CAPÍTULO 18.

Assim que acordo minha cabeça estava explodindo, meu deus porquê eu sou assim sempre fraca pra bebidas, me sento na cama e não vejo Liam, mas escuto ele no banheiro, a noite de ontem vem com tudo na minha mente, não acredito agi como uma pervertida essa noite.

-Meu amor.

Levo um susto na hora.

-Liam que susto.

-Tudo bem.

Estava com vergonha de olhar pra ele.

-Me desculpa por ontem.

-Pelo que fizemos algo juntos.

-Eu sei mas me joguei em você... Liam juro que não faço essas coisas quando bebo.

-Eu sei...não se lembra do dia que nos conhecemos, você me afastava de todos os jeitos.

Liam se senta do meu lado.

-Estamos casados, gosto quando faz isso...mas tem um problema.

-Qual.

-Não usamos camisinha, não deu tempo.

Encarro ele sem falar nada.

-Hailey...

-Sim...está tudo bem, não tem como eu ficar grávida, só faz duas semana e meia que não uso anticoncepcional, é só ficar calma.

Mentira estava apavorada, sabia que isso tinha alguma chance, Bella fazia faculdade de medicina, ela sempre falava sobre isso, mas não pode ser assim comigo...ou pode...

-Vou tomar um banho então saimos, podemos passar em uma farmácia.

-Claro...

-Vou marcar um ginecologista ainda essa semana, vou começar os estudos amanhã mesmo.

-Tabom...

Entro no banheiro, e bato na minha cabeça várias vezes, tento me convencer que isso não vai acontecer comigo, era pra eu ir hoje mas agora não me sinto bem, faço minha higiene pessoal, assim que estava tirando a roupa me olha no espelho e seguro minha barriga, uma felicidade entra no meu peito.

-Que isso mulher...loucura...loucura...

Expulso esses sentimentos, então tomo um banho rápido, assim que saio me visto, desço pego um café mas uma vez uma pensamento intrusivo vem a minha mente, café faz mal na gravidez não é...bato denovo na minha cabeça e viro o café todo que chega a queimar a boca.

-Hailey o que tá fazendo.

Olho pro Liam.

-Nada...nada porquê taria fazendo alguma coisa, o que você está fazendo.

Ele se aproxima de mim beija minha testa.

-Calma vai ficar tudo bem.

-Eu sei...acho melhor irmos.

Saimos de casa, Filipe nos leva até a farmácia, Liam sai do carro e depois volta em minutos ele entra.

-Filipe pode sair um minuto.

Filipe sai do carro então Liam me entrega o remédio e uma garrafa de água, olho pro remédio.

-O que foi...

Olho pra ele, me sentia culpada com isso, não posso tomar uma decisão tão seria sozinha, poderia não ser nada, mas se eu pensasse por outro lado, uma situação hipotética eu teria um bebê se formando em algumas semanas, mas se tomasse o remédio estaria expulsando ele daqui, olho pro Liam.

-O que você acha disso.

-Bem o corpo é seu...

-Para de falar como um advogado, fala o que você está sentindo...

Ele abaixa a cabeça por uns segundos depois me olha.

-Eu não quero que tome o remédio, pode ser que não aconteça nada...mas e se acontecer, não me sinto bem com isso Hailey, você é a unica mulher que nunca me preocupei em usar camisinha.

Fico aliviada em ouvir isso, também não queria tomar o remédio.

-Tudo bem então seja o que deus quiser...talvez não aconteça nada.

-Ótimo...

-Então vou marcar uma consulta no ginecologista semana que vem...

-Sim é bom, da pra saber em cinco ou sete dias.

Olho pra ele...

-Como sabe disso.

-Não é só você a garota das pesquisas.

Liam pega o remédio da minha mão e joga atrás do carro.

-Ei não joga lá, pode devolver e pegar seu dinheiro devolta.

-Ai Hailey... Filipe pode entrar.

Assim que Filipe liga o carro vamos pra um caminho diferente.

-Onde estamos.

-Vamos ver a familia da Amanda.

Minutos depois chegamos, era uma rua humilde mas muito bonita, saimos do carro.

-Qual é a casa.

-Aquela ali...

Liam aponta para o outro lado da rua, então vamos até a casa, Liam bate na porta e nada, ele tenta mais uma vezes, quando uma mulher abre.

-JÁ DISSE QUE NÃO TEMOS NADA PRA FALAR VÃO EMBORA...

Ela estava fechando a porta, mas Liam coloca a mão.

-Sou o advogado da sua filha podemos conversar.

Ela olha pra nos parecia tão assustada, mas abre a porta entramos.

-Marta o que está fazendo.

O homem parece furioso.

-Clóvis é o advogado da nossa filha.

-Sr.Miller e um prazer me desculpe...está uma loucura todos os dias fica aparecendo um repórter na nossa casa, meus netos nem podem mais ir a escola.

-Está tudo bem...eu entendo.

-Podem vir pra sala.

Seguimos eles e vejo as crianças.

-Miguel leve o Simon pro quarto...não deixa ele sair.

-Vovó...

-Agora...

Os dois saem, então nos sentamos.

-Querem alguma coisa.

-Estamos bem.

-Sr.Miller minha filha, vai poder ajudar ela não vai...

-Não é tão simples, ela confesso o assinato.

-Mas aquele desgraçado batia nela, eu como pai me sinto culpado, deveria ter protegido ela, mas não sabia de nada, ela se afastou de nos as crianças não viamos a um ano, e ai do nada foi uma bomba.

-Como posso chamar os dois.

-Pelo primeiro nome.

-Então Marta, Clóvis... vou ser direto a filmagem que tem pode ajudar a filha de vocês.

Os dois parecem surpresos mas bem nervosos.

-Não sabemos do que esta falando.

-Amanda nos falou sobre uma filmagem, o que a nela, tem indicios delas, mas não acharam.

Os dois se levanta na defensiva.

-Acho melhor irem embora, não temos nada pra falar.

-Senho...

-VAI EMBORA...

-FUI EU... EU MATEI O PAPAI, ELE TAVA MACHUCANDO A MAMÃE, TODO DIA..

Olho e fico chocada, não era o mais velho e sim o mais novo.

-Simon... não escutem ele, ele não sabe o que fala é um crianças.

-Clóvis, Marta se for isso mesmo ele não teria problemas, ele é uma criança o juri veria isso, agiu para defender a mãe.

Marta começa a chorar.

-Nossa filha não quer isso.

-Ele pode pegar vinte anos ou até perpétua, não tem provas de legítima defesa, as filmagens mostram isso, querem mesmo isso, tudo que me falarem aqui não sai daqui, como advogado meu dever e defender minha cliente, então me deixem ver as filmagens, posso dizer o que podemos fazer.

Os dois se olham, pareciam tão cansados.

-Tudo bem...Miguel vai pro quarto e tranca a porta... não quero que saiam de lá.

Os dois sobem, então Clóvis se levanta e sai da sala.

-Me prometam que isso não vai sair daqui, sem a autorização da minha filha.

-Não se preocupe...

Assim que Clóvis volta com o notebook na mão, coloca na mesa ele respira fundo e da o play no vídeo, era um vídeo horrível, aquele homem batia em Amanda sem para, mas do nada escuto o disparo, Simon se aproxima e atira sem parar, o restante do vídeo Amanda limpava tudo, era muito triste ver isso, que situação horrível pra essa familia, mas as filmagens só mostram que ela realmente tinha chance.

-O que acha...

-Tenho certeza que não acontecerá nada com ele, o juri veria isso, claro que tentariam acusar ela de omissão, mas não daria nada.

-Mas a fixa dele.

-Posso garantir que isso não vai ficar marcado na fixa dele.

-Não podemos tomar uma decisão sem a Amanda, ela que tem que escolher.

-Tudo bem eu vou falar com ele.

-Porfavor ajuda minha filha, convença ela se tem essa chance, faça isso.

-Eu vou fazer...

Saimos da casa deles e voltamos pro carro.

-Hailey tudo bem.

-Isso é muito triste, é só uma criança Liam, o que deve estar passando pela cabeça dele.

-É realmente e muito difícil, vamos ao presidio agora, tudo bem.

-Não precisa marcar horário.

-Sou o advogado não preciso disso, e bem sou Liam Miller.

-Tambom senhor convencido.

Alguém bate no vidro do carro, olho e vejo um homem Liam sai do carro, abro a janela um pouco.

-Sr.Carter o que faz aqui.

-Estava com a familia da sua cliente, falou com eles o que disseram.

-Não sei o que quer ouvir.

-Sabe muito bem do que estou falando, e as crianças.

-Não sei... porquê não vai falar com eles, a é mesmo não pode fazer isso, e ilegal.

-Por que não nos ajudamos...

-Não faço negocios com você, mas foi bom vê-lo.

Liam volta pro carro, então Filipe dirige.

-Quem era aquele homem.

-Thomas Carter, um promotor.

-Parece que não gosta dele.

-Bem é um ciclo vicioso.

-Como assim.

-Advogados não gostam de promotores, e promotores não gostam de advogados.

-Não sabia disso.

-Bem eu penso assim...mas se seguir com o plano dará tudo certo pra ela.

-Mas acha mesmo que ele sai ileso disso.

-Claro que sim, ele é uma criança... e ágil com a emoção pra proteger a mãe, não foi premeditado...foi uma criança protegendo sua mãe...

-Espero que esteja certo.

Algumas horas depois chegamos ao presidio.

-Vamos.

Saimos do carro e entramos com facilidade, assim que estavamos na mesma sala, alguns minutos depois vemos Amanda ela parecia péssima, o guarda a coloca na cadeira e sai.

-Aconteceu alguma coisa.

-Falamos com os seus pais.

-Não era pra fazer isso...eu disse...

-Já sabemos a verdade.

-Não... não pode falar pra ninguem.

-Não vamos falar, como seu advogado não vou falar nada.

Ela começa a chorar.

-Amanda isso pode ajudá-la a sair daqui.

-Mas o meu filho...ele só uma criança.

-Extremamente uma criança que fez algo pra proteger a mãe, ele não fez nada premeditado, estava apenas te protegendo.

-Não posso fazer isso... e minha culpa...deixei chegar a isso, meu filho matou o próprio pai pra me proteger, fez algo que eu mesma não tive coragem, não posso fazer isso com ele...sou eu que deveria ter protegido eles, não ao contrario...mereço estar aqui...mereço ser condenada...

Sei que deveria ficar calada, mas não consigo.

-Amanda... sei que é dificil, mas o que acha pior viver aqui... ou viver longe dos seus filhos sabendo que tem uma chance de ser livre...

-Você tem filhos... se não, não sabe como é.

-Não tenho filhos, mas faria tudo pra viver com eles se tivesse, vocês não tem culpa, somente ele aquele homem fez coisas horríveis, se ficar aqui ele ganha, não pode escolher ficar aqui eles precisam de você mas do nunca.

Ela chora ainda mais, como Liam consegue fazer isso.

-Eu preciso pensar.

-Seja rápida seu julgamento será logo, se não fizer isso a tempo, não poderá fazer mais nada se for condenada, levará muito tempo pra aceitar qualquer outra prova.

-Ligo pro senhor amanhã, só preciso de um tempo.

Ela se levanta e vai até a porta, olho pro Liam.

-Vamos sair daqui...

Saimos de lá, assim que chegamos do lado de fora olho pro Liam.

-O que vamos fazer agora.

-Esperar... só resta esperar.

-Espero que ela tome a decisão certa.

-Também espero...vamos pro escritório agora...

Seguimos o caminho pra empresa, durante o dia estava com a cabeça muito cheia, realmente nunca poderia ser uma advogada de fato, essas coisas mexiam comigo, o dia de hoje passa voando, então me levanto vou até a sala de Liam assim que entro vejo ele com a mão no peito seu rosto parecia de dor, o que me faz lembrar de ontem ele estava do mesmo jeito mas estava disfarçando.

-Meu amor... tudo bem.

Ele me olha finalmente e posso ver ele disfarçando denovo.

-Sim tudo sim...

Liam se levanta.

-Acho melhor irmos pra casa, amanhã você terá um dia cheio.

-Sim, não conversamos sobre isso, como vai fazer sem secretária.

-Vou ficar bem, e também Karla volta próxima semana, consigo me vira bem.

-Mas já ela não acabou de ganhar o neném.

-Sim ela me ligou agora pouco, conversei com ela, então ela vai trazer o bebê esses dias.

-Ela é muito esforçada.

-Sim, não ia querer colocar outra pessoa além de vocês duas.

Ele para de falar, então chego perto dele.

-Liam o que tá acontecendo.

-Não e nada, não se preocupe...

-Como não vou me preocupar, você parece com dor, fala comigo prometemos não esconder nada um do outro.

-Isso é normal, estou bem agora vamos embora..

Liam e eu saimos da empresa, mas não iria esquecer isso... No outro dia acordo cedo estava animada pro meu primeiro dia não sabia como seria mas iria me esforçar ao maximo, me levanto vou até o banheiro faço tudo como sempre tomo um banho, saio e me visto, quando estava saindo recebo uma ligação de Bella.

LIGAÇÃO...

-Bella tudo bem.

-Sim estou bem, liguei pra falar que o Evan vai ficar.

-Isso é ótimo, estou muito feliz por vocês.

-Obrigada... foi graças a você.

-Não fiz nada de mais, só disse a verdade...

-Mas mesmo assim obrigada, hoje é seu primeiro dia não é.

-Sim, vou fazer a o mestrado e a graduação juntos.

-Não é muita coisa.

-Sim, mas será mais facil pra mim.

-Sei que vai conseguir, você sempre foi muito esforçada...

-Estou feliz por você Hailey.