Histórias De Amor E Ódio

Histórias De Amor E Ódio

É só respirar fundo.

  As minhas mãos estavam ocupadas, nos meus pensamentos passavam somente que eu deveria decorar todos os pedidos feitos e fazer um bom atendimento ao cliente. Escuto o sino da porta da lanchonete, alguém havia entrado, mas um cliente havia entrado será? Paro para olhar e vejo que era um senhor, ele se senta na mesa mais próximo à porta, vou até ele e digo que já o atenderia e peço para ter um pouco de calma, o homem concorda e diz que não estava com pressa, a compreensão do homem era plausível. Depois de mais de meia hora, vou até o senhor e agradeço a sua compreensão, o homem diz que não precisava agradecer, pergunto o que desejava.

— Será que aqui ainda vendem aqueles famosos Donald?

— Sim! O senhor é cliente há muito tempo aqui?

— Sou um cliente antigo, mas faz algum tempo que não vinha aqui.

— Há, então, que bom que voltou, é uma honra recebê-lo de volta.

— Obrigado, você é muito atenciosa, acredito que tenha puxado a sua mãe.

— Obrigado, minha mãe é uma grande mulher, eu não chegaria aos pés dela, mas por acaso…

— Calma, eu não conheço a sua mãe, só falei por falar.

— Atá, o senhor vai querer alguma coisa a mais além dos Donald?

— Sim, um café com chantilly.

— Donald e café com chantilly, às 10:00 horas da manhã?

— Sim! Algum problema?

— Não, eu pensei alto, eu vou já trazer o seu pedido, com licença.

Naquele momento me senti um pouco perdida, o senhor de alguma forma havia me feito lembrar de uma pessoa.

— Voltei, aqui está seu pedido, espero que esteja do seu agrado ainda.

— Acredito que vai estar.

— Assim espero.

Depois que terminei o expediente naquele dia, estava me sentindo exausta, a minha única vontade naquele momento era chegar em casa e me deitar, porém, quando cheguei do lado de fora da lanchonete encontrei com o Max, acredito que ele era a única pessoa no momento que eu não queria ver.

— Iai.

— O quê está fazendo aqui? Já falei para você que eu não queria que você viesse até o meu serviço.

 — E qual é o problema de eu vim aqui?

— … O quê você quer?

— Como assim o que eu quero? Você me falou para vim até aqui.

— falei?

— Aí meu Deus, já se esqueceu?… Que saco, não tenho paciência de aturar gente assim.

— Aaah, se você for ficar reclamando é melhor ir embora.

— Aí fala logo o que você quer. Eu não sai da onde eu estava, só para da viagem perdida.

— Tá! eu queria que você me levasse para casa hoje.

— O quê? Tá falando que queria que eu viesse até aqui só para te levar em casa… Isso é sério ou está de zueira com minha cara?

— Estou falando sério.

— AH! Minha vontade agora é de tá um tapa bem nessa sua cara, mas não posso, aqui tem muita gente.

Naquele momento meu coração acelerou, na minha mente se passou um milhão de coisas. E se, só estivesse eu e ele naquele lugar. Será que ele teria coragem de me bater? Talvez ele tenha falado da boca para fora. Talvez só esteja estressado ou chateado com algo, e tenha acabado falando da boca para fora, talvez ele nunca faria isso de verdade.

— O quê está fazendo aí parada? Vamos logo, não tenho o tempo todo.

Assim que entrei no carro, tentei reparar no rosto de Max sem que ele percebesse, era quase impossível, mas consegui, percebi que ele estava realmente furioso, queria perguntar se ele estava lembrando que dia era aquele, mas fiquei com receio.

— O quê é? Porque está me olhando desse jeito? Com cara de cachorro abandonado, na verdade cachorra abandonada.

— Desculpa… Parece que está chateado com alguma coisa.

— E tem como não ficar?… Você me arrastou da onde eu estava só para te buscar no serviço, não sabia vim a pé não?…

— Ah, minha nossa, quanta delicadeza com sua namorada, quer saber… Porque ainda namoramos?… Sendo que quando eu te peço um favor, você faz reclamando, e nem da data de aniversário de namoro você faz questão de lembrar, você também sempre diz que tem vontade de me bater, nunca é gentil e nem um pouco atencioso.

— Ah, então é por isso que você me chamou aqui, foi porque achou que eu não tinha lembrado do nosso aniversário de namoro, você me julga, mas só sabe reclamar, nunca ver o esforço que eu faço por esse relacionamento… Eu não queria que fosse assim, mas já que deseja que seja assim, ok então, vai ser.

— Do que está falando?

— Sabe para onde estamos indo?

— Não! Espera esse não é o caminho de casa.

— Eu sei disso, você queria surpresa, não era? Então pronto, é surpresa que você terá.

Aí droga, o quê eu fiz? Briguei com o meu namorado no dia do nosso aniversário. Que burra que eu sou… Ele deve estar mais chateado do que já estava, mas o quê será que ele quiz falar com isso? Será que ele vai fazer alguma coisa comigo?

— Espera, eu conheço esse lugar, essa não é aquela boate que você vem com os seus amigos?

— Assim, o quê achou? Não é um grande privilégio estar aqui? Vou finalmente te apresentar para os meus amigos, esse não é um grande presente?

— Ah, então essa era a surpresa.

— O quê é? Não gosto? Viu eu sabia, você é muito difícil de agradar.

— Não, não é isso, eu gostei, eu só achei que fossemos para um lugar mais reservado.

— Que isso? Tá querendo dizer o quê com isso? você nunca se liberou, tá querendo agora? É isso?

— O quê? Não!

— Ah, sabia, já que não é isso, não vamos perder tempo, e vamos entrar.

Meu Deus, o quê foi isso? Porque eu fui falar, "lugar reservado"? É claro que ele ia achar isso, aí, dei mancada agora… Pensando bem, melhor uma mancada do que outra coisa.

Quando eu entrei na boate havia muita gente, me senti perdida, eu sabia que eu estava no lugar errado, na hora errada e talvez com pessoas erradas, mas não queria estragar o clima que ainda não havia sido nem construido. Quando eu olhei, Max estava alegre de novo, seu rosto não erra mais o mesmo, parecia que aquele era o seu lugar, ele saiu comprimento todo mundo, mas me senti envergonhada, perdida e totalmente deslocada, quando eu olhei ele sentado entre duas meninas mulheres, fique parada na frente dele, olhando aquela sena, ele cumprimentando elas com beijo na bochecha e um grande sorriso no rosto, e uma "cheirada" no pescoço de uma delas, ele olhou para mim, eu estava ali parada, notei no rosto dele, apenas pena, ele me apresentou como uma pessoa qualquer, e só foi assim que consegui nota a trouxa que eu erra, escutei ele me mandando sentar, enquanto isso, eu segurava as lágrimas, que estava querendo descer sobre o meu rosto e segurava o nó presso na garganta, aquilo tudo fez minha cabeça girar, foi quando eu escutei ele gritando o meu nome, quando eu voltei a realidade, escutei ele dizendo para me sentar no colo dele, já que era o nosso aniversário de namoro, em seguida, escutei todos rirem, como se ele tivesse dito uma piada super engraçada, e naquele momento até eu achava que era piada.

— Eu já vou para casa.

— O quê?

— Eu acho melhor você aproveitar com os seus amigos, não quero ser um incómodo.

Naquele momento eu estava me sentindo a pessoa mais imunda, pelo fato de ter me relacionado com alguém daquele tipo, mas por incrível que parecia nenhuma lágrima desceu pelo meu rosto mesmo depois de eu já ter saído dali, mesmo depois de ter visto aquele sena. Quando cheguei em casa minha mãe estava preparando a janta, a bem dita janta que era para me preparar, porém cheguei tarde, observei minha mãe colocar a mesa e fiquei envergonhada, minha mãe me olhou com uma cara, que todos sabem fazer, mas parece que as mães são especialistas, pois faz com que agente se sinta o lixo mais tóxico que existe… Ela não falou nada apenas olhou para me e pois o vasilha na mesa e voltou para a cozinha, para pegar a outra, eu logo subi para o meu quarto, estava cansada, e não queria ter nenhum tipo de conversa com minha mãe naquele estado. A água caia na minha cabeça fazia com que todas aquelas senas se passassem pela minha cabeça, e eu só conseguia respirar fundo, como se eu já esperasse aquilo algum dia, por isso não me senti mais mal, por ser desvalorizada daquela forma.

— E então, como foi no trabalho?

— Ah foi normal, hoje atende um cliente antigo, mas que não ia na lanchonete há algum tempo.

— Que bom.

— É… Ele fez até um comentário, falando que eu havia puxado com certeza para a senhora.

— E ele nos conhece?

— Eu ia fazendo essa pergunta para ele, porém ele foi mais rápido e disse que não.

 —… E o Max?

— O quê tem ele?

— Por acaso ele lembrou que dia era hoje?

— Sim, porém queria que ele tivesse esquecido.

— E qual o motivo?

Queria ter falado para ela, mas acreditei que seria melhor não, eu sei que errei em não ter contado, mas fiz isso pensando nela, pois ela já tem muito coisa na cabeça, os seus pensamentos vivi a mil, então prefiro deixar ela longe disso, e acabei apenas falando que ele havia me levado para a quadra de futebol, mas ela e a minha mãe e sabe que algo não estava bem, porém não me fez nenhuma pergunta.

No dia seguinte acordei um pouco mais cedo, não tinha conseguido dormir a noite toda, quando peguei no sono, dormi apenas por uma hora, me levantei e me arrumei, passei no quarto da minha mãe e ela não estava lá, e lembrei que ela havia pegado o turno das 3 horas, naquela madrugada, na cozinha tinha um lindo prato com uma bela refeição, mas não estava com fome… Sai de casa e comecei a dá uma caminhada já que eu ainda tinha tempo, uma moça para até mim, e pergunta se eu aceitaria um panfleto, mesmo eu não querendo me sentir na obrigação de aceitar, nossa como sou patética… Quando voltei a minha caminhada sem perceber, eu já estava enfrente a biblioteca… fazia 7 anos que não entrava em uma, quando me vi lá dentro não sabia muito o que fazer, uma biblioteca não estar sempre cheia, e naquele dia não era diferente, porém parecia que tinha menos pessoas do que o normal…

— Olá, está procurando alguém?

— Olá, não, só estou de passagem.

— É a sua primeira vez aqui, né?

— Sim, ficou muito óbvio?

— Não, não, é porque eu nunca lhe vi antes aqui.

— Ah tá, é a primeira vez que eu entro dentro de uma biblioteca depois de 7 anos.

— Posso ser sincero?

— Claro!

— Eu tive duas ondas de pensamento quando te vi entrar, a primeira era, ela deve estar à procura de alguém.

— E a segunda?

— A segunda!? Ela deve estar perdida.

— A nossa, então está realmente na cara.

— Não… Só um pouco.

— … Aí nossa, eu já estou atrasada, desculpa, tenho que ir.

— Ah, sério? Que pena, então volta amanhã… mais cedo, talvez eu possa lhe mostrar um pouco da biblioteca, o quê você acha?

— Claro, obrigado, tchau.

Nossa, não sabia que uma biblioteca podia nos levar para outro mundo, sem nos tirar do lugar, em questão de segundos, perdia até a hora. E além de eu já ter perdido a hora, eu encontrei com o Max em frente a lanchonete, procurei formas de entrar sem que ele me visse, mas foi impossível.

— Olha, a margarida resolveu aparecer.

— O quê você quer Max?

— O que eu quero? Quem você pensa que é!? Eu te mando mensagem você não responde, te ligo é você não atende, o quê pensa que está fazendo?

— Agente não tem nada para conversar.

— Como é que é?

— Max, a nossa relação chegou ao fim, eu estou a terminar com você. Mas não se preocupe, você pode dizer para quem você quiser, que foi você que terminou comigo, e que eu sou uma vadia, uma piranha, doida varrida, você pode massagear seu ego.

— Você acha que vai se livrar desse jeito? Pois saiba que o nosso namoro só vai chegar ao fim, quando eu disse que chegou ao fim, sou eu que manda aqui e você só obedece.

— Vai embora Max, porque se você não for eu vou, porque eu não vou ficar fazendo palco para você apresentar o seu show.

— SUA VADIA!

— EI! Se você tocar a mão nela eu vou fazer você se arrepender de ter nascido, TÁ ME ESCUTANDO.

— E quem é você? Ele é seu amante? VOCÊ TÁ DANDO PARA ESSE CARA!?

— Como é? Você não tem moral!? Dobra a língua para falar de mim, tá me entendendo!?

— Olha, a santinha resolveu falar.

— CALA A BOCA, CALA A BOCA MAX, e vai embora.

— Você não está escutando ela? Não quer sair por bem, vai realmente desejar sair por mal?

— Eu ainda te pego, me aguarda.

— Você está bem?

— Estou, obrigado por me defender.

— Ele é seu ex-namorado?

— Sim, agora mais que oficial.

— Que bom, muito bom.

Aquele dia não estava sendo fácil, eu achei que por um minuto… Acreditei que seria um dia bom, mas não, pelo menos o dia de hoje não foi como os outros dias… visitei uma biblioteca, sapatiei no ego de Max, fui defendida pelo cliente mas antigo da lanchonete… Foi muito diferente, e eu não podia deixar que terminasse realmente assim.

— Mãe!?

— O quê foi filha?

— O quê acha de nós duas sairmos para dar uma volta?

— Sai? Ah filha não sei.

— Vamos… Por favor.

— Estar bem.

— Ebá!

Era boa a sensação de estar com minha mãe, sempre foi eu e ela, eu trabalhava o dia todo e só chegava em casa às 10 horas, e ela também, mas conversávamos até a meia noite, então estar com ela, era bom, queria ter mais tempo assim com ela, mas não temos tantas oportunidades, muitas das vezes vejo ela chorando, mas tento fingir que nada está acontecendo, sei que ela é a única pessoa que verdadeiramente se importa comigo, por isso não quero que ela se sinta frágil quando estamos juntas, farei de tudo para ela saber como eu a vejo, linda e perfeita da forma que ela é, e como ela é importante para mim.

— Mãe, aqueles não são os seus colegas do hospital?

— Olha, é sim.

— Vamos lá neles?

— Vamos.

Quando nós nos aproximamos da mesa onde estava os colegas de serviço dela, reparei que todos pularam de alegria com a chegada dela, naquele dia fiquei sabendo que eles chamavam ela a tempos para ir no bar com eles, mas ela nunca aceitava.

— Kiara, nos conta, o quê aconteceu para sua mãe estar aqui?

— Ah, eu dei meu jeitinho.

— Então dá mais "jeitinho" desses com frequência.

— Pode deixar.

Quando nós nos sentamos na mesa junto com o pessoal, chega um rapaz alto de cabelos escuros, não conseguir ver seu rosto, mas parecia ser bem educado e de uma boa família.

— Isaac?

— Oi, tia.

— Isaac meu filho quando tempo, como você está?

— Eu estou bem, e a senhora?

— Ah, você sabe que sempre estou bem, se aproximar, meu filho, sente-se com agente.

— É claro, obrigado.

— Isaac, essa é Kiara, filha da Tina que você já conheceu.

— Olá, tudo bem?

— Olá.

— Espera, nós não já nos conhecemos?

Bem, o rosto dele era família, mas não me lembro de onde, talvez fosse apenas famíliar.

— Acho que não.

— Talvez vocês se conheçam da lanchonete minha filha.

— Lanchonete?

— Sim, Kiara trabalha em uma lanchonete.

— Não, espera, lembrei, você e a moça que apareceu na biblioteca hoje cedo.

Ah então era isso, lembrei dele também, realmente era eu e sim eu já tinha o visto antes.

— Sim, sou eu.

— Filha, não sabia que ia à biblioteca.

— Bem, não vou, porém, hoje me deu vontade de entrar lá dentro, e foi assim que nós nos conhecemos.

— Meninos, porque não vão dar uma volta por aí… Vai Isaac meu filho, leva Kiara.

— Aí gente, eu vim para ficar com a minha mãe.

— Aí para de ser cafona Kiara… A sua mãe não é criança e o Isaac não morde.

Eu e Isaac resolvemos dar uma caminhada, já que estávamos sendo expulsos da mesa.

— Então você estava com medo de eu lhe morder?

— O quê? Parou, eu acredito que estavam todos bêbados.

— Pelo menos eles ainda sabem aproveitar a vida.

— Verdade, queria que minha mãe saísse mais de casa, para ficar assim, feliz, junto com pessoas que atrais felicidade.

— Então tenta convencer ela a sair mais vezes.

— Eu adoraria, porém, nem eu saio, e nem tenho tempo para convencer dela de sair.

— Entendo… Então me diga, você vai amanhã à biblioteca?

— É claro que sim.

— Que bom.

— Você vai todo o dia, né?

— Tá tão na cara assim?

— Não, não, só um pouquinho.

Foi bom estar com Isaac, nós conversamos sobre várias coisas e sorrimos muito também, eu nunca tinha tido uma conversa tão saudável daquela com um rapaz da minha idade, é boa assim, aquele breve momento tinha feito eu esquecer os problemas que haviam ocorrido mais cedo, eu não estava mais tão sobre carregada.

Na volta para casa, eu olhei nos olhos da minha mãe, estávamos mais felizes, aquele era o meu desejo já há 12 anos, ela estava se sentindo mais leve e alegre e eu também. Acordei mais cedo e encontrei minha mãe preparando o café, perguntei o porque dela já está de pé tão cedo, já que ela podia dormir até mais tarde naquele dia, mas ela disse que estava de pé para preparar o meu café, agradece, e perguntei se ela desejava me acompanhar em uma visita, e ela aceitou.

— Aonde vamos?

— A senhora já irá saber.

................

— Chegamos.

— Biblioteca?

— Biblioteca… Vamos?

— Claro que sim.

Assim que entramos, Isaac nos viu e correu para nos receber.

— Você veio, e uma trouxe acompanhante.

Aproveitamos aquela manhã, Isaac falou muitas coisas sobre a biblioteca e os livros, não era que eu estava reparando nele, mas qualquer um que o olhasse, mesmo que repentinamente, conseguiria perceber o brilho que tinha no olhar dele quando falava sobre os livros, minha mãe havia amado ele, e a empolgação que tinha no seu rosto ao falar simplesmente, sobre livros.

— Agora eu preciso ir.

— Sério? Por que você sempre chega de repente e se vai rápido demais? Fica mais um pouco… Por favor.

O meu coração palpitou naquele momento, será que eu estava a ficar doida?

— Obrigado, mas eu não posso, tchau, tchau mãe.

................

— Eu gostei de você, Isaac.

— Obrigado, fico contente em saber disso.

— Eu obviamente aceitaria você como genro.

— Ham?

— Eu tô brincando menino, Kiara já tem namorado.

— Atá… Eu não sabia que ela tem namorado.

— Ah ela tem, mas não gosto muito dele.

— Por que?

— Nenhuma mãe quer ver o filho sofrer.

................

— Você está bem?

— Estou, só estou um pouco cansada.

— Kiara isso é normal? Você sempre está cansada, está sempre dizendo que está cansada, exalta, as suas respirações sempre são curtas e profundas.

— É só estresse, tá tudo bem.

— Ok… Você tem certeza que não quer que eu chame o Max para te leva em casa?

— Eu e ele não estamos mais juntos, se esqueceu, e pode deixar, está tudo bem.

— Tá bom então.

Tem que estar tudo bem, é só eu respirar fundo… Mas dói, porque dói tanto? Parece que tudo vai desabar, mas nunca desaba, meu peito dói.

— AAAAAAAAAH

— KIARA!?

......................

Eu não vi quem gritou o meu nome, e não me lembro de mais nada depois do grito… Apenas acordei no outro dia, tudo girava, eu estava molhada de suor, porque? Me levantei e fui até a sala e vi minha mãe de costas, sentada no sofá, escutei o seu choro… Normalmente eu não me aproximo dela quando ela está chorando, mas eu não aguentei, eu tinha que abraçar a minha mãe, aquele era o momento.

— Me desculpa, desculpa, minha filha, eu tentei fingir que não estava vendo a sua dor, me perdoa.

— Mãe, para, tá tudo bem… Ele não faz falta.

Fazia sim, fazia muita falta, o meu coração doía, sangrava, eu queria que ele estivesse aqui, queria ver ele todas as noites depois de um longo dia de trabalho, mas tá tudo bem, vai ficar mais do que bem, é só eu respirar.

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2024-02-13

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