dele.
— Hannah: É a verdade, Arturo. Foi isso que aconteceu comigo.
Arturo não disse nada.
— Hannah: Quer saber a verdade, Arturo? Foi isso que fez comigo. Você ficou comigo, me fez acreditar que você gostava de mim, mas a única coisa que você queria era transar comigo. E depois que engravidei, você vem com aquela história de que o filho não era seu. Mesmo sabendo muito bem que eu nunca tive relação sexual com nenhuma outra pessoa, a não ser você.
— Arturo: Hannah, você está dizendo que...
— Hannah: Você é o pai da minha filha.
Arturo não sabia o que falar.
— Hannah: Era só isso que você queria saber? Agora pode ir embora.
— Arturo: Por que você não disse nada?
— Hannah: Eu não sei se você é idiota ou se finge que não lembra o que me disse quando eu te falei que estava grávida. Você falou que esse bebê não era seu, era de outro. Olha, Arturo, eu não vou ficar me humilhando. Quer saber? Vai embora da minha casa. Nós não temos mais nada para conversar.
— Arturo: Olha, eu quero me aproximar da minha filha.
— Hannah: Sua filha, Arturo, ri. Como você, ela é sua filha, tem o seu sangue, mas você não sabe nada dela. Nunca esteve presente, nem mesmo no chá revelação, quando foi descoberto que ela era uma menina. Não a viu nascer, nem sequer sabe o nome dela. E agora vem com essa de "minha filha, Arturo"? Você nos abandonou quando a gente mais precisava de você, quando eu mais precisei de você. Virou as costas para mim enquanto eu passava a minha gravidez sozinha e estava aproveitando a vida. Eu não preciso de você e não se preocupe, a sua filha tem muita gente cuidando dela. Pode ir embora. E quando ela crescer e perguntar pelo pai, eu vou dizer a verdade: que você nunca quis saber dela.
— Arturo: Você não pode.
— Hannah: Eu não posso o que, Arturo? Eu sou a mãe dela, a única pessoa responsável por ela. Quer olhar na certidão de nascimento? O único nome que tem lá agora. Vai embora, que eu não tenho mais nada para falar com você, Arturo.
— Arturo: Hannah, você não pode fazer isso.
— Hannah: Eu acho que você não está entendendo, eu não quero você perto da minha filha.
— Arturo: Ela também é minha filha.
— Hannah: Você perdeu esse direito há muito tempo, quando disse que ela não era sua filha, Arturo.
— Arturo: Eu não acredito que você vai deixar...
— Hannah: Eu vou deixar o quê?
— Arturo: Sua filha sem conhecer o pai, por orgulho.
— Hannah: Ela não vai ficar sem pai por muito tempo, vou me casar com o Noah.
— Arturo: Só nos seus sonhos que a minha filha vai chamar aquele imbecil de pai.
— Hannah: É isso que vamos ver.
— Arturo: Hannah, eu não quero brigar, eu também não: estou te pedindo muita coisa, apenas que você me deixe ver a minha filha.
Hannah ficou em silêncio.
— Arturo: Hannah, olha, eu não estou pedindo muita coisa, apenas que me deixe participar da vida da minha filha.
— Hannah: Já é muito tarde para isso.
— Arturo: Não é muito tarde, Hannah. Olha, confie em mim. Eu morei em um orfanato até os 9 anos, eu sei como é difícil viver sem os pais.
— Hannah: A última vez que eu confiei em você, eu engravidei e você me abandonou.
—Arturo: Olha, eu entendo que você esteja com muita raiva de mim, mas você tem que pensar na sua filha. Não é justo que ela cresça sem o pai por um erro dos pais dela.
Hannah ficou olhando para ele em silêncio. Alguns minutos depois, ela falou.
— Hannah: Olha, mesmo que eu quisesse, isso não vai funcionar. Eu moro em Nova York e você no México. São quatro horas de viagem.
— Arturo: Isso é o de menos, Hannah. Você pode morar aqui — fala brincando.
— Hannah: Você só pode estar maluco. Eu não vou deixar de morar em Nova York com os meus pais e os meus amigos para ficar aqui sozinha para o bonitão ver a filha que até ontem rejeitava. Arturo, se você quiser ver a sua filha, você que vá atrás dela. Acabou essa história, agora pode ir.
— Arturo: Então você deixou?
— Hannah: Você pode ver a sua filha com uma condição.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 30
Comments
Regina Novais
rsrsrsr engraçado esse arturo agora é pai affis
2024-01-21
8