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Contrato Prazeroso

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Capítulo 6

Quando Fred estacionou, Pietro já estava o aguardando, ele saiu e jogou a chave para o amigo.

Pietro: Quer me contar o que está acontecendo?

Fred: Você já sabe.

Ele continua subindo as escadas e Pietro vem logo atrás dele.

Fred: Aquela é... Ela é a filha do Alexander Benny, é com ela que vou me casar.

Pietro: Cara e por que esta triste? Até eu casaria com um belezura daquelas.

Fred: Eu não há amo, não gosto dela e não a suporto, não fui eu quem a escolheu.

Pietro: Você sempre leva tudo a sério demais, no contrato não diz quanto tempo deverão ficar casados, ou diz?

Fred para de andar, isso era algo que ele não havia de fato pensado.

Fred: Eu não lembro de ter lido algo assim no contrato, relerei amanhã

Pietro: Ótimo, se não houver case-se quanto antes, aguente a farsa por uns seis meses ou um ano, depois peça o divórcio, pessoas casam e se separam diariamente.

Fred: Finalmente saiu algo que preste de você

Pietro: Eeeeei… Acho melhor eu ir indo, só vim buscar o meu xodó.

Ele diz balançando as chaves no ar.

Fred: Te vejo segunda na empresa.

Pietro: Ok, boa noite, princesa

Fred sobe para o seu quarto e vai para o banheiro, ele se prepara para dormir, ao deita-se na cama com uma mão atrás da cabeça não deixa de pensar no jeito que Olivia estava, o jeito que se vestia, a lembrança do dois no carro, o quanto estavam próximo ele balança a cabeça negativamente tentando se convencer, ela era tudo, menos alguém que ele escolheria para passar o resto da sua vida.

Ele se mexia de um lado para o outro, não conseguia fechar os olhos sem lembrar dela beijando outro, ele desceu para o escritório e pegou o contrato rezando para não ter nenhuma cláusula sobre o tempo que ficariam casados, ele leu minuciosamente cada palavra, quando finalmente terminou de ler se deu por satisfeito, não havia nada sobre quanto tempo o casamento deveria durar, ele podia se casar e se separar no mesmo dia se quisesse, porém, algo a mais passou pela sua cabeça.

— Não vou deixa-lá livre até que o seu pai aprenda a não brincar com os outros.

Fred se convenceu que Olivia deveria pagar pelo erro do seu pai, ele guardou o contrato e subiu, o dia já estava nascendo, ele tomou um banho gelado e foi para a mesa onde o café da manhã já estava sendo posto.

Artur chegou a mesa e se espantou com a presença do filho tão cedo.

Artur: Caiu da cama?

Fred: Bom dia para você também pai

Artur: Bom dia, filho, o que faz acordado tão cedo?

Fred: Estava pensando, essa história de casamento…

Artur: Filho

Fred: Me deixe terminar

Artur apenas fica calado e espera que o filho continue;

Fred: Já que terei que me casar, já poderíamos marcar logo a data

Artur: Está falando sério?

Fred: Claro, quanto antes, por favor, pensei em daqui a duas semanas, o que o senhor acha?

Artur: Assim tão depressa?

Fred: Teremos que fazer isso de qualquer jeito, então quanto antes melhor, e antes que eu esqueça, será um casamento reservado, apenas família.

Artur: Mais filho quando a mídia ficar sabendo que você se casou praticamente escondido, o que vão inventar

Fred: Isso é a menor das minhas preocupações, pedirei para a minha secretária organizar tudo, teremos apenas uma recepção e nada de lua de mel.

Artur fica calado, depois de alguns minutos ele olha para o filho.

Artur: Temos que ir a casa dos Benny, ele tem que concorda com tudo isso

Fred: Ótimo, então vamos agora

Artur: Agora? Hoje é domingo.

Fred: É, eu sei, e isso não quer dizer nada, vou subir e já iremos

Ele para no meio do caminho.

Fred: Aliás, pai, voltarei para a minha casa, o meu irmão já saiu da reabilitação e não vejo mais motivo de continuar aqui

Artur apenas concorda com a cabeça e Fred sobe.

Há alguns meses, Edgar o irmão de Fred teve uma overdose o que quase o levou a morte, depois de finalmente conseguirem estabilizar, o internaram para que pudesse se livrar do vício, o que não era uma tarefa fácil, a família mais do que nunca se manteve unida, apesar de terem as suas diferenças a família ainda era o bem mais valioso.

Quando Fred retornou o seu pai já o aguardava, então saíram para a mansão dos Benny.

Olivia acordou com um leve dor de cabeça, mal sabia ela que só iria piorar, ela viu a mensagem que Anne havia mandado, ele respondeu vagamente que estava tudo bem, sabia que uma hora ou outra ia ter que conversar com a amiga, jogou o telefone de lado e levantou-se, fez a sua higiene, tomou um banho, colocou um biquíni, o sol estava bom e hoje ela queira poder aproveitar um pouco da companhia do pai.

Quando desceu para o café, os seus pais já estavam acabando a refeição.

Olivia: Bom dia

Alexander: Bom dia, filha, desculpe por não espera-lá, não imaginava que viria tomar café da manhã conosco

Olga: Nunca sabemos o que esperar dela.

Olivia: Papai vamos um pouco na piscina, o que me diz?

Alexander: Vou me trocar e já te encontro lá

Alexander sobe e Olivia toma apenas um suco.

Olga: Não tem só o seu pai aqui

Olivia: A senhora nunca vai a nada quando te chamo, eu até entendo mãe, a Ava sempre foi a sua preferida, por mais que eu me esforce você nunca me olhará como olhava para ela e tudo bem, agora se me der licença eu já vou indo.

Olga abre a boca para falar algo mais logo a fecha.

Todos sabiam que Ava era muito parecida com Olga, as duas viviam em salão, spa e compras, as duas adoram gastar, já Olivia sempre acompanhou o pai, nos negócios ou em qualquer tipo de evento que ele a chamasse para ir, eles tinham um certo vínculo e eram muito parecidos, ela de fato era o filho homem que ele nunca teve.

Olivia tirou o seu vestido e entrou na água, logo Alexander juntou-se a ela, eles ficaram ali por alguns minutos apenas aproveitando a companhia um do outro.

Alexander: Os Villar estão vindo aqui

Olivia: Nem de domingo tenho paz! Afinal, o que eles querem?

Alexander: Já saberemos

Olivia: Quando falou com eles?

Alexander: Quando fui me trocar e pelo tempo devem esta chegando

A empregada traz uma limonada e Alexander vai até a mesa e se serve.

Alexander: Aceita?

Olivia: Sim, já estou indo aí.

Olivia sobe as escadas e sai da piscina quando a sua mãe aparece e para o seu azar ela não esta sozinha, junto está Artur e Fred.

Fred a olha e ela logo cobre-se com a primeira toalha que vê.

Alexander: Sentem-se, íamos tomar uma limonada, aceitam?

Não obrigado. — Pai e filho respondem

Alexander: Então, ao que devo a visita?

Fred: O seu contrato, já que não temos escolhas, casaremos daqui a duas semanas, somente familiares, algo reservado e não sairemos em lua de mel.

Olivia: Não pode esta falando sério

Fred: Ah, eu estou, se vamos fazer isso faremos logo e ponto.

Olivia: Não pode decidir assim, duas semanas? Você pirou?

Olga: Duas semanas está perfeito, mais ainda acho que deveriam ao menos se ausentar, o que dirão quando souberem que apenas se casaram, não existe casamento sem lua de mel.

Olivia: Papai?

Alexander: Quanto antes melhor, não ficaremos adiando os acontecimentos.

Olivia: Que ótimo, eu deveria ter ficado com a Ava aquela noite, eu preferia está morta a ter que passar por isso.

Ela sai sem dar chance de falarem nada, Olivia entra no quarto e bate com força a porta, ela anda pelo quarto agoniada, até que a porta do quarto se abre.

Olivia: Me deixe sozinha

Fred: Ou o quê?

Olivia: O que está fazendo aqui? Saia!

Fred: Por que está tão estressada? Eu quem deveria está ardendo em ódio.

Olivia: Que se dane você e qualquer coisa que você devia sentir

Ele aproxima-se e segura o seu maxilar com força fazendo-a olha-ló

Fred: Você tem um boca muito suja

Olivia: Me solte.

Ele a fita com os olhos cima abaixo.

Olivia: Por que está fazendo isso?

Fred: Isso o quê?

Olivia: Esse casamento, não diz nada de quando devemos nos casar, vamos adiando, não precisamos fazer isso.