Capítulo 7

Tic tac! tic tac! tic tac!

As horas não estavam passando, mais sim correndo, o dia logo virava noite, o fim de semana logo chegou, Olivia passou toda a semana com o pai na empresa, para quem há dois meses não saia de casa agora mais que nunca ela precisava se atualizar e esta por dentro de tudo, ela era muito esforçada então logo conseguia realizar qualquer tarefa designada a ela.

Depois da visita de Fred o seu pai subiu e lhe entregou a caixinha com o anel, ela no início não se importou mais depois de muita conversa resolveu usa-ló, o anel era lindo e era muito notável pelo brilho da pedra, cada dia que passava só a deixava mais certa do seu destino.

Quando saiu da empresa no sábado já era quase oito horas da noite, ela ficou para terminar de ler e assinar os documentos que faltavam, estava tão focada que não viu a hora passar, finalizou tudo e desceu, despediu-se do segurança com um sorriso, que logo sumiu ao ver quem estava do lado de fora.

Fred estava encostado no seu carro, ela fingiu não o ver, Fred abriu um sorriso e balançou a cabeça negativamente.

Fred: Entre no carro!

Olivia o ignorou.

Fred: Olivia, entre no carro.

— Está tudo bem senhora? — O segurança lhe pergunta

Olivia: Sim.

Ela seguiu e entrou no carro, sabia que devia evitar problemas.

Olivia: O que você quer Fred?

Fred: Jantar com a minha noiva

Olivia: Fala sério

Fred: Estou falando

Olivia: Porque a mudança repentina? Não queria se quer que a impressa soubesse de “nós” e agora quer me levar para jantar?

Fred: É, até a minha mãe retornar de viagem, e de fato por mais que ela fale demais, tem razão em algumas coisas, quero evitar todo o falatório.

Olivia: Tanto faz, aonde vamos?

Fred: Você vai vê quando chegarmos.

O restante do caminho foi em total silêncio, o lugar que ele havia escolhido era um dos mais bem frequentados, logo que chegaram foram levados até a mesa reservada, o vinho escolhido logo foi servido e os seus pedidos realizados, as pessoas os olhavam como se fossem a nova atração, os dois herdeiros jamais vistos juntos, sem contar que aquele anel no dedo dela só tornava tudo mais suspeito, aquilo ali já era a nova novidade.

Olivia: Acho melhor conversamos sobre qualquer coisa, as pessoas não param de nos olhar.

Fred: E isso te incomoda?

Olivia lhe dá um sorriso e bebe um longo gole do seu vinho.

Olivia: Sim, me incomoda.

Fred: Posso fazer uma pergunta um tanto pessoal?

Olivia: Já que estamos aqui, pode ir em frente.

Fred: Como era a Ava?

Olivia suspira e da mais um gole na sua bebida.

Olivia: Ela era demais, nós eramos muito diferente apesar de sermos iguaizinhas, ela era dona de uma personalidade forte, tenho certeza que ela faria você se apaixonar por ela em poucas horas, te convenceria que tudo isso tem um lado bom.

Fred: E você não tenta por quê?

Olivia sorrir e volta a olha-ló com um sorriso ainda nos lábios, o garçom vem com os seus pedidos, assim que ele sai Olivia continua

Olivia: Ava era sonhadora, se casar e tudo isso, sem contar que ela sempre quis agradar ao nosso pai, eu nunca precisei, sempre mantive os meus pés em terra firme.

Fred: E por que ela teria que agrada-ló?

Olivia: Tem coisas que não vem ao caso, mais de fato a nossa mãe sempre foi muito apegada a Ava, ela era a sua primogênita, o meu pai e eu, bem, desde que me lembro ele quem trançava o meu cabelo, e me colocava na cama, que me dava total atenção enquanto a mamãe levava Ava a evento e festas ainda criança, ela dizia que nós duas juntas dava muito trabalho, eu de fato nunca me importei, sempre tive o meu pai comigo e percebemos que tínhamos muito em comum, ele me ensinou tudo que sei.

Fred: Mais você não sentia falta da sua mãe? Tem coisa que só uma mãe pode resolver.

Olivia: Não posso ser hipócrita e dizer que não sentia falta dela, qualquer garota se espelharia na mãe, como não há tive presente usei o meu pai como espelho.

Fred: Mais quem te orientava? Tem coisa que só mulher sabe como funciona.

Olivia: Como te falei o meu pai, bom, ele sempre me orientou apesar de ser homem, ele sempre me deixou a par que eu e tornaria moça um dia e como acontecia, e alguns assuntos tratávamos direto com uma ginecologista.

Fred: E você nunca tentou agradar a sua mãe? Chamar atenção?

Olivia: Por um tempo, sim, mas depois aceitei, nós não tínhamos nada em comum, e tudo bem.

Fred: Superar e seguir em frente.

Olivia: Isso, basicamente isso.

Ela bebe mais um pouco de vinho e mexe no colar.

Fred: Por que usa dois colares iguais?

Olivia: Um era da Ava, passei a usar depois que ela se foi.

Fred: Desculpe, eu não sabia.

Olivia: Tudo bem, eu não escondo eles.

Eles terminam a refeição.

Olivia: Se me der licença preciso ir até ao banheiro.

Fred: Fique a vontade

Assim que ele entra no banheiro duas mulheres param de falar rapidamente, ela faz o que tem que fazer e retoca a maquiagem ainda com as mulheres meio que a encarando.

Olivia: Algum problema?

— Não dissemos nada

Olivia: E nem precisam.

Ela retorna a mesa e a sobremesa já foi servida.

Olivia: Podemos ir?

Fred: Ainda não acabamos, sente-se

Ela senta-se e cruza as pernas olhando fixamente para ele.

Olivia: Eu não sou uma das suas marionetes Fred, vamos lá, me diga o que quer com tudo isso?

Ele puxa a cadeira para mais próximo dela.

Fred: Tornar público tudo isso.

Olivia: Já fizemos isso, saímos e jantamos, agora vamos embora.

Fred: Não iremos sem antes darmos um beijo.

Olivia: Você bateu a cabeça em algum lugar? Eu não vou beija-ló.

Fred: Sim você vai, só fique parada.

Ele acaricia a sua face e para a mão no seu queixo, eles se encaram, então os seus lábios se unem em um beijo calmo e terno, quem via de fora com toda certeza diria que são um casal apaixonado, ela se afasta e ele lhe da mais um pequeno beijo.

Fred: Agora podemos ir.

Ele pede a conta e com tudo certo, estende a mão para ela que a pega, então juntos saem, o carro já está esperando por eles, então entram e vão embora.

Olivia: Não fará mais nenhum showzinho desses sem antes me falar.

Fred: Será bom para nós dois, os nossos negócios despencaram se souberem desse contrato de casamento.

Olivia: Não me importo

Fred: Eu me importo, não sabe como me dediquei para chegar onde estou e não sairei por causa de você ou da sua família.

Olivia: Por que me odeia tanto, eu não fiz nada a você

Fred: Mais o seu pai fez.

Olivia: Pare o carro, pare, eu quero descer.

Fred: Você não vai a lugar nenhum.

Ela tenta abrir a porta, Fred encosta o carro e vira para ela com fogo nos olhos.

Fred: O que droga você está pensando? Quer morrer?

Olivia: Me deixe em paz, eu não quero você perto de mim, eu te odeio, te odeio, odeio tudo isso.

Fred: Me odeia, é?

Ela abre a boca na intenção de falar algo mais é pega de surpresa pelo beijo quente que Fred lhe dá, ela tenta resistir, mas é como se nenhum dos seus sentidos respondessem ao seu comando.

Esse beijo é diferente do que deram no restaurante, é um beijo com fogo e necessidade, Fred intensifica o beijo e a puxa para ele, Olivia deixar sair quase que um gemido abafado, ele passa a mão pela cintura e a puxa para o seu colo, Olivia está tão perdida pelo momento que se quer se dá conta do que está acontecendo, só então quando ela sente a sua ereção ela se afasta ainda ofegante.

Ele se aproxima dela novamente e a beija, os lábios dela era como um ímã

Olivia: Não podemos fazer isso, o que estou fazendo.

Ela resmunga e Fred continua brincando com os seus lábios, a ereção dele só aumenta.

Olivia: Me leve para casa.

Ela senta novamente no acento e Fred se recompõe sem dizer uma única palavra, quando ele chega a mansão ela praticamente pula do carro sem dizer uma única palavra, ela entra e vai direto para o seu quarto jogando a bolsa em cima da cama e fecha os olhos, até que uma batida na porta atrás de volta a realidade.

Olivia: Sim?

Alexander: Posso entrar?

Olivia: Claro que sim papai

Alexander: Vi uma notícia na internet, você e o Fred em um restaurante, quer conversar?

Olivia: Não, nada mudará isso! Tudo aquilo só faz parte do show.

Alexander: Pela foto não parecia

Olivia: Papai eu não quero falar sobre isso.

Alexander: Tudo bem filha, mas talvez com um tempo de casados vocês consigam se apaixonar um pelo outro.

Olivia: Não, você sempre soube qual tipo de homem eu escolheria para mim, sempre fomos francos um com o outro, mais você me usou papai, como uma maldita moeda de troca.

Alexander: Olivia

Olivia: Chega, eu estou cansada de tudo isso! Por favor, me deixe sozinha.

Alexander: Filha

Olivia: Saia papai, por favor.

Alexander beija a testa da filha e sai do quarto, assim que a porta se fecha ela pega o celular para vê do que o seu pai falava, ela olhou para a foto dos dois se beijando, a foto se repetia em vários sites com diferentes legendas, ela jogou o celular na cama e deitou-se.

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