Capítulo 5

Celina

Às 00: 02 h da manhã, termino meu terço da meia-noite, me levanto do banco da pequena sacristia do convento e saio para a cozinha para preparar alguns pães para o nosso dejejum, pois todas as refeições são preparadas por nós noviças.

Com agilidade, preparo a massa e deixo descansando alguns minutos antes de colocar no forno a lenha. A primeira fornada está cheirando muito gostoso. Lembro que minha irmã Júlia hoje não apareceu no terço e assim preparo uma bandeja com alguns pedaços de pães e leite. Vou levar para ela, com certeza não deve estar se sentindo bem.

Pego uma vela e saio nos corredores longos e gelado do monastério. Chegando em frente ao quarto de Júlia, sinto um calafrio e um arrepio estranho pelo meu corpo que eu nunca senti. Abro a porta devagar, para não acordar a irmã Jéssica que dividir o quarto com Julia e vejo as duas dormindo embrulhadas do pé a cabeça, que é estranho porque o clima não está tão frio assim, me aproximo da cama de Júlia e toco seu corpo e acho estranho ela tá dura, retiro o lençol para vê se minha irmã está bem e para minha surpresa ela não está lá. Levanto-me da cama dela rapidamente com a mão na boca.

Celina_ Meu Deus, Júlia, minha irmã, onde você se meteu, minha nossa senhora. Corro para a cama de Jéssica, me certificando se a mesma estava ali, e como já era de se esperar, Jéssica sempre apoiou as loucuras de Júlia. Se eu bem conheço a desmiolada de minha irmã, ela com certeza está aprontando alguma coisa. Jesus amado, que Deus proteja elas em qualquer lugar que elas estejam.

Eu fico ali no quarto aguardando elas chegarem, pois estou muito preocupado com elas. Fico ali até adormecer na cama de Júlia.

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...Ainda na boate....

Uriel

Gosto de vê-la se debatendo e pedindo ajuda. A pequena garota parecia um bicho assustado, como se nunca tivesse em um ambiente fechado. Ela é sexy, linda e pequena da forma que eu gosto.

Enfim, quando ela decide observar o que há no ambiente à sua volta, seus olhos de esmeralda encontram os meus. A menina dá um pequeno pulo para trás, assustada, já que não esperava encontrar mais alguém aqui, e leva as mãos ao coração, abrindo seus lindos olhos.

 Sua face está, nitidamente, carregada de medo, por encontrar um desconhecido ali no mesmo ambiente que ela.

Julia

— Quem... é, quem é você? — perguntou nervosa, gaguejando.

Ela deve estar brincando com minha cara, só pode, ela realmente não sabe quem sou? Talvez esteja fingindo, ou bancando a fingida. Se estiver, é uma excelente atriz, mas acredito que não seja atuação.

Não, ela não está fingindo. Meu Deus! Como é linda! Vendo-a assim, tão de perto, consigo notar que ela carrega consigo algo diferente. Mas não sei o que é. Mas que diabos! O que é isso? Essa mulher é uma fada, uma ninfa ou algo do tipo, pois meu coração palpitou ao ouvir sua voz e eu senti um choque percorrer todo o meu corpo.

_ Eu perguntei quem é você. Por que me prendeu aqui?

Eu me aproximo mais. E ela dá passos para trás até bater com seu corpo contra a porta, e eu rio por dentro, pois a pequena fada é assustada também.

Foi você quem pediu para aqueles homens me arrastarem à força para essa caverna?

Uriel_ Desculpe os modos do meu segurança. Sim, eu solicitei a sua presença aqui.

_ Por quê, você pensa que eu não paguei a entrada?  Sua pergunta me surpreendeu, ela não tem noção de quem eu sou mesmo.

_Senhor, eu sei que eu não tenho muitas condições, mas eu sou honesta, tá? Pode perguntar o segurança ali na porta, eu paguei direitinho, agora me deixe ir, eu desejo voltar. A chave da porta está com o senhor? Abra-a, por favor, minha amiga deve estar muito preocupada.  Pediu com educação.

 Balanço a cabeça, negando, e isso a deixa assustada. _ Não pode me manter presa aqui, eu já falei que paguei para entrar  Diga o que fiz para merecer esse tratamento.

É possível que uma pessoa seja tão inocente no mundo de hoje? Será que essa garota não percebeu que eu tenho interesse nela.

Uriel_ Você chamou a minha atenção, garota, não percebi que te quero por essa noite, e digo mais, você não terá escolhas, você não pode fugir.

_Você me quer? Como assim, você está maluco? É algum tipo de psicopata?

Uriel_ Garota, eu não quero jogar. Não é possível que ela seja tão pura, como aparenta ser.

_Desculpe, senhor, não estou intendendo. Jogo? Eu só quero ir embora, senhor, por favor, me deixe ir, eu juro que não vou voltar mais aqui, eu juro pela minha santinha que só, vou chamar minha amiga e saio voando daqui.

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