Ei! Quem é você? Onde estão Daniel e o avô dele? Pergunta Yasmin surpresa.
- Daniel? De quem está falando? Eu não encontrei ninguém aqui, na verdade eu me perdi, meu cavalo me deixou aqui sozinha, e eu esperei que aparecesse alguém... Para me dizer pra onde devo ir... Diz Jordana.
Yasmin percebe logo que Jordana não era dali, e trata de explicar.
- Olha, eu nunca vi você, nem no povoado, e nem em lugar algum por aqui.
- Olha, meu nome é Jordana, eu cheguei de viagem recentemente, briguei com minha mãe, e sai de casa... Como já te falei.
- Esta casa é do meu amigo, bem... Eu poderia dizer que somos namorados... Nossa que vergonha! Eu venho trazer todos os dias comida para ele e o avô dele, o senhor Ramon.
Não era difícil de entender o por quê ela ter de levar comida para aquelas pessoas que moravam ali, dava para ver que eram pessoas bem simples, e a moça parecia ser simples também.
- Escuta... Qual o seu nome? Pergunta Jordana.
- Eu me chamo Yasmin... Seu nome é Jordana, não é isso que você tinha dito?
- Sim, sim.. Sou filha do Dr Sebastião, o dono da fazenda...
Yasmin fica surpresa, e ao mesmo tempo preocupada.
- Ei , o Daniel foi com seu pai! Aliás ele veio com o seu pai até aqui! Onde eles foram?
Para Jordana então estava muito claro que Daniel e o senhor que Yasmin havia falado, eram os que moravam ali naquela tapera.
- Olha Yasmin... Eu acho que sei o que aconteceu, minha mãe disse antes de eu sair de casa, que o senhor que morava aqui havia passado mal, e que meu pai havia levado ele para o hospital, seu namorado Daniel deve ter ido junto. Explica Jordana.
Yasmin era desconfiança total, Os boatos que corriam pelo povoado eram de que Sebastião e Nazaré, sua esposa, não eram nada boas pessoas.
- Yasmin, como eu posso chegar na minha casa ? Por favor! Eu não conheço nada por aqui.
- É ! Favor se faz a qualquer pessoa, olha, vem comigo, eu vou te levar até a sua casa, vamos logo, antes de escurecer...
Jordana agradece e as duas seguem adiante.
No caminho, Yasmin relata sua preocupação com o velho Ramon, mas Jordana a tranquiliza, pois se o seu pai levou ele para o atender, com certeza tudo ficará bem, pois seu pai era um grande médico.
Indiscreta, Yasmin pergunta algo meio na lata para Jordana.
- Olha, é verdade que os seus pais são ... Pessoas ruins? É o que se fala no povoado desde quando chegaram aqui.
- Yasmin, olha... Meus pais gostam de ajudar as pessoas, isso é apenas boato, se bem que minha minha mãe, é um pouco mais difícil... Mas definitivamente ... Meu pai não é assim.
- É... Realmente as pessoas falam muita coisa. Diz Jasmin.
- Olha Yasmin, nós poderíamos ser amigas, achei você muito legal, provavelmente eu vou morar aqui mesmo, duvido que meu pai me deixe voltar Para os Estados Unidos, Mas também, eu mereço...
- O que você fez? Pergunta Yasmin curiosa.
Jordana então conta para a moça o que havia acontecido, a caminhada que era longa, acaba se tornando prazerosa, e as duas acabam se entendendo muito bem.
- Pronto Jordana, está entregue! Ali é a sua casa.
- Yasmin, não quer entrar? Você é muito bem vinda!
- Não Jordana, acho melhor não!
- Menina! Que bobagem... Assim você tira de vez a imagem negativa que tem na sua cabeça da minha família...
Mas a moça ainda assim, se nega.
- E você vai voltar toda esta distância a pé? Não mesmo....
Jordana insiste, até Yasmin aceitar ir.
Nazaré ao ver a filha chegando em casa, corra ao seu encontro e lhe abraça.
- Jordana! Por que fez isso? Sair de casa daquele jeito? E quem é esta moça?
- Mamãe, eu achei que a senhora iria ficar do meu lado, iria me entender, mas discutimos e eu me aborreci... Esta é a Yasmin, uma moça do povoado, ficamos amiga...
- Yasmin... Olha garota, obrigado por trazer minha filha para casa tá bom! Já pode ir...
- como assim? Como já pode ir? Ela me ajudou a encontrar o caminho de volta para casa, que a senhora sequer saiu para me procurar!
- Eu mandei os peões procurar você! O que queria que eu fizesse? Me embrenhar no mato também? diz Nazaré.
Jordana se volta para Yasmin...
- Sabe o caminho de volta para o povoado?
- Sei sim... Pode deixar que eu vou pra casa só... Eu disse que poderia voltar sozinha...
Jordana vai para dentro de casa, pega a chave da caminhonete, e logo sai do lado de fora com uma mala...
- O que significa isso Jordana? Pergunta Nazaré.
- Vem comigo Yasmin, vem comigo... Eu acho que tudo que dizem sobre minha família é verdade, vocês não ligam para nada além das aparências, não é a toa que o povoado todo deu a fama de vocês como pessoas ruins...
Jordana caminha até a caminhonete, e Yasmin vai com ela.
- Jordana ! Jordana! Volte aqui! Estou mandando! Gritava Nazaré, mas em vão.
Jordana volta para o povoado com Yasmin.
- Esta garota, só faz o que dá na telha! Que irresponsável! Quando sebastião chegar...
Yasmin indica para Jordana onde fica o caminho para o povoado e ela segue por ele.
- Eita! você é bem maluca viu! Falar com sua mãe daquele jeito!
- Minha mãe só quer saber das aparências Yasmin... Eu deveria ter me aberto apenas quando meu pai chegasse... Mas enfim... Será que ... Posso ficar na sua casa até amanhã?
- O quê? Na minha casa? Pergunta Yasmin surpresa.
- É só até amanhã! Por favor! Amanhã meu pai chegará, e receberei minha sentença...
Yasmin fica sem saber o que fazer, convencer sua mãe , será um grande problema, contudo não poderia deixar a nova amiga desamparada...
Elas duas chegam em casa,e como esperado, foi difícil, mas a mãe de Yasmin permitiu, após saber que a nova amiga de sua filha era filha dos donos da fazenda.
Mais tarde, antes de dormir, as duas conversam e se conhecem melhor, Jordana fica comovida com a história da jovem humilde, que trabalha como faxineira na igreja, pesca, se vira para sustentar a casa, uma realidade bem diferente daquela que ela enfrentava, vivendo com muito conforto.
- Yasmin, eu vou te ajudar, se eu ficar aqui na fazenda, eu vou fazer o que puder você, e vou ajudar o seu namorado e o avô dele também...
- Jordana, Não precisa, eu não quero ajuda, eu gosto de trabalhar, o Padre Alberto é muito legal, e gosto de limpar a igreja, eu só quero sua amizade... Diz Yasmin.
Nazaré estava furiosa na Fazenda com a rebeldia de sua filha, sem saber o que havia acontecido com Heitor o capataz que havia desaparecido, e seu marido, ela não sabia qual era o empenho dele em ajudar aqueles dois, do qual alencar apenas havia pedido que ajudassem com alimento.
Enquanto isso no hospital...
Sebastião pensava no que havia feito ajudando e ganhando a confiança de Daniel e do avô.
- É... Com toda certeza,eu ganhei a confiança do selvagem e do velho quando acordar, eles vão comer na palma da minha mão... O filho do Alencar... se o selvagem soubesse que é herdeiro de um cara tão rico.... Eu tenho de me beneficiar disso, se tenho!
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Atualizado até capítulo 46
Comments
Ana Geraldina
Meu Deus o homem é médico fazendeiro e ainda quer mais.Quanta ganância.
2025-02-20
0
Joelma Portela
eu sabia que por trás dessa ajuda tinha algo de interesse .
2023-12-31
2
Thaliaa Vieira
Nossa pensei que o Sebastião fosse bom, mais me enganei! porque as pessoas não podem ajudar as outras de boa vontade e sim com interesses em cima
2023-12-19
3