A Vilã Exilada
O julgamento havia começado, o imperador e sua imperatriz estavam em seus respectivos assentos, enquanto o juiz da corte em sua mesa, analisava as acusações contra a ré. Em outro assento, uma jovem parecia temerosa, enquanto um jovem ao seu lado, tentava acalmá-la. Estes eram o príncipe herdeiro e sua prometida, que esteve a ponto de morrer envenenada.
Diante da mesa da corte, uma jovem se encontrava sentada e amarrada de mãos, era uma jovem formosa, cabeleira negra e olhos vermelhos, sua pele era clara e mesmo quando levava um vestido simples, não parecia perder seu glamour, ela era Alesha Von Hansen, a filha do grande Duque Von Hansen, quem estava sendo acusada de tentar assassinar a prometida do príncipe, devido a seus ciúmes, posto que ela, foi a anterior prometida do príncipe e este rompeu seu compromisso para ficar com a outra garota, assim que Alesha, decidiu assassiná-la.
— Lady Alesha Von Hansen, em nome de sua majestade o imperador Carlo Werner, do império de Zhak. É sentenciada ao exílio indefinido, será enviada às terras do norte, onde seus pais não poderão visitá-la e só enviarão o necessário para suas necessidades. — O juiz golpeia seu martelo na mesa.
— O quê? Isto é indignante, tentou matar minha prometida, a princesa herdeira, sua sentença não pode ser mínima. — Reclama o príncipe.
A jovem ao seu lado, só cobre seu rosto, chorando devido à injustiça que foi cometida. Enquanto que Alesha, parece tranquila.
— Alteza, se minha filha é sentenciada à morte, esqueça que nossa família siga apoiando o país, lembro-lhe que tudo isto se deve à sua falta de honra e agradeça que não tenha tomado represálias quando rompeu o compromisso com minha filha. — Adverte o grande duque.
— Mas... —
— Silêncio príncipe, a decisão foi tomada, Lady Lange, já não correrá perigo e o grande duque tem razão, agradeça que não estejamos em inimizade com sua família. — Repreende-lhe a imperatriz.
O príncipe aperta os punhos depois de sentar-se, sentindo a impotência de não poder acabar com Alesha, após ter quase matado sua amada Delia. Dita a sentença, o julgamento se dá por terminado, enquanto que Alesha, é levada pelos guardas do palácio, mas também vai o grande duque e suas escoltas, pois lhe foi permitido escoltar sua filha, até chegar a seu destino. Enquanto caminha pelos corredores do palácio, Alesha, mantém a fronte alta e um rosto sereno, como se não lhe importasse o que acabasse de acontecer. Antes de subir na carruagem, a jovem prometida do príncipe a alcança.
— Lady Von Hansen, eu me desculpo, sei que tudo se deve a mim e a perdôo pelo que fez, espero que ao ter saído viva, aprenda a viver sem rancores. —
— Me perdoa? Como se isso me servisse. Não queira ter uma consciência limpa, quando só era a raposa que se meteu com o prometido de outra, independentemente se me amava ou não, não tinha direito. — Responde com seriedade.
A garota fica ali sem poder dizer nada, enquanto que Alesha, sobe na carruagem acompanhada de seu pai. Delia só fica de pé, observando como a carruagem se afasta, ainda no último momento, Alesha, não mostrou arrependimento por suas ações. O príncipe chega a ela rapidamente.
— Lady Delia, está bem? Te fez algo? — Pergunta preocupado.
— Não, só se despediu... — Responde Delia.
Mais tarde essa mesma noite, Delia, estava em sua casa, quando sua criada lhe avisa que alguém a procurava. Ao descer, era um jovem atraente, seu nome era Ritter Escalante, amigo da infância de Delia, era atraente, de cabelo albino, olhos claros e um corpo tonificado, devido ao seu treinamento, ainda que levasse óculos, estes não ofuscam seu atrativo físico.
— Lady Lange, vim dizer-lhe que me marcho da capital por um tempo. —
— Por quê? O casamento será em breve, eu queria que você me levasse até o altar. — Menciona com tristeza.
E é que o pai de Delia, havia adoecido faz pouco, justo quando soube que sua filha havia sido envenenada e seu avô já é um homem ancião deitado na cama. Assim que seu único amigo, era a quem ela queria que a levasse ao altar.
— Sinto muito, mas meu dever não pode esperar. Além disso, não crê que pedir-me isso é muito cruel? Antes do príncipe, eu era seu prometido... —
— Sei, mas temos sido amigos e não nos amávamos, era só um compromisso imposto por nossos pais. — Responde Delia.
— Assim era, mas eu a quis, lhe disse. Sinto muito, mas não posso aceitar seu pedido, por isso aceitei a missão. —
— Mas... não é justo, eu contava com você, por favor, por nossa amizade... —
— Lady Lange a amizade já não existe desde que a você não importou romper nosso compromisso e romper o compromisso do príncipe. — Fala com seriedade.
— Sei que não esteve bem, mas nos amamos... não podem obrigar-nos a estar com pessoas que não queremos... —
— Então você tampouco pode obrigar-me a levá-la ao altar. Pela primeira vez deixe seu egoísmo. Me retiro e quando regresse, esqueça que uma vez a quis e fui seu amigo. —
Dito isto, Ritter, faz uma reverência e se marcha daquela sala. Delia, fica em silêncio, era a primeira vez que Ritter, lhe falava de maneira tão severa.
****
Alesha havia viajado durante uma semana até chegar ao condado do norte, este território pertencia à família de sua mãe, mas ela não podia cuidar deste, assim que havia sido encarregado ao mordomo de confiança da família. Este território era grande, mas está perto do território obscuro, lugar onde habitam os demônios, ainda que estes se mantenham à margem, não significa que não haja rebeldes que desejam causar problemas, mas para isso, existe a guarda especial do império e claro, os Von Hansen têm muito a ver com isso.
Ao descer da carruagem, foi recebida com beijos e abraços de uma formosa mulher, esta era sua mãe, quem chorava de felicidade ao ver sua filha bem.
— Obrigada querido... sabia que nossa filha estaria bem. — Agradece a seu esposo.
— O imperador sabe o que é conveniente para eles. Mas, fica o fato de que o verdadeiro culpado segue livre. — O grande duque parecia molesto.
— Não se preocupem pai, mãe, o verdadeiro assassino virá à luz e darão conta que eu sou inocente. — Alesha parecia calma.
— É verdade, quando supliquem perdão, não haverá. — Assegura a duquesa.
O grande duque tenta acalmá-la e pede melhor entrar, devem jantar juntos, devido a que no dia seguinte eles devem marchar-se, lamentavelmente não podem ficar com sua filha. Mas ao menos sabem que estará a salvo, ela não é fraca e terá aos melhores guardas à sua disposição. Após a ceia familiar, Alesha finalmente estava sozinha em seu quarto, ela olhava pela janela em direção àquele império que lhe deu as costas, tudo havia sucedido como estava previsto, mas com uma grande diferença e é que Alesha estava destinada a morrer, ao descobrir que tentou envenenar a doce protagonista.
Mas agora, ela não é a verdadeira Alesha, ao menos não sua alma, mas desde o dia que chegou a esse mundo, tem deixado que tudo siga seu curso, desde o enamoramento dos protagonistas, até assediar a doce Delia, para que seus enamorados a protejam, ainda que a única coisa que ela não fez foi envenená-la, mas parece que alguém mais quis tentá-lo e culpá-la a ela, coisa que não saiu de acordo a seu plano, porque não foi executada, fica o mistério de saber quem sim o fez e em como ninguém se interessou em investigar, pois todos ali presentes deveriam saber que ela não é tão tonta como para deixar as evidências à vista. Alesha levanta a mão mostrando a palma.
— Bem, agora a esperar o momento justo e então, os esmagarei a todos. — Fecha a mão, apertando o punho com força, enquanto mostra um sorriso cheio de malícia.
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Atualizado até capítulo 69
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